domingo, 27 de maio de 2018

SEGUNDO A OPINIÃO CORRENTE

          Muitas são as máquinas que auferem medições. Pesquisas são feitas em vários países, tanto no Brasil – em sua relação de dependência cada vez mais acentuada – ou em outros como os EUA, que nos colocam em uma posição por vezes apátrida, quando vendemos não apenas as riquezas como as nossas reservas daquelas. Mas o que aufere uma opinião? Será que agora estaremos em torno do mesmo barco? Pode ser: nesse entorno que não permite sairmos da barra… O que há no país parece uma parvoíce sem tamanho, alguns que observam distantes com suas grossas lentes, outros que chegam ao seu trabalho de helicóptero e uma grande massa que se sacrifica enormemente por causa da reivindicação de uma categoria à qual toda a logística do Brasil se tornou dependente: o fluxo de mercadorias, insumos e serviços pelas estradas. Tomara fosse uma opinião medida por um termômetro algo que embasasse as iniciativas preliminares. E essas iniciativas em tese tem que se pautar em cancelar qualquer movimento que deixe em xeque a vida ou a integridade dos abastecimentos, e decorrentemente do consumo. Estancar as malhas viárias e ao mesmo tempo pensar que precisamos de outros transportes em seus modais, tais como as vias férreas para o escoamento da produção, com saídas e acessos para todos os ramais. A se pensar, talvez com a opinião cabal que temos todos que ao menos o país esteja melhor… Mas que seja a realidade, melhor a bem dizer para todos: mais justo, equânime, cordato, equilibrado e rico para dentro antes, para depois se estudar o que é economicamente e o que não é, dentro do panorama nacional estrito, sem nos desviarmos desse interesse comum que é a Nação imensa que compomos em ação, em trabalho, em verso e prosa. Obviamente, quando se fala em interesse do país como um todo é necessário não separar mandatos, permitindo sinistras alternâncias, mas dar continuidade ao que se fez de bom para um país. Obviamente, se as religiões não chegam a um termo e se imiscuem na política, saibamos aceitar critérios que não sejam necessariamente espelhados em países de suas origens, porquanto propriamente nosso país recebe todas as frentes religiosas e culturas com a empatia e nobreza que não se encontram em outros solos internacionais e, se isso acontece no Governo atual, merece consideração e empatia de todos os brasileiros. Talvez seja a hora de um grande e amplo debate nacional, com as lideranças políticas, os empresários, líderes dos trabalhadores e empenho da burguesia para que – internamente – escusemos todos os fatos passados sem ignorar ganhos cometidos, que a classe política tradicional encontre seus rumos para mudar para melhor, sem pensar em sangrias que desfazem a esperança popular, que a Justiça e todas as instâncias continuem seus trabalhos de modo imparcial, e que saiamos fortalecidos enquanto Pátria de eventos que aparentemente beiram a catástrofe e o caos, mas que devem nos levar a refletir que não se pode abusar de autoridade quando a questão é o desenvolvimento para todos os brasileiros!
          A paz está nas ruas – quando sempre deve estar – e pensar em tocar o barco adiante conforme grande parte dos grevistas sugeriram, através de uma intervenção militar depondo o atual Presidente, é no mínimo desrespeitar o código necessário de honra que devemos por estarmos em uma Democracia que, apesar de alguns entraves, deve ser aceita por todos com atitude de gratidão por se existir dentro da liberdade, da moral e dos bons costumes. É com uma vida de cavalheiros lutando bons combates que devemos aceitar o nosso processo democrático com o fluxo que começa agora a fluir, literalmente, para prosseguirmos com a inteligência redobrada e espírito participativo, reiterando que todas as manifestações são válidas enquanto não gerem o caos e as carestias sociais.
         A vida respira em um vaso de plantas, em uma ave que também possui os seus sonhos quando fazem uma pessoa sonhar, naquilo que porventura encontramos quando nos apercebemos que está sendo preservado, não em caminhões lotados de suínos que não foram entregues para o abate. Numa horta orgânica, em um caminho longo de um andarilho desempregado em busca de uma colocação, no pão que nos é concedido diariamente, nas vertentes mais claras da compreensão humana. Não deixar que uma massa bruta e ignorante tome conta do Poder no país é apenas a defesa de que o diálogo possa vir mais sucinto e verdadeiro, e que o mesmo Poder compreenda que o essencial para a sua manutenção é apenas pensar que certas atitudes estruturais economicamente partam de princípios que, do mesmo modo que uma manifestação não pode causar convulsão social, as ações governamentais não podem insuflar a carestia humana: esses são os dois aspectos, as duas tramas e as duas vias, a rigor.

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