Há
superfícies na alfombra do tempo, a que não se dizem tanto quanto
O
que não propõem aqueles que quebram as conexões tão várias no
mundo
No
gesto do não olhar por outros, mesmo ao se saber que a si nos falta
ver…
Duros
dias travestem a imensidão dos espaços, de um mínimo dia que seja
Em
que outros mesmos tempos sejam os nossos cordéis por pouco pensados
Quanto
de afirmarmos que se situa um no mesmo modelo de seu antepassado!
Vista-se
a noite rubra de um jardim moreno, de um escarlate apaixonado no
vento
Em
que as ondas do mar se turvam na mescla tecedora dos dias gelados no
véu
Soturno
em que injustiças sociais nos tornem algo do refém do naufrágio
nacional.
Pois
que se perde em uma vista quase panorâmica de nossas próprias
realidades
No
enquanto de não pudermos ser, sendo, em uma partícula de dissabores
Que
revela a dimensão atômica e pungente do poder concedido ao bem.
Que
bem seja, estarmos ao menos preocupados com o futuro das gentes
humildes
Quando
passam por nossas casas, e que alguns de falsa hereditariedade
habitual
Encontram
e recriam de si mesmos o preconceito monocórdio de classe em uma
rua.
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