Seguem-nos
as vertentes dos mitos, como um recorte meio transparente, como um
filme de mistério, algo que nem sempre conhecemos, mas que parte a
ser de um fascínio surpreendente, como tudo na fronteira que por
vezes achamos de algo inóspito, mas que o desfecho do encontro pode
nos surpreender como experiência gratificante pelo processo em si no
nosso auto-conhecermo-nos e termos a noção que igualmente
surpreende que por mais que saibamos, o mito de quem tudo sabe
continua – ao que se refira ao pensamento laico – sendo apenas o
fragmento do que não se conhece. A qualquer parte, mesmo no
fascinante mundo do inconsciente coletivo junguiano, até a retomada
dos avanços dos mapeamentos cerebrais, aliás, todos os mapas, todos
os registros são pontualmente a medida de um tempo em que existe a
história antes, o durante é a exatidão quase subtemporal do
registro imediato, ou a continuidade de um game onde aparentemente
nunca termina, mas nunca será infinito em seu próprio
manufaturar-se extensivamente, e que – em um estranho paradoxo,
reconta uma outra realidade chamada virtual na simulação ainda
cartesiana, fruto da derrocada da verdadeira variedade da Natureza,
transposta ao mito da tecnologia. Verte-se nesse estranho paradoxo a
realidade aumentada das armas reais como um reflexo de treinamentos
virtuais, presentes em quaisquer grupos ou conglomerados onde a
técnica surpreende e o volátil vira quase uma necessidade. A
variedade como resultado da contemplação, apenas, não retrataria o
se agir com a Natureza, um tempo a mais no estudo do voo de um
pássaro, a constatação de que em uma paisagem podemos fotografar
algo de Cèzanne, ou que no olhar cristalino de alguém possa se ver
um pano aberto para um palco onde o teatro respire maravilhoso ao
andamento do surgimento da arte e do amor, tão necessários para a
compreensão da bondade em nosso planeta. Justo que se perca muito
desse teor cultural, posto aos poucos estruturas cartesianas –
baseada em lógicas reducionistas – passam a enquadrar
comportamentos como sustentáculo de padrões reducionistas da
existência.
Dessa
forma, o mundo Oriental passa a ser a vanguarda da ação íntegra, e
países como o Japão, as Coréias e China e Índia ponteiam como
estruturas de culturas de ponta adormecidas por milênios,
ressurgindo agora nas cristas da nova civilização mundial e seus
processos mais articulados e mais holísticos do que o Velho
Continente, ou o estertor do Império Estadunidense. O reducionismo
do arcaísmo de certas sociedades dão margem a que a Economia Global
estabeleça seus próprios padrões e o mercado com suas liberdades
estabeleça as escolhas que não são peças de refugo para qualquer
nação, incluso na nossa realidade e de outras nações mais
empobrecidas. Desse modo, acompanhamos agora barbáries cometidas por
sequazes onde seus critérios só falam de força bruta, como se
todas as conquistas humanitárias até os nossos dias e suas lutas se
retraiam como moluscos frente às insanidades de Trump e seus aliados
Israelenses, ou o contrário, que seria mais provável. Ou seja que
abismo entre Trump e Obama e este de Carter, em não saber nem ao
menos negociar paz em qualquer lugar do Oriente Médio, na sandice
cruenta por petróleo e dominação religiosa em território
palestino. A pergunta seria: é justo? Qual será a determinação do
Altíssimo? Certamente o mito dos sinais dos fins do tempo não seria
tão simplista e previsível, haja vista um império decadente que
dispõe de milhões de toneladas de explosivos e artefatos de guerra
crerem piamente que basta o arsenal para mandar no mundo. Não, seria
simplificar demais o Apocalipse de João. Muito mais se vale ler a
Encíclica de Francisco, nosso Papa, para que o mito da esperança e
dos Evangelhos de Cristo mostre e volte a mostrar ao mundo que, tão
certo quanto a gravidade de Newton, a esperança brote da primeira
pedra que ergueu das mãos de Pedro a Grande Igreja e que – sempre
– um bilhão de tiros disparados nunca valerão uma conta do
rosário de Nossa Senhora, a mãe do Salvador!
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