sábado, 14 de julho de 2018

DO CONTENTAR-SE

Em que a manhã surja como um respirar de uma montanha, ou o sufrágio natural
Que não nos transpasse algum cordel que esquecemos em um grande varal
Ou no gesto que não nos falte ao consentimento de nos sentirmos sempre vivos!

Nesta existência única de cada qual, ao par, ao ser igualmente coletivizado
Quando se sente na alma a ferida que cada homem ou mulher carrega pelos dias…

Nisto de crermos em algo ao termos nossos sucedâneos ou idiossincrasias próprias
Possa revelar contentamentos, no caso, como se redefiníssemos algum vale.

Vai, que algo de máquina ou satélite encontre quase uma casa em sua arquitetura
Que no mais das vezes talvez não se localize jamais a nossa superfície de areia.

Que tal Sábato nos anunciasse um grande livro que infelizmente não chegou a tal
No ponto em que releríamos nossas mesmas versões no parágrafo em que canta o gato.

Se aufere-se uma medida maior do que nos propomos que sucederia, saibamos
Que o número não abraça a latitude de uma felicidade qualquer a que sejamos dois.

No divertido de um mundo diverso também não se está na parelha de cavalos de corrida
Um fremente gosto de sabermo-nos mais rápidos e algo dissonantes no calado das cinzas.

Se soubéramos que a mesma senda que nos torne feliz não espera debates, esta vereda
Consubstanciaria uma antiga questão que faça a vida não pior do que o que já está.

Mas que na realidade essa piorada visão talvez seja fruto de árvore mal amadurecida,
Onde o rebentar da semente talvez não esteja com as reais cores de um broto ainda verde.

Mas que se perdoe o temperamento do poeta, quando este remonta ao esclarecido status
O que verte no sonâmbulo comportamento algo esquivo das famosas planícies do norte.

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