Muitas
são as máquinas que auferem medições. Pesquisas são feitas em
vários países, tanto no Brasil – em sua relação de dependência
cada vez mais acentuada – ou em outros como os EUA, que nos colocam
em uma posição por vezes apátrida, quando vendemos não apenas as
riquezas como as nossas reservas daquelas. Mas o que aufere uma
opinião? Será que agora estaremos em torno do mesmo barco? Pode
ser: nesse entorno que não permite sairmos da barra… O que há no
país parece uma parvoíce sem tamanho, alguns que observam distantes
com suas grossas lentes, outros que chegam ao seu trabalho de
helicóptero e uma grande massa que se sacrifica enormemente por causa da reivindicação de uma categoria à qual toda a logística do Brasil
se tornou dependente: o fluxo de mercadorias, insumos e serviços
pelas estradas. Tomara fosse uma opinião medida por um termômetro
algo que embasasse as iniciativas preliminares. E essas iniciativas
em tese tem que se pautar em cancelar qualquer movimento que deixe em
xeque a vida ou a integridade dos abastecimentos, e decorrentemente
do consumo. Estancar as malhas viárias e ao mesmo tempo pensar que
precisamos de outros transportes em seus modais, tais como as vias
férreas para o escoamento da produção, com saídas e acessos para
todos os ramais. A se pensar, talvez com a opinião cabal que temos
todos que ao menos o país esteja melhor… Mas que seja a realidade,
melhor a bem dizer para todos: mais justo, equânime, cordato,
equilibrado e rico para dentro antes, para depois se estudar o que é
economicamente e o que não é, dentro do panorama nacional estrito,
sem nos desviarmos desse interesse comum que é a Nação imensa que
compomos em ação, em trabalho, em verso e prosa. Obviamente, quando
se fala em interesse do país como um todo é necessário não
separar mandatos, permitindo sinistras alternâncias, mas dar continuidade ao que se fez de bom para um país. Obviamente, se
as religiões não chegam a um termo e se imiscuem na política,
saibamos aceitar critérios que não sejam necessariamente espelhados
em países de suas origens, porquanto propriamente nosso país recebe
todas as frentes religiosas e culturas com a empatia e nobreza que
não se encontram em outros solos internacionais e, se isso acontece
no Governo atual, merece consideração e empatia de todos os
brasileiros. Talvez seja a hora de um grande e amplo debate nacional,
com as lideranças políticas, os empresários, líderes dos
trabalhadores e empenho da burguesia para que – internamente –
escusemos todos os fatos passados sem ignorar ganhos cometidos, que a
classe política tradicional encontre seus rumos para mudar para
melhor, sem pensar em sangrias que desfazem a esperança popular, que
a Justiça e todas as instâncias continuem seus trabalhos de modo
imparcial, e que saiamos fortalecidos enquanto Pátria de eventos que
aparentemente beiram a catástrofe e o caos, mas que devem nos levar
a refletir que não se pode abusar de autoridade quando a questão é
o desenvolvimento para todos os brasileiros!
A
paz está nas ruas – quando sempre deve estar – e pensar em tocar
o barco adiante conforme grande parte dos grevistas sugeriram,
através de uma intervenção militar depondo o atual Presidente, é
no mínimo desrespeitar o código necessário de honra que devemos
por estarmos em uma Democracia que, apesar de alguns entraves, deve
ser aceita por todos com atitude de gratidão por se existir dentro
da liberdade, da moral e dos bons costumes. É com uma vida de
cavalheiros lutando bons combates que devemos aceitar o nosso
processo democrático com o fluxo que começa agora a fluir,
literalmente, para prosseguirmos com a inteligência redobrada e
espírito participativo, reiterando que todas as manifestações são
válidas enquanto não gerem o caos e as carestias sociais.
A
vida respira em um vaso de plantas, em uma ave que também possui os
seus sonhos quando fazem uma pessoa sonhar, naquilo que porventura
encontramos quando nos apercebemos que está sendo preservado, não
em caminhões lotados de suínos que não foram entregues para o
abate. Numa horta orgânica, em um caminho longo de um andarilho
desempregado em busca de uma colocação, no pão que nos é
concedido diariamente, nas vertentes mais claras da compreensão
humana. Não deixar que uma massa bruta e ignorante tome conta do
Poder no país é apenas a defesa de que o diálogo possa vir mais
sucinto e verdadeiro, e que o mesmo Poder compreenda que o essencial
para a sua manutenção é apenas pensar que certas atitudes
estruturais economicamente partam de princípios que, do mesmo modo
que uma manifestação não pode causar convulsão social, as ações
governamentais não podem insuflar a carestia humana: esses são os
dois aspectos, as duas tramas e as duas vias, a rigor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário