A
indústria necessária passa ao largo, com operários operando verdadeiros
engenhos, dentro de novas ou antigas tecnologias, criando grupos mais reais e
humanos, mais coesos e com capacidade crítica com relação a seus materiais,
peças e etc, muito mais ampla do que a nova modalidade de trabalho, este na
esfera digital. Justamente no lugar certo erguendo um prédio ou fabricando um
caminhão, varrendo e limpando a cidade, ou atendendo no balcão de uma empresa
que favoreça o cidadão. Passa a valorizar o serviço como algo mais concreto:
nas ruas, nos transportes, nos pátios industriais – com a questão das
reivindicações – e no contato diário da urbe. Isso reza por um não
distanciamento e solidariedade para aqueles que emprestam sua força de trabalho
em benefício das cidades.
Justo
ser a hora de imprimirmos a história de nossas sociedades variadas trançando as
gerações, em um intercâmbio onde ponteie o entendimento e o respeito, haja
vista que o nosso problema muitas vezes é confundido com o novo e o velho,
sendo o velho representado por mais história, enquanto o novo parte de um
processo pontual não histórico, fruto infelizmente de uma geração tele guiada,
se formos imaginar como os conselhos funcionam se soubermos mais da história, e
como se divide esse conhecimento com relação a antigos ofícios, dando margem à imprescindível
compreensão sobre o surgimento das novas tecnologias, e a leitura que devemos
fazer dos séculos passados. Isso tem a ver com muitas soluções encontradas para
as populações, suas aplicações fundamentais e a noção mais elementar que
enquanto não encontrarmos as soluções estruturais para as cidades e as nações,
não estaremos de acordo com as condições mais humanas de vida. Deve-se partir
desse pressuposto com relação a todos os países em desenvolvimento, e igualmente
para dentro das fronteiras daqueles de primeiro mundo.
No
entanto, todas as classes que estão direta e produtivamente relacionadas com
meios digitais podem estar cientes de como a cidade responde em seus diversos
locais às investidas que resultam de administrações faltantes com a totalidade,
e terem consciência de que não basta levar a segurança para a porta de seus
condomínios, mas levando igualmente recursos para a educação e a saúde para as
populações de baixa renda, sem falar no saneamento e nos serviços essenciais.
Apesar de sentirmos na carne as derrotas humanitárias internacionais,
obviamente o fruto de guerras ao redor do mundo, de caráteres e modalidades
diversas, torna a crise humanitária em países pobres um espelho da barbárie que
acontece em outras nações, justamente onde um povo mais inculto sofre o revés
de não saber fazer algo, ou reagir dentro da legalidade, com propósitos
reivindicatórios e de natureza coletiva, sindicalizada, etc. Essas questões da
mescla ente as classes sociais vertem seus primeiros passos na compreensão de
conjunturas das sociedades e de reformas que bem estruturem em seu viés
dialético um padrão de progresso contínuo, uma real sustentabilidade, um motor
azeitado e forte nas bases das sociedades – onde a carestia se apresenta maior –
e uma “re” conceituação das ferramentas indispensáveis aos nossos próprios
processos para nos tornarmos independentes dentro de uma plataforma em
constante diálogo que vá de encontro com os pensamentos libertários de nossa
época: no caso da posição das tecnologias e sua revolução atual, como na
utilização de ferramentas outras e históricas que valem permanentemente em seus
modais irretorquíveis.
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