terça-feira, 22 de maio de 2018

TEMOS O QUE TEMOS

            Por sobre uma viga está claramente um teto, quiçá de um material ou outro, como por dentro dos espaços estão viventes, em conjuntos entrelaçados, no que encontramos de especial ainda são as casas e o que elas significam por hora, sabendo-se que estão por aí, sustentando vidas, animando os mesmos espaços com o que encontram os seus participantes na ordem do dia: ou no aparente caos, na tristeza de uma crise, no encontro que pode ser mais duro com a realidade. Quem dera se a formação de um professor pudesse ser longa, diletante, quem dera estivéssemos na Firenze dos ofícios, onde os mestres ensinavam – sábios – com a liberdade dos meios que possuíam. Pois sim, que estejamos perto dessas inovações, onde, naquela época, a perspectiva espacial passou a existir e os retratos tinham o brilho da Nobreza ou da Santidade. Temos um algo a saber?... Seremos maiores se quisermos, ou apenas escarnecemos de quem não tenha os mesmos insights em relação à tecnologia? Pode-se usar argumentações livres, pois em ocultarmos uma palavra, ou a possibilidade de haver uma troca, nos ensimesmamos mesmo sabendo que compartir é algo de maravilhas... É o possuir o compartir com o outro/a o modo de nos aproximarmos do que é pungente em relação com o conhecimento, incluso o da natureza humana. Visto que recebemos concretamente uma afetividade dos bichos, pudera que não fossemos tão cáusticos quando a essa questão contestamos, na indicação de que devemos relacionarmo-nos mais com gente do que com animais. Quando a anima do processo Natural nos revela que, mesmo observando metodicamente algum voo de pássaro e às consonantes pedras de seu pouso, podemos, logicamente, estar inferindo existencialmente mais profundidade do que com o contato de gentes que possuem alguma estreiteza ou mesmo estranheza em estar nesse estado contemplativo. Quando um homem ou uma mulher se sente melhor com sua vida apensa à liberdade, sem infringir danos a qualquer ser, melhor dizendo, respeitando a inequívoca presença multifária da Natureza, revelará esse ser uma sintonia mais ampla com a realidade exterior, sem precisar necessariamente estar pertencendo à máquina por vezes necessária, em outras não em absoluto. Essa questão de nos reaproximarmos com a Natureza nos fará atores partícipes de suas transformações negativas ou positivas, nessa questão da positividade quando remeta à preservação: condição sine qua non para mantermos viva a ciência de Deus. Esse ser que buscamos quando percebemos que algo em nosso entorno é mais amplo do que a ciência que os homens tanto desenvolvem, mas que por certo não explica todos os fenômenos, e parte a contradizer algumas conquistas, dando espaço a que na filosofia exerçamos o papel mais anímico do pensamento, naquilo que também dialeticamente se suplanta com a relação do tempo, em rebatimentos outros que a tecnologia atual tem nos separado da preservação do Ser enquanto criação, e a ignorância com relação à arte e sua importância no modal expressivo e necessário a qualquer cultura no mundo este em que vivemos, onde as crises realocam as mesmas contradições supra citadas.
            Desta forma o conhecimento investigativo em relação aos fenômenos da Natureza, sua origem e história, o recontar com diálogo interno e compartido às idiossincrasias boas e nocivas inerentes à nossa espécie, desde a mais torpe ofensa, até trágicos desfechos, remontará as questões de construção de uma sociedade que finalmente não precise fazer divulgação de suas melhorias, quando estas se tornam fator essencial e multiplicador pela mesma sinergia que sentimos brotar naqueles por quem temos de tecer companhias que buscam as luzes, ao invés das contendas, seja qual a motivação, dentro do escopo da livre expressão do pensamento e da fruição artística. Estas são as vertentes das descobertas do que seja a questão da educação e tomada de consciência a respeito do funcionamento de nossos sistemas e de outros, quando o processo do conhecer é amplo e irrestrito.

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