terça-feira, 1 de maio de 2018

O TRABALHO E SEUS DIAS

          Nunca será suficiente sabermos que há um dia para celebrar o trabalho em sociedade. Não há porque tentarmos virar a página e ignorarmos a extrema dificuldade por qual passa grande parte da população de nosso país, este que passam a enquadrar como em desenvolvimento, este que possui a alcunha de ser terceiro mundista. Teremos que considerar que a nossa força trabalhadora construiu tudo o que se vê da lavra humana, e tanto a ser ver no cotidiano de nossos lares, de um Brasil pacífico e, no entanto, paradoxalmente com altos índices de violência. Haveríamos de fazer uma revisão introspectiva para tomarmos ciência de como caminha a nossa relação com outras nações e requisitar melhorias internas urgentes para emergirmos socialmente dentro do escopo do desenvolvimento, este que seja para todos. Enfrentamos dia a dia um recrudescimento das carestias sociais, de indefinições políticas, de uma economia quase ausente quando se pensa em algo mais nacionalista, de uma democracia que encontra nos seus opositores o maniqueísmo daquela existir, como algo que não possua muito sentido. Essas questões que abraçam o tentarmos viver em comunhão com o próximo por vezes enfrenta o abismo que muitos creem existir entre as classes, e suas pretensas lutas, porquanto hoje não se sente as melhorias tecidas pela reivindicação daquelas, haja vista estarmos em uma situação de vulnerabilidade jurídica que abraça desde o crime comum àqueles que hoje detém o Poder.
         Não fará sentido se a crítica contumaz vier a dar nos costados do comportamento que muitos tenham aceito por opção, pois o que verdadeiramente se preza é a posição cavalheiresca de nos portarmos diante dos desafios e da solução que encontraremos paulatinamente no que viermos a encontrar por encima de nossos propósitos… Este padrão que está fortemente vinculado à revolução tecnológica de nossos tempos e as ferramentas que já estamos obtendo como meio de nos comunicarmos com velocidade surpreendente comporá um cenário de sedimentação para efetivamente encontrarmos um uso compatível com o que queremos dizer e para quem, em uma conquista desses mesmos meios que agora já estão nas mãos dos indivíduos e seus grupos, do coletivo às instituições, na forma de mídias digitais onde não apenas somos protagonistas, como atuantes enquanto produtores da mesma e necessária mídia. Porquanto haja uma preocupação qualquer existencial, faremos de uma vida algo solitária a compreensão de que os mais velhos tracem com suas experiências de saber a história: companheiros que deixamos de lado por convenções externas que muitos fazem crer na sociedade errônea do descarte. Essa mescla de gerações deve existir de qualquer modo, assim como culturalmente a conexão de um indígena é a Natureza, e essa forma de viver deve ser profundamente respeitada, não apenas como constatação, mas em bases do costume jurídico cabal.
          Por assertivas de modo humanitário, saibamos que é através da compreensão do próximo que não se dê através de falas ensaiadas, mas sim de um amor surpreendente com relação ao mistério das nossas existências é que faremos de um trabalho algo que antecipe, desde o início em lócus, nas oficinas, cozinhas, páteos, etc, uma concórdia que nos pareça o progresso verdadeiramente humano enquanto diálogo consonante com as diferenças e questões de liberdade afirmativa que compõem o cenário não excludente daquilo que venhamos a aceitar, nas questões de uma paz social e igualitária em seu direito universal. Não menos do que isto.

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