terça-feira, 29 de maio de 2018

SOMBRAS QUE PASSAM

Efígies noturnas, que nos passam à frente, como se caminhássemos ao encontro
De suas pernas algo sólidas, de dimensão soturna, quem diria no canto
De uma plataforma existencial que a triste missão de seus gestos nos revelem
A dimensão mesma de possuírem algo em seu sagrado domo, no que se gesta
A pretendermos uma questão maior do que o exangue: a vértebra clonada!

Não que não possuamos os nossos secretos ensaios, para o bem viver que somos
Algo de tanto em passarmos por essas pedras e nos apercebermos da tristeza
Que ponteia o anátema de seus atos, o claudicante parágrafo, uma linha que seja!

Sombras que anunciam torpores no vórtice de certos quesitos de peças oxidadas
E que não sejamos tais operas de vintém, por um tanto de querermos mais e mais
A saber que outros não sabem que suas pretensas forças sucumbem em seus males...

E o Canto permanece intacto, não que seja desejo da poesia, mas que basta um dia
Para que a esperança de abraçarmos um mundo mais ordenado seja concatenar
A equação da luz e da sombra, do diáfano e do opaco, do aço e da água, do sim e não.

São tantos os procederes de uma sociedade de formigas que encontramos em ninhos
Os pássaros em passeios frente à totalidade de uma Natureza circunspecta em formas
E modais onde o fomento dos homens e mulheres com bagagem voa na imensidão!

E a liberdade toma a face de um cristal sereno e moreno, como a negra que passa
Em ruas com suas majestades de ébanos, não mais expatriados, posto nação brasil
Seja a mesma em que depositamos o fado dentro das caixas da realidade ausente!

Sejamos o claro e escuro dos ventos, as agulhas das rochas na imensidão das pátrias,
Algo a se prescrever como a latitude dos poetas, a arte lancinante da razão e da ciência
Posto anímico igualmente o espírito que nos abrace com seus gestos de verdades...

Assim, de querermos uma vida a dois, sem par, encontro, amores, a trégua do que não é
Quando nos apercebemos que um quilate de esperança verte-se no mundo brasileiro
Sabendo-nos imensos brasis em torno do que chamaríamos da pátria dos viventes de luta!

Nessas órbitas encontramos nossos cernes, de vida, missão, plataformas cruas e arte,
De um chip menos ruidoso, que permita passar a vertente de algumas linhas a quem
De desejo e curiosidade cultural queira curtir a mensagem que se obtém do mundo.

Não que não seja clara a ciência da vida, mas o país atravessa agora o reencontro
De si mesmo com algo maior: de um retornar-se, do estabelecer padrões de consciência
No diálogo de per si que se refaz no pensamento e organização restauradores e humanos!

A manta das folhas rejuvenesce, as flores desabrocham, os que estão a ver o mar
Encontram infinitas veredas, as pedras mudam seus matizes, e dessa ciência crepuscular
Se torna um nascente onde as mesmas razões vencedoras merecem o destaque do papel...

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