Quantos somos a sacar de molas na aventura industriosa da sede de cumprir
Que se segue a um verso quase longo a pensar que a peça destoa do ninho
Em que se ergue a cortina produtiva, em mãos que sacam de seu despertar.
Febril é o diamante de uma broca que rompe o aço, costurando ao revés
Do que o torno não saberia da iluminura tão antiga que se consome a vela
Em um fogo tão consonante com o dizer que não tracemos a contento!
A fabril mensuração do talento em redescobrir nossos aspectos do cotidiano
Em que no mais das vezes a moeda fosse tão antiga quanto um pensamento
Que de uma escritura, de um grande livro nos garantissem como garantia…
Grande é o alvorecer de uma poesia, que não se cumpra impreterivelmente
Do que se teria cumprido sob as luzes de outros quilates, dos fachos brancos
Sobre a superfície plúmbea do consentimento em podermos sair das casas.
Não, que somos apenas botões em uma camisa de asfalto sereno e duro
Que nos remete a uma realidade consonante quando saímos no ato de entrar
E entramos pelas saídas em que jamais permitiu-se maiores divagações!
Que bom se o bom sentir-se se pronunciasse em nossos lábios, secos de sede
Quando os vemos em um caminhante saído cem vezes de uma fila de emprego
Onde não se tardaria nesse exército de reserva humana o pago insolvente…
Não, que o conforto não seja injusto, que tenhamos nossas casas e, para o sim,
Que possamos olhar para um pobre sabendo-o saindo dessa condição
Por entre as faces da honestidade, onde o espelho da nação não tem se encontrado.
Seria alvissareiro termos em vista no mesmo ano de nosso grande e cru ideal
A maturidade em que as escolas pespontassem qual um rosário de esperança
Todas as vilas que de lei trespassada pela desesperança tecem ainda de miséria.
Não, é apenas um canto da pena indecifrável de um poeta, a pena que canta,
Apenas um cantar-se de um verso que talvez ainda se encontre com o justo
Em que o joio não crie almanaques na velha questão de consumir celuloses.
Pois sim, a derradeira palavra que se nos cante agora e sempre, antes que o alaúde
Verta a sua música na parafernália de uma engrenagem cheia de novidades
Sem que soubéramos que a plataforma da humanidade não é de imposição de um.
A saber, que uma crítica onda se nos nubla a face, qual miríade de um orvalho fresco
Despontando sobre a grama de toda uma multidão de seres muito pequenos
A fortaleza de si próprios a saberem-se grandes na dimensão hercúlea de suas tarefas!
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