O
sistema tece seus próprios comportamentos, e carece da compreensão de seus
líderes ou empresários a união necessária ao menos para que o dito mercado
livre funcione, dentro da civilidade e incorruptibilidade de seus atores. Por
errar o troco, mesmo que inconscientemente, se alguém fatura mais três valores
em cima de um quilo de arroz, por um exemplo cabal, e toma ciência, e toma
gosto, por vilipendiar seu erro em próprio benefício, esse negativismo
positivista toma corpo de modo sistêmico no outro valor que se perde, em um
outro tipo de exclusão de si mesmo, em que se perde o pequeno e dá jus ao
grande que perde a nação inteira... Esse estar-se excludente passa do modal
transitório ao sintomático, e a riqueza pede passagem sobre os ombros do
trabalhador que não pode desse mesmo modo ganhar mais do que o que é acertado
pelo patrão. Não tem como, o trabalhador ganha do seu fixo, e tem que se tornar
doutor em suas contas e fiscal nas suas compras. O seu ganho real é fixo,
demarcado, enquanto em uma economia onde o mercado se corrompe – isso em todas
as plataformas mundiais de mesma esfera – a garantia de que não haja o crime de
lesa pátria é pouca, trazendo a reboque tantos e tantos modais outros, de
crimes menores, de pequenas máfias, de máfias poderosas, enfim, algo que nos
destroça enquanto cidadãos fixos e honestos.
Passa
a ser a lei um granel irrefreável de processos, um andamento contínuo de mais e
mais profissionais da área jurídica, uma tendência a politizar até mesmo
preceitos constitucionais, familiares entrelaçados, proteções e jargões
intraduzíveis. Mas a lei sempre deve ser respeitada, sobre todas as veredas,
mas sujeita ao debate, onde aquela ponta que é a base da pirâmide, dos
enjeitados, dos que dão o sangue para o trabalho duro, tem que participar,
dentro do grande modal que nos resguarde sempre, quiçá em um ideal de pátria
soberana, que é a Democracia Participativa, essencialmente, em que os líderes
não necessariamente sejam vinculados a partidos, mas que sejam a voz ativa de
suas categorias e profissionais de cada setor do país.
Passa
a ter voz sonante, clara, audível e verdadeira aquele que afirma: meus direitos
não se negociam, pois apenas com a consciência vibrante e gigantesca de
verdadeiras lideranças que não se preocupem com hierarquias ilusórias em um
planeta como o nosso, onde os peixes são tão importantes quanto a realidade
poluidora, onde estamos vivendo um massacre nas nossas fontes energéticas,
derretendo os oceanos e orando para que se massacrem religiosos na busca vã de
explicar e justificar as guerras sob a ótica salvacionista. Apenas aqueles que
não possuem a ignorância de não serem reais coniventes com o fracasso que está
se tornando toda a nossa espécie poderá dormir um sono tranquilo sem dever
acreditar que é através de um movimento qualquer inócuo que estaremos na
verdadeira paz de Deus! O que nos encaminha para o sempre é feito de uma grande
ponte: oscilante, gigante, verdadeira... A guerra ou a luta, meus caros, está
no coração do ódio e do rancor, e enquanto não houver a União desejada, por
todos os brasileiros da nossa pátria, haverá diáspora, temor, conflitos e
guerras silenciosas...
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