quarta-feira, 11 de julho de 2018

TEM-SE DO AGRADAR A FAMA

No painel residem botões, qual miríade de ícones largados na superfície
Se não fora um lado inquieto da vida em superior estrada que não leva
A saber que não seria um dia o avesso de tudo o que supõe a beleza
Na esfera cotidiana de um outro dia que passe, no mais, mais um…

Que a fama não difame a outra a que nos suporte o quinhão do retrato,
Que o mesmo dia de antanho não perfaça o jus que não recebemos
No tanto de conhecermos algo que não revela o mesmo tempo do agora
Conquanto se nos reserve todo o tempo que jamais teríamos no mundo!

Ah, sim! Se outrora fôssemos mais urgentes da própria e dissonante voz
Que nos perpassa na teia lógica de uma urgente espada no fio do pescoço
Veríamos ao outro como um sinal de vértebra anunciada no espaço
Quando ao cair da noite supomos que nossos semáforos mudam de cor.

Assim nos vemos como um caudal de temperamento quase festivo
Quando anunciamos uma quase felicidade de estarmos quase cientes
Do que seria um agradar-se a algo no tudo que nos encerrem os ventos.

Assim de se dizer da flâmula de um progresso ascendente aos versos
Vemos que os mesmos versos navegam sobre o oceano com calado baixo
Quando de esperar a nau nos trafega um trem sobre trilhos em nosso peito.

A dizer-nos, queridos: que seja aberta a fama do que nos agradariam os rios
De cascatas verdes e inquietas na mesma floresta onde residem os seixos
Que esquecemos enviesados sobre alfombras ridentes das tragédias nas placas.

E se vamos para um quintal que nos suceda a mesma fama que jamais temos
A requisição do painel pinçado de botões nos faz lembrar os tempos idos
Que retornam para uma outra superfície onde nos esquecemos de esquecer… 

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