quarta-feira, 18 de julho de 2018

O QUE SE ESPERA TANTO…

No tato que nos revela o toque de uma mão, no tanto que nos espera
Algum subterfúgio, alguma questão filosófica, o ato do pensamento
Que desce de alturas inomináveis, mesmo do que não se escreveu
Àquilo que pernoitamos tanto em sagradas horas distantes do descaso.

Esperamos por vezes por séculos, a que nos venham homens frutos
De histórias que se revelam maiores do que o pressuposto do dispensável,
Posto os verdadeiros líderes sejam anônimos à tarja que ensombra a cultura
No que se pretende ao menos que os versos se nos mostrem o aprumar-se!

Não há porque premiarmos a sobeja dos infortúnios, não há de que portarmos
Aquilo que nada mais surpreende, qual seja, a ação que se esvai a pouco
E pouco com o predestinar em que nos encerramos a contar o tempo na pouca fé.

Nada interessa a uma nação ver que seja dominada por religiões particulares
Posto laicizante deve ser a condição administrada pelos cordões de homens
E mulheres que tracem algo a mais do que sermos órfãos da liberdade de pensar.

E por um caminho que esteja imantado pelas pedras seculares, pela história que verte
Seu manto algo de uma linha que não dite o fracasso de um perante a ignorância
Que passa a ser necessária nas mãos de lideranças que vêm de todos os lados…

Essa falsa representação da realidade nos conforma a adorar personalidades díspares
De um futuro mal construído em seus alicerces, de uma pecha real e dissonante
Quanto a sabermos que a lenha que é posta na fogueira a favor queima sem calores.

O jogo sempre continuará polarizado como o que é sábio do que é ignorante, o ser
Do que é e o nada do que jamais terá sido, algo como um refresco de décadas
Onde muitos não querem perder o ganho, e onde outros querem passar o roubo adiante!

De fato, o real passa a não ser consonante com o justo, este passa a fazer o jogo do invasor
E aquele passa igualmente a dispor de peças vazias de estratégia nos movimentos em que
A fama falsa, o falso ego classifica por uma questão existencial um momento de asneira.

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