segunda-feira, 23 de julho de 2018

O CRESCIMENTO DE UM SER

Água que remonte a vertente duradoura de nossos propósitos, quanto de crermos
Que na fonte de onde jorra o quinhão de merecimento do homem enquanto ser
Alimenta de vida igualmente uma raiz que se torna a própria origem do perdão…

Perdão que nos diz a não sacrificarmos o planeta com o corte industrioso de saber
A quanto no mais saiba o próprio ser em seu rebento de cor indefinida, quando
Revela-se na mesma vida que surge da semente, e que nos ocupemos desse lavor.

A mais que se possa, não um pensamento de rancor inóspito de frutos passados,
Mas de amor saliente que igualmente brote quando se pense que o rancor é causa
De tanta dissensão e que nada mais importaria ao homem qual não fosse a guerra.

Não, que a paz floresça, germine, cresça, e nos ensine a verter o húmus da terra
Sendo a questão dos princípios que originam, quiçá da Criação dos mundos
Nos pilares relativos de um tempo que nos mostra o próprio madeiro da selva.

Há que se obrar da boa obra, há que se redimir de erros já cometidos, há que se ter
Um mínimo de comedimento em se consentir na própria palavra esta que surja
Das veias da poesia como um vento que sopre a favor de uma questão primeira…

Esse mesmo correlato nascer que cresce com um outro tempo, de si para sempre
Qual seja o tempo relativo dentro do espaço com que nos deparamos em dias
Que sucedem a mesma relativização que se verte na ciência a velocidade material.

Nas ordens sufragadas de um clamor por aqueles que cumprem missões na Terra
Houve por merecimento o laurel algo anônimo de tantos que pensaram o justo
E encontram por vezes períodos longos onde a seara da Verdade é esquecida!

Por mais que se encontre uma verve que subscreva uma circunscrição perdida,
A voz de um tempo não se pronuncie no seu escutar, pois medra justamente
No caminho em que as mãos em silêncio prometem ajudar a quem necessite.

De uma simplicidade no portar-se, de um outro modo de existência fraterna,
Da bondade em que prosseguimos nos primeiros Cantos da aurora nada vã
Verte-se o imo em sua própria semântica talvez inquieta com consequentes atos.

Em outros modos onde a experiência de vida claudica pelo cansaço de tempo ígneo
Floresce a esperança de vermos que nem tudo que é um tesouro para um homem
O será na alfombra do cimento e calcário que rege a vida da cidade e do campo.

Em sortes que não se apercebem, aos dias em que estamos mais próximos do real
Em um encontro de pessoas que por vezes não entendem a vida de um ser que é
Justo na autenticidade de seu caráter e vida ilibada quanto a uma integridade ativa.

Essa busca de que se possa crescer algo ou alguém no pressuposto da verdadeira
Liberdade anuncia a todo os que possam pensar com o ideal redobrado em fato
O mesmo enunciado na questão de fazer ruir a democracia como ela é não faz jacta.

O princípio mesmo de termos filhos em uma sociedade que se espera sempre melhor
É buscar na mesma sociedade a participação congenial da boa intenção, de se ampliar
A todos uma melhor qualidade de vida, a saber que não seja a manipulação do ser.

Nenhum comentário:

Postar um comentário