segunda-feira, 31 de julho de 2017

UM CRISTAL DE ROCHA

O olho olha de frente a uma pedra distante de um sol de poente
Ao que se diria o azul de sua tez na superfície dos cristais
Que tudo se aperceba conforme o distar que o seja no horizonte
Mais a ver com a penumbra oculta de fêmea feito mulher...

Aos cristais de um quartzo de uma hora luminar que o fora
O cristal desfaz as ondas que quebram há horas nos rochedos
Que fossem os mesmos que abandonaram escumas abrandadas
No sentido pleno em que as cracas também respiram os cascos!

Na vida de um passante formiga subentende que não o esforça
O carregar silencioso de um fardo que ao homem não o conheça
Nos véus de uma Natura incandescente quando por vezes sempre
Nunca se apresente ao mesmo olhar que – incauto – tropeça nas ervas.

De um homem que pensasse ser o mundo imenso qual diamantino
Nas luzes de um farol costeiro em uma noite que nos iniba pela beleza
A força de uma rocha emana de suas texturas as palavras ilusórias
Como as chuvas de pétalas de coral vistas por um grande enfermo...

Quanto que as enfermidades não sejam a patibular cria de verbas
A anunciar na poesia do mesmo cristal a jaça que entorpece esperanças
De que porventura algo fosse dado ao cidadão trabalhador e forte
Mesmo nos que são fracos os sejam apenas os da administração.

Em que fortaleza do caráter nascem os governantes, quando imiscuem
As páginas de suas próprias cretinices em subtrair traindo o seu povo
De tudo o que se esperava ao menos do justo que ao povo substabeleça
Na única vertente verdadeira que reza a orçamentos que aquele já conhece?

A poesia deriva de um mar de corais e vê o mesmo mar solapado
Pelas correntes inquisitórias do absurdo que não vê e não percebe
A tantos e tantos o estrago em que seus peixes sobrevivem dos dejetos
Em que os homens se transformam quando conseguem transtornar poetas.

domingo, 30 de julho de 2017

POESIA DE ALGO A VER COM O OUTRO

Não esqueçam as pedras das suas latitudes imutáveis
Quando veem no pináculo de suas pretensas certezas
Que tudo o mais que não se viu ao longo dos séculos
Com certeza não era o turíbulo mais vago do pensamento!

A nos crer que das igrejas não sai o ventre da Verdade,
Tece-se a dúvida de nunca sabermos do que existe
Frente à importância inequívoca das frentes da religião
Posto enquanto não se saia de outra certeza de imposições...

O outro não será jamais um inimigo, posto isso ser de ilusão
Ao que outros já criaram seus conceitos, e outras lutas
Terem se travado nos séculos que nos precederam por vias
As mais entrantes nos tempos em que não nos haviam postos.

Não há muito mais o que se escrever sobre o cadafalso
Onde a poesia que vem de Krsna o saberá mais portanto
Quanto de sabermos que de santidade é a terra Índia
A sabermos que lá estão melhores do que estamos por aqui!

Resta sabermos que a religião é a ferramenta dos fortes
Porquanto o crente perfaz sua peregrinação com o bem na proa
E o sacerdote revela ao mundo um Papa mais do que peregrino
Quando isenta de seu fausto a cela em que passa os seus dias...

Chegará a hora em que estaremos aptos a aceitar o imenso fato
De que aqueles que creem em algo predispõem-se à Natureza
De modo a saber que esta só existe com resultado do que se cria
Ao pressuposto nada mais lógico do que uma ciência de Deus.

VERTENTES INQUIETAS

            Haverá alguma coisa em que o processo de informações não tenha levado em conta? Seria uma frase banal, mas a referência desse mesmo processo talvez não resida apenas em uma digitação às pressas para quem aceita certa ordem sem nem saber ao menos do que se trata. A alienação de um indivíduo perante uma coletividade de alugar-se algo sem sombras participa apenas ao sofrimento do mesmo indivíduo, em que a mesma esfera coletiva não resolve mais a sua própria impotência. No que esperemos que fôssemos potencializar até mesmo a existência intelectiva de um isolamento a que tantos não necessitem falar outros tantos a respeito, posto a vida não mereça cuidados maiores daqueles que deveriam estar fazendo parte de qualquer pauta. Os caminhos que nos levam a querer muito de algo entope nossas veias que já estavam quase abertas no nosso sofrimento, a que chegamos a um ponto onde a arte não se ressente mais por onde anda o juízo humano. Se é de tanto que não o mereçamos por exclusão social, o enfermo qualquer mantém-se conforme para não se tornar mais enfermo, e assim gira a roda existencial do que podemos chamar de uma “sorte” sem precedentes, posto mais enfermos com menos enfermidades, no que a patologia social encerra as atividades com o peso de nossa era atual, ao que nos resguardemos neste único significado, ao menos por enquanto.
            Tantas são as veredas, tantos caminhos que não sabemos com certeza o trilharmos, e essa faculdade de termos alguma dúvida nos leva ao um pensamento com um diálogo constante conosco mesmos. Esse tratar-se da história, ainda que nas artes, permanece com um tempo em que a própria história com o tempo é excluída. Não se torna a eletrônica um modo de existir, ou quase? Pois sim, a grande vantagem é estar com preparo de se usar o meio desse novo modal de comunicação, que no entanto nas suas entrelinhas há uma engrenagem na exposição quase compulsória das informações sobre quem quer que seja. Mas não, que prefiramos a negativa...  Quem seria este que escreve por vertentes tais que nem o labirinto de Teseu daria por conta de todos os Minotauros. Antes pensássemos melhor sobre a cruenta pátina da hipocrisia que versa o aspecto quase surreal do que se chama enfermidade psíquica, a mais de dizer que um atravessa o patíbulo todos os dias, mas o isentam da forca. Na verdade, a construção de um mundo melhor atravessa os mares, repõe as esteiras da vaidade, reloca situações, preza pela ordem, qualquer que seja, pois seu oposto quiçá não se chame justiça, mas a tentativa quase que atávica de toda uma nação meio internacional que permeia agora com a facilidade tremenda em nos comunicarmos com muitos, ao menos. Que seja dada uma largada em cada manhã, que as rotinas que empreendemos sejam, a bel do prazer da sanidade, o abraço de uma boa medicina em que confiamos plenamente, na vereda sempre incompleta de desvendarmos o cérebro como universo da Ciência. A tônica não nos ditaria que fosse algo distinto, mas que um quando escreve se sente bem, isso é bom. Prezemos pela qualidade do diálogo, mesmo sabendo que por vezes a representatividade está muito aquém do desejado, pois os homens e mulheres talvez tenham mais confiança no que está escrito nos seus gadgets.
            Um termo que talvez aprofunde a questão será sempre recebido com rechaço dos usuários convencionais, e a língua vernacular tateia em sombras que aos poucos vai tomando conta de um ignorar-se ao aprofundamento de outras questões que também fazem parte da participação em nossas vidas. Estamos próximos a uma era do chumbo, uma era mais pesada, e no entanto melíflua com relação à uma Babilônia de velhos ensandecidos. Torpe, tardiamente sexólatra em que, salvas exceções, é mais compatível ver o apêndice ereto do que erguer-se intelectualmente para vivenciar outros aspectos da existência, em que a libido se transforma em mudanças, no que mantenhamos o caráter nas circunstâncias de um erotismo cambiado e transformador. De cada qual, a busca pelo poder transuda sob pílulas azuis, sob mulheres objetos, sob fauna, sob evolução às avessas... Não que carecemos de tudo, mas muitos carecem de muito. Essa é uma assertiva inevitável, tanto para os trabalhadores como para as empresas. Jamais haverá rumo na plutocracia, pois a história revela que regimes tirânicos servem apenas aos interesses de poucos, nem que para isso venhamos a aceitar os misticismos febris de tentar aplicá-los no jogo eterno da manipulação das massas, pois o perigo ascende em um modal equivocado quando mexemos com as máximas dos direitos humanos internacionais, que vem a dar nos costados quase inquietos que nos levem a um mundo mais justo, coerente e não sectário.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

OS OLHOS DO FUTURO

            Qual não seria o dia em que não pensemos ao menos no amanhã... A vida prossegue sem termos noções mais imediatas do que se constrói no pensamento e naquilo que vertemos como dias quase inacabados. O que nos parece consentido é algo tão ínfimo quanto sabermos de uma espetacular vertente de coisas que ainda não sabemos a dimensão exata, em se tratando da tecnologia, seu uso, e o futuro que se espelha em seus rastros. Sente-se na carne da Terra alguns desses rastros, mesmo que não assumamos o papel do pessimismo, mas que temos errado em desenvolvermos certas frentes, não há dúvidas. O papel do desenvolvimento da humanidade não pode jamais estar desvinculado da Natureza, em seu sacrário do respeito, pois a nós revela-se agora que os meios de apropriação daquela, mesmo que se fosse distribuída a riqueza igualmente, pecam por seu modal de atuação. Enquanto o homem não observar melhor o que é o milagre da vida, em um vaso de planta que seja, não será mais apto a ser um homem e deixará passar o tempo erraticamente na escusa plataforma de cartilha – seja qual for – em doutrina, a que isenta de seu tempo a leitura em profundidade fora das letras, incluso. Um encontro com a Natureza é um encontro com o que há de vida, pois mesmo em uma cidade de concreto se vê brotar entre as pedras as ervas que ignoramos como vida igual e partícipe. Se tantos e tantos seres não nos abandonam em suas veredas diamantinas e próprias, se tantos e tantos mundos marinhos estão submersos em suas belezas, como apreenderemos o fato de que é apenas o óleo vertido através do sangue de inocentes que importará em nosso futuro, se essa mesma fonte não resguarda o que não planejamos, a não ser com incertas iniciativas? As energias que deem sustentação à humanidade já há décadas existiam nos biodigestores inclusive e são poucas as sociedades que carregariam os seus resíduos para alimentar essas usinas...
            Um futuro não está no que virá, pois antes de vivenciarmos esta nossa era, claudicamos muito no que pensamos ser acertos, em premissas inválidas de acharmos que a evolução da nossa espécie significa melhorarmos as ferramentas. Seria melhor se além de as melhorarmos pudéssemos democratizá-las, incluindo, fomentando o conhecimento, lutando com o bom combate para que realmente servissem a todos, ao bem comum, desde casas até computadores. Quando se fala lutar um bom combate devemos crer que não haja jogos nem os cenáculos da hipocrisia, pois a luta se faz através do debate e do diálogo, mano a mano, reiterando o que deva ser bom a um país, que seja, alguma melhora nessa esfera, mesmo circunstancial, já é um progresso ainda que em uma latência provisória. Parece-nos por vezes que governantes com idade avançada não queiram mudar muito a face da sociedade pensando apenas em deixá-la com um perfil extremamente conservador, regredindo a história de nossas conquistas, e talvez tenha pertinência essa colocação. Isso é uma sensaboria que ocorre muito, pois o futuro com mais justiça social assusta um pouco os regressistas. É muito difícil convencer um homem idoso a mudar sua concepção da vida, sobrando aos jovens a tarefa de ao menos escutar os mais experientes que não são exceção à regra quando pontuaram a sua vida inteira por um pensamento mais arejado e equânime com o bem de todos. Esse “escutar” os mais velhos passa por uma necessária mescla do encontro da história e, principalmente, do respeito que temos que ter por aqueles que lutaram toda a sua vida para um mundo melhor.
            A evolução humana fala melhor e possivelmente a uma solidariedade que em tese deveria estar presente nos trabalhos para metas a serem obtidas ou, na grande massa, as peças a serem fabricadas. Segue-se os pressuposto de que a evolução nos negócios e nas carreiras seja um retrato de leis de mercado pura e simplesmente tiranossauricas, na abordagem predatória entre os homens no que veste de insanidade o fato de se querer o poder como condição sine qua nom de colocação entre aqueles que se alimentam autofagicamente daquele.
            O modo da bondade se torna a questão evolutiva, pois é através do humanismo que a humanidade deve caminhar, e não uma involução regressa onde aquele que constrói um grande empreendimento só se preocupa em ganhar seu desmesurado lucro, em detrimento do que faz através disso para manietar a Natureza. Esse é o mais puro modo da ignorância, mesmo que esse ser seja um grande engenheiro, ou um homem de ciência. Portanto, a própria ciência e seu uso deve passar por um crivo autocrítico, em um diálogo constante sobre o que pode acarretar nas prospecções gigantescas em nossos minérios, por exemplo, e suas decorrentes cicatrizes na terra e suas aldeias ou cidades. Essas mesmas sangrias em nosso planeta e as inserções poluidoras atualmente são o nosso principal fator de atuação nas frentes de libertação dos povos, pois não será jamais através de uma ganância cada vez mais brutal e desumana que poderemos conscientizar as populações da linha da pobreza sobre essas questões, já que nem os ilustrados do primeiro mundo tomam qualquer iniciativa a respeito...

terça-feira, 25 de julho de 2017

O APARENTE BECO SEM SAÍDA

            Continuamos, sempre... A vida de cada qual, quem dera, que não fizesse parte da “conveniente” relação de poder entre as pessoas e as sociedades. A não se falar do poder constituído... Essa palavra que pode ser o empoderamento, como quiçá um neologismo em certos sistemas da literatura, enquanto instituição, mas que compreende o universo do que pode ser uma ação consonante com a participação em sociedade com lideranças mais representativas de fato. Reza uma cartilha que simplifica demais as equações em que nos defrontamos – qual uma muralha de personagens de borracha, pneumáticos – a que sentimos nossas vulnerabilidades ante um ente surpreendente em que invade um país com suas pretensas missões e que de pretensão derruba governos, em um jogo covarde e bestial, porquanto com muito mais peças de inteligência. Não nos restará ficarmos calados, pois a quem seja permitido ainda escrever ao menos, que lhe seja alforriada uma intenção patriota. A situação atual em nosso país prescreve muitas das conquistas trabalhistas, e no entanto, no reverso da medalha, os trabalhadores  coletivamente passam a ter mais consciência, como massa, como poder: que possa algo, ao menos, em seu diálogo consigo e com seus colegas. Esse beco sem saída pode parecer real, se continuarmos a acreditar que estamos liderando algo quando convocamos pressões populares, que ocorrem em dadas circunstâncias como peões que giram no mesmo lugar, sem assentamentos, e com a convicção de alguns partidos de esquerda tiraram como em uma sangria desatada de seu povo as riquezas, num modal operativo que não foge à regra de séculos de sangramento em nossa nação.
            Não se coadunam um incremento gigantesco nas máquinas produtivas e na ilusão de que aumentando os salários para o consumo interno estaremos efetivamente mudando a face da sociedade. Apenas quiçá com a participação nos lucros da empresa o trabalhador ainda possa ter a ilusão de ganho, mas com a realidade relativizada aos meios de produção que continuam a manter ciclicamente a miséria e o exército de reserva submetido às colocações de farsa humanitária. Enquanto houver a indústria cultural com o poder a ela concedido em todos os governos desde que se implantou de modo gigante no país, convenhamos que foi dado o circo. Panis et circenses, é o que pretendem, que se dê ao menos a subsistência e que se receba a subserviência, para no final da jornada encontrarem seus conteúdos nas novelas, que se pretendem arte do povo, e não a verticalização subcutânea do que realmente é, posto oligopólio do lazer.
            Em etapa posterior deste novo século sabemos que a informática é algo que já faz parte de todos os sistemas implantados para o funcionamento operacional de nossas sociedades contemporâneas. Por isso aqueles países que inventaram os sistemas monopolizaram o controle sobre todos os países que utilizam suas plataformas. No entanto, há países que investiram maciçamente em educação e que já possuem seus próprios sistemas alternativos, rompendo com a compulsória relação entre a informática matriz e suas colônias. Resta intensificarmos a noção evidente que a relação de classes e objetos migra neste novo milênio de relações arcaicas entre a massa e seus empregadores para outras relações inequívocas onde o objeto em questão é a própria indústria da informação, deslocando os fatores econômicos para universos distintos e realocando capitais para nichos ou bancos que têm um comportamento que segrega antigas formas de relacionamento dos negócios no planeta. Torna-se mais evidente que alguns indicadores econômicos já não revestem de clareza o que acontece com o mercado, pois este vira apenas um dos aspectos do fator gerador e acumulador da riqueza onde, pela outra face, a indústria da informação e processamento de bancos gerenciais aumenta geometricamente. O que segrega o chamado empreendedorismo micro e pequeno é a total impossibilidade de que estes venham a continuar resistindo como empresas, já que em sua maior parte tende a fracassar, mesmo quando donos de receitas pioneiras, porquanto capitais intermediários avançam sobre a vulnerabilidade dessas fatias do mercado. Nas ruas se espelha um panorama em que a vida mais sectária segue a passos largos com os aparelhos que permitem uma comunicação entre as gentes, mas na maior parte das vezes é subaproveitada, pois gasta-se um tempo no vernáculo quase de pedra na ignorância que alguns pensam que não possuem, onde os livros não tomam seu lugar e acabam nas prateleiras do descaso. Como se virássemos ratos dependentes de estímulos e respostas, quando de um uso muito acentuado nesses displays. Tornamo-nos ao mesmo tempo dependentes de um objeto verdadeiramente capaz de exercer funções, mas não nos damos conta de que pode se tornar um acessório igualmente capaz de ser um suporte de expressão, de publicarmos algo, em que o computador pessoal seja a base para essas funções de inserção intelectual nas sociedades. Essa questão é vital para compreendermos que o bom uso independe do aparelho que temos, pois este não vive em função daquele, já que o computador, como qualquer máquina, depende que o operemos, depende que apertemos seus botões e o giremos na roda que impulsiona a nossa passagem de vida por este mundo. A participação inequívoca é que seremos mais conscientes quando soubermos tirar um tempo para “re” descobrir os recursos que estejam em nossas mãos, inevitavelmente ou não. E que saibamos, antes de tudo, que a informática não será nunca mais poderosa do que sabermos dos antigos meios, ou mesmo da mescla que se faz entre a tecnologia histórica e aquela que se chamaria conveniada, pois vem instituída por padrões ocultos de dominação. Não podemos aceitar que o gadget seja a pedra filosofal, pois quem transforma algo em outra coisa talvez seja a ciência, mas mudarmos os conceitos que aos poucos as novas gerações já enfrentam por osmose dependerá do diálogo constante entre a consciência de um pai e uma mãe, a saber, consciência esta que transmite aos filhos uma reserva quando de uma empatia exacerbada pela onda ilusória e hipnótica dessas novas tecnologias.

domingo, 23 de julho de 2017

UMA QUESTÃO QUE SE PRONUNCIE

            Várias são as palavras que pronunciamos em que nossos sentidos se apercebam. Bem dito, que nossos sentidos são imperfeitos... Mesmo em comparação com outras espécies. Essa revisão do que são as letras consoantes e sua contestação na rotina de nosso modo de pensar constituem uma metodologia de importância fundamental em como construir um pensamento crítico. Nas vertentes de um realismo estético encontraremos uma veia em que a aproximação com o ser criador se dará baseado na vertente de nossa compreensão da realidade tal como ela é. Não obstante, não há limitadores do modal criativo, mas apenas a necessidade de sabermos que a oportunidade da expressão da arte deve servir a todos. Arte por arte e pela arte em um padrão, quem sabe igualmente artesanal, como um caminho de ofício, um aprendizado na estética da expressão. A estética no seu valor que consubstancie qualquer expressão, qualquer construir. Mesmo sabendo-se que há uma intenção inequívoca em extinguir a arte como meio de expressão humana através da impossibilidade de através dela receber-se algum ganho em virtude de suportes já “superados”. Ao menos que se pretenda usar essa maravilhosa ferramenta na ampliação das possibilidades de uma educação mais consagradora com relação às gerações mais novas e às populações mais vulneráveis, pois não há no mundo quaisquer homens ou mulheres ou crianças que não possam estar abertos ao ensino da arte no mundo, haja vista ser ela o reflexo cultural dos povos. Assim como devem ser respeitadas as diferenças de classe, étnica, de gênero, etc, há que se saber que a arte deve ter em suas bases a abertura para a expressão livre de quaisquer amarras ou sectarismos. No entanto, deve haver igual oportunidade para aqueles que não são favorecidos por questões de vulnerabilidade ou classe social, que tenham acesso livre às técnicas de expressão e meios que venham a contribuir para o processo de tomada de consciência nos processos produtivos do fazer artístico. A partir da possibilidade de termos meios de expressão mais acessíveis, a eletrônica se torna igualmente um objeto ou ferramenta que permite a condição para esses pressupostos.
            De qualquer modo, a arte como mercadoria já encontra-se em outras gôndolas de um comércio mais flutuante na acepção crua em que muitos talentos já são descartados quase congenitamente. Há controles societários em que a vinculação da divulgação de um trabalho de arte tenha que passar necessariamente pelo crivo dos órgãos midiáticos, que sejam, ao menos os regionais, que passam a ser quase sempre, em nosso país, meros repetidores dos grandes canais. Cria-se uma certa fama, mas os trabalhos prosseguem sendo descartados em virtude dos canais perceptivos humanos passarem por um tipo de frequência distinta daquilo que vimos a compreender em eras anteriores, no que ao menos o olhar não mudasse tanto quanto agora, na desmesurada plataforma digital, ao mesmo tempo limitante do espaço concreto como um tanto simbiótica na mescla entre o que seja valor produtivo e valor dado à informação de outrem como agregação quase fantasma, e no entanto endêmica. Esse constatar parte da premissa de estarmos quase escravizados afetivamente por um display que funciona enquanto comportamento oclusivo da vida antes cotidiana e agora – repito – na gôndola de um fracasso cultural. Surge um novo modal que é a função de ficar retido em um trabalho adicional de natureza emocional ou de ilusão de popularidade que exclui aos mais jovens a consciência do que seja ou tenha sido em toda a história a prospecção de antigos materiais e antigos meios de comunicação. Estranhos tentáculos sequer mostram ou revelam a dimensão estrutural de suas parafernálias e nem citam para que ou para quem comercializam os aspectos funcionais da informação de cada qual, em mapeamentos de sistemas integradores de capitais transnacionais, ao mesmo tempo girantes na web, como em blindagens de sistemas financeiros absurdamente distintos do que havia antes dessas novas ondas tecnológicas.
            Em síntese, o poder que emana daqueles grupos ou conglomerados em rede, mesmo antagônicos, une faixas de frequência exatas em seus modais de comunicação, gerando ações que comprometem enormemente as estruturas de poder mais tradicionais politicamente, nas assertivas com relação às mídias digitais que estão fora da grande mídia. No entanto, esse aparente “estar fora” não nega o entrelace da calculada estrutura em forma de gráficos e pesquisas, e outros tantos artifícios que um estudo mais aprofundado da teoria da informação deixaria um cientista menos informado absorto... No atual sistema operacional do grande deus “curtir” existem correlatos os fatos de que esse é apenas um pequeno pedrisco que torna sucesso por vezes quando se torna viral, em ilusões sem precedentes históricos, que perfazem o torpor da sanha em se sentir aceito em um grupo, em uma rua, em um mundo, onde não haverá diferenciação, se não soubermos ter a consciência na igual retidão e exatidão no uso de quaisquer recursos que estejam à mão. Apenas estejamos cientes que bem ou mal podemos publicar, sendo este o grande fator. Segue a premissa que sempre é hora de nos explanarmos mais alongadamente e com concisão – mesmo no vernáculo – para nos fazermos entender na plêiade desses caminhos que aparentemente possuímos. Seria ideal se o nosso país possuísse um sistema informacional próprio, mas antes pautemos pela educação de toda uma população, pois os ensinamentos das repúblicas dos séculos anteriores nos revelam a importância capital dessa necessidade extremamente básica e fundamental para um povo e sua Nação.

terça-feira, 18 de julho de 2017

A RETIDÃO MORAL E ÉTICA, QUANDO CONSAGRADORA, MOSTRA UM TIPO DE HONESTIDADE QUASE CONGÊNITA.

SE TANTOS DEIXASSEM O ORGULHO FALSO DE QUERER OBTER CADA VEZ MAIS, O TANTO DA DISCÓRDIA SERIA MENOR INCLUSIVE NO MUITO QUE O SISTEMA EXPLORA.

QUANDO UM PAÍS PASSA A VENDER SEU TERRITÓRIO PARA ESTRANGEIROS JÁ NÃO SE TORNA UM PAÍS, MAS UMA POCILGA IMUNDA PERANTE OS OLHOS DO MUNDO CIVILIZADO.

A BELEZA EM QUE AINDA O PLANETA TERRA BUSCA EM SUA PRÓPRIA DEFESA BATE DE FRENTE COM O MATERIALISMO GROSSEIRO DA HUMANIDADE.

UMA VIDA NÃO POSSUI ÁRBITROS QUE MARCAM GOL POR UM TIME DE PREFERÊNCIA. TODO JUIZ DEVE SER IMPARCIAL, PARA SER CHAMADO DE JUIZ...

O MODAL DE ACHARMOS QUE SOMOS MAIS MERECEDORES NOS AFASTA DO PRÓXIMO E NOS TORNA COMO QUE CRISTÃOS OU OUTROS RELIGIOSOS QUE SÓ VEEM A CRISTO, SÓ VEEM O PRÓXIMO COM A RESERVA DO DISTANCIAMENTO E DA SEGREGAÇÃO.

SE PROSSEGUIRMOS NO PLANETA SEM ESQUECER QUE TEMOS QUE DIAGNOSTICAR OS NOSSOS ERROS, SEGUIREMOS APOIANDO AS ENFERMIDADES DE NOSSOS BIOMAS...

SEREMOS MELHORES QUANDO SOUBERMOS QUE UM POVO ORGANIZADO É MAIS DO QUE AQUILO QUE PRETENDEMOS SER NA INTENÇÃO MALOGRADA DE NOSSO PRETENSO SUCESSO.

COLOQUEMOS A PÁ DE CAL SOBRE COISAS COMO O MBL, QUE EM SI, SÓ DE SIGLA, JÁ É RIDÍCULO!

QUE A ALIANÇA POR TODO O NOSSO POVO, PELO PAÍS CHAMADO BRASIL, LIBERTE NOSSAS MÃOS DO SACRIFÍCIO DE TERMOS QUE ACHAR QUE A ESPERANÇA NÃO TENHA QUE EXISTIR, POIS A QUESTÃO É A LIBERTAÇÃO, AGORA E SEMPRE!

A VIDA DE UM HOMEM QUE DILATA O PEITO QUANDO PENSA EM UMA VERDADE SINCERA, UMA ATITUDE CORRETA, NÃO É AMEAÇADA POR NINGUÉM E POR NADA, POIS COM ELE RESIDE SEU ESPÍRITO DE UMA VANGUARDA LIBERTADORA, UMA ALIANÇA SEM PAR, UM NACIONALISMO COERENTE!

QUE SE SUCEDA O SUCESSO DA BOA EMPREITADA, POIS NOS É DADA A JUSTIÇA QUANDO A MENTIRA DE UM QUALQUER, SEJA RÉU OU JUIZ, SE LEVANTA SOBRE OS OLHARES DOS OPRIMIDOS, POIS ESTES NÃO TARDARÃO A COMPREENDER O FATOR DA SUA AUSÊNCIA, DO QUE NÃO É MAIS JUSTO, DO QUE UMA LEI DE FARSANTES...

A ILUSÃO DO EMPODERAMENTO SE PASSA NA MESMA MEDIDA EM QUE NÃO REVISEMOS O TERMO PODER NO QUE TEMOS QUE EXTINGUIR CERTAS GANÂNCIAS QUE AINDA ACREDITAM FAZER PARTE DO MESMO JOGO ETERNO EM NOSSA HISTÓRIA.

A PARTICIPAÇÃO NÃO SE DÁ ATRAVÉS DE PRETENSOS GRUPOS, MAS POR VEZES EM UM MERO OLHAR DE LUZ QUE TERNAMENTE CONSTRÓI A ESPERANÇA ENTRE HOMENS E MULHERES DE BEM.

A RESERVA BOA É AQUELA QUE RESPEITA A DEMOCRACIA COM PARTICIPAÇÃO EFETIVA DOS MEMBROS DAS COMUNIDADES, DESDE A REPRESENTAÇÃO MAIS ATIVA ATÉ AS VOZES QUE SE CALAM POR NÃO SABEREM AINDA DE MUITO OU DE QUASE NADA.

NÃO SE DEVE ACEITAR O INJUSTO QUANDO SE BASEIAM QUE TEM O TRABALHADOR QUE ENFRENTAR AS CARESTIAS IMPOSTAS CRUAMENTE PELOS ALGOZES QUE ASSALTAM OS COFRES DO PAÍS.

SE HÁ A VISÃO DANTESCA DA DESESPERANÇA INSTITUCIONALIZADA POR NOVAS LEIS, É MISTER PRATICARMOS A DESOBEDIÊNCIA CIVIL, AMPARADOS NOS DIREITOS QUE AO POVO FORAM SUBTRAÍDOS.

DOS QUE OLHAM POR ENCIMA DE NOSSAS PELES HÁ DAQUELES QUE OLHAM PARA SI NO ESPELHO COM ORGULHO DAS SOMBRAS QUE NÃO REFLETEM MAIS...

NÃO NOS OLHE A TIRANIA COM OLHOS TIRANOS, MAS SE O FOR QUE O SEJA, POIS O OLHAR TERNO DA MENTIRA É MAIS CRUENTO...

POR UMA EDUCAÇÃO PARA TODOS

            A arte é premissa, é ponto de partida e de chegada, é a introdução e o desenvolvimento: a acepção duradoura do conhecimento acerca da percepção e comunicação humanas. É deste mesmo foco que está faltando muito de muitos que confundem participação com algum tipo de movimento que por vezes em sua aleatoriedade não consente e regride... Uma boa peça literária é maior em termo de participação do que um discurso empunhado por apenas uma bandeira, onde milhares de mãos afoitas tendem a querer segurar pífio mastro. Os poetas sem formação, a arte sem fronteira, os versos populares mostram o querer das gentes, a mesma face oculta de muitos que só se mostram nos seus círculos pretensamente acadêmicos e não chegam no clamor da grande massa de nosso povo, a que pertencemos, quaisquer cidadãos que sejamos. O povo não é um entidade representada, não possui representantes em si por si, pois já deram mostras aqueles que “representam” que não dão a mínima para seus eleitores. Compram suas bases, e infelizmente certas cúpulas sempre o fizeram. Parte-se disso o erro, e o confortável palacete do parlamento é bom de se manobrar internamente, enquanto há homens e mulheres que já trabalham duramente e há décadas, sem tirar nem por, por vezes não houve progressos. Em uma década gostaríamos que fosse mais e melhor... No entanto, é por veredas que vamos nos aperfeiçoando, no modo talvez errôneo, mas que facilita que nos sintamos mais vivos, se é esta a questão, pois aqueles que afirmam que o povo não possui consciência participam de alienações onde pensam que estão liderando algo, no modo algo de militância eletrônica em que os elétrons descem de camadas e não giram.
            Nos lugares onde se arrisca ser alguém mais autêntico, onde a intolerância reina mas não governa, havemos de estar para dissuadir, e no entanto alguns grupos rotos não farão mais a diferença. Observe-se que o que possa estar acontecendo é suposição, pois se algo está errado devemos denunciar, observe-se novamente, dentro da lei, dentro de um andamento legal, pois o grande erro é pensar o oposto. O cidadão está trabalhando, não está liderando sindicatos que por ventura não colocam sequer algo maior a se dizer, sem a cunha de moeda em surgir quem sabe alguma liderança que não precise de se disfarçar. Obviamente, os enfermos mentais são tratados de modo preconceituoso, mas não deixa de ser confortável, pois a única ligação deles com o paternalismo de instituições pagas é a frequência física para que sejam justificados os repasses.
            A educação é para todos, mesmo àqueles que não bem se educaram muito. Não é um revés, uma prova de fogo, mas ser professor – seja de qualquer modal – é um sacerdócio, e a estes são merecidos os aplausos! Certamente, a categoria mais importante, pois ganham fixo, muito aquém do que merecem por direito humano, e buscam educar do melhor modo, quanto de sua vocação, como em profissões insalubres, a que todos os que trabalham mereçam respeitos redobrados. O sonho é podermos ensinar, de tal modo que um enfermo de ordem psíquica possa explanar uma situação que recorre em sua experiência de vida aquilo que negam a propor que seja tema crucial em seu ensinamento. A grande escola da vida está aqui ao nosso lado, e é educando a todos que todos poderão ver um futuro melhorado no ser coletivo.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

A BURGUESIA PRECISA DOS TRABALHADORES, OS TRABALHADORES PRECISAM DA BURGUESIA. PONTO FINAL..

HUXLEY PODIA ESTAR SENDO LIDO COMO UM BÍBLICO PROFETA. MAS É CIÊNCIA, COLEGAS, PERCEPÇÃO, POR SENTIDOS IMPERFEITOS, MAS APENAS MAIS EXATOS...

DORMIR, REFUGIAR-SE, NÃO PENSAR? VIVER, AMAR... AMAR? COMO A NÓS MESMOS...?

EIS QUE DESPRENDE-SE UM GRANDE ICEBERG DO ÁRTICO. SOMAM-SE A ESTE OS DESASTRES AMBIENTAIS DE ROTINA, COMO AS REUNIÕES DOS POLUIDORES QUE SERVEM PARA QUE DECIDAM NADA FAZER A RESPEITO.

HÁ QUE NOS REDIMIRMOS DE TODA A ESPÉCIE DE CERTEZA, POSTO NAS MUTAÇÕES SEJA FEITA A VONTADE CONGÊNITA DE NOSSA MÃE NATUREZA!

QUEM SABE UM DIA COMPREENDEREMOS O QUE ACONTECE REALMENTE NESSE NOSSO CONVULSO E CONTEMPORÂNEO E ILUSÓRIO MUNDO E SEU PROCESSO DE CIVILIZAÇÃO!

HOBSBAWM DEVERIA ESTAR VIVO, AO MENOS PARA AJUDAR-NOS A CONHECER MELHOR ESTA NOSSA ERA.

TALVEZ NÃO SEJA IMEDIATISMO, MAS ESTAMOS A VER QUE TODO UM IMPÉRIO ESTÁ CAINDO POR TERRA AINDA NESTE INÍCIO DE SÉCULO.

O GRANDE DEUS MERCADO POSSUI MUROS GIGANTESCOS, COMO O DA PALESTINA OCUPADA.

NÃO HÁ A MENOR CIÊNCIA EM AFIRMAR QUE APENAS MARX ERA O DONO DA ÚLTIMA PALAVRA EM ECONOMIA.

NA REALIDADE O GRANDE ENFRENTAMENTO DA VIDA SE RESUME EM PREGARMOS A PAZ MUNDIAL, NEM QUE PARA ISSO TENHAMOS QUE REVELAR À IGNORÂNCIA DOS FALSOS LÍDERES SEUS EQUÍVOCOS E INEVITÁVEIS FUTUROS FRACASSOS...

NÃO É MAIS O NÚMERO SUPERLATIVADO DAS RUAS QUE MUDAM, MAS O ENFRENTAMENTO EM SE DEIXAR VIVER DE MANEIRA AUTÊNTICA, NEM QUE O SEJA EM UM ÚNICO E SOLITÁRIO INDIVÍDUO, QUE POSSA MOVER DIGAMOS ALGUNS GRAUS DA ENGRENAGEM ADIANTE.

INFELIZMENTE O DOTE DA CORAGEM PERDEU O SEU BONDE, DE TANTO ATRAVESSARMOS AO PASSADO E ESPELHARMOS O PRESENTE QUE NÃO É MAIS NOSSO..

QUEM DIRIA SE FÔSSEMOS REALMENTE LIBERTÁRIOS, POIS SIM, AO MENOS O TIVÉSSEMOS SIDO UM POUCO ANTES, COM O GRANDE LEONEL!

NA RUA ESTÁ O PROCESSO DA MUDANÇA DE NOSSOS PARADIGMAS, E NÃO EM UMA TELA DE POLEGADA E MEIA DE PROFUNDIDADE EFÊMERA DE UMA TECLA.

SEM SABER ALGO MAIS DO QUE ESTAR POSTANDO O VERBO PRETENSAMENTE QUESTIONADOR, OS CACIQUES DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS APENAS OBSERVAM OS MOVIMENTOS, NA OBVIEDADE DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICADA AOS PAÍSES MAIS VULNERÁVEIS, COMO O NOSSO.

OS GRUPOS DAS REDES SOCIAIS SÓ REVELAM UM TIPO DE CONTÊINER QUE PREDIZ UM TEMPO LINEAR E AUTOFÁGICO DA IMPOTÊNCIA REAL EM SE RESOLVER ALGO, TAMANHO O PERIGO DA ALIENAÇÃO QUASE COMPULSÓRIA, POR SEU COMPROMISSO.

NÃO ADIANTA ENCONTROS E CHAMADAS PARA PRESSÕES, POIS A PANELA SÓ COZINHA O ALIMENTO COM SEU DEVIDO TEMPO, E A HISTÓRIA REVELA QUE NEM SEMPRE UMA GERAÇÃO PODE RESOLVER ALGO.

SAIBAM QUE O SONHO DE UM SER PODE SER ALGO PARECIDO COM A INDEPENDÊNCIA PESSOAL, QUE SÓ FARÁ SENTIDO SE SUA RUA, SEU BAIRRO, VILA E PAÍS O FOREM.

NÃO MAIS SE FARÁ UM PAÍS ATRAVÉS DE HOMENS E MULHERES, POSTO NAS ESPÉCIES ATÉ AS FORMIGAS TECEM SEUS TRABALHOS EM SILÊNCIO, E, SIM, CABE À NOSSA RESPEITAR TODO O NOSSO ENTORNO...

HÁ UMA GRANDE POSSIBILIDADE DE PROFUNDOS DEBATES RELIGIOSOS, CONQUANTO A INTOLERÂNCIA PERMITA O DIÁLOGO DA SALVAÇÃO DA VERDADE.

DIMENSÃO SOTURNA

Triste é a dimensão de um homem que se possa chamar de algo
Que não mais seria um simples objeto do interesse de muitos
Que extraem de sua própria hipocrisia o temor inerente do espaço
Que não se cria, mas que se transforma na angústia do lago noturno...

A poesia tenta, os seres navegam por alturas indecifráveis em oceano
Por cima e abaixo, e por vezes a embarcação cessa por naufrágios
Que não pretendemos acompanhar, visto a semântica dos mares
Tecer flâmulas em que vagos cristais se fizeram quando pisaram a areia!

A tristeza ensandecida da poesia navega agora por alturas do sofrimento
De todo um povo que se vê agora manietado por algozes de borzeguins
Que não se revelam mais por já se terem mostrado a que vieram às pautas
Quantos do regresso estiveram presentes no futuro que ainda não sucedeu.

As páginas de um tempo, soturnas e envernizadas, cedem falsas linhas
Na vastidão plena de um conhecimento quase ausente, quando se pensa
Que o pensar antigo se nos bastaria a que mais embarcações sucedâneas
Pudessem pelo mesmo mar estar silenciosas a trafegar sob brumas da noite.

Visto não haver o amor no coração do poeta, não haver senão a desesperança
De saber que não há a famigerada luz no fim do túnel inquieto que a tantos
Alcança estranhos prazeres de um trem de diversões absurdo daquilo mesmo
Que se passa com algo que não pretendíamos mas que foi realizado na farsa.

Não nos prestemos ao arrependimento vão, pois nossa missão é redimir
A nós mesmos por erros de tantos e tantos quilates, que o verso é gigante
Ao menos quando intenta o que não seria factível em ver que ao verbo
Não nos garantam outras e outras farsas, que o paquiderme monstro alimenta!

Essa garra serpentina de dragão dos mares que não resolve deixarmos em nave,
Recrudesce a outros antigos procederes e receitas infinitas de não saberem
Quando se encerra a esperança mortificada por nossos crassos erros de ontem
Ao amanhã peregrino que se vai levando um país a reboque: torto e enfermo...

Resta a representação de quem haja que seja no mundo bestial da modernidade
Quando soubermos que aquilo em que acreditamos seja apenas a face de guerras
Em que começaram em crucifixões ao relento, e terminam depois de milênios
A crucificar democracias quando esperam de seu povo a miséria lentificada!

Essa cristandade que se revela no palácio dos parlamentos da latinoamérica
É a mesma de fariseus da prosperidade, a morte desesperançada da fé paga
Com a féria do vintém roubado por si próprios nos templos de Salomão
Quando pregada em cruzes vertidas por algo que não revisitamos por querer.

Essas estranhas alianças que tentam deitar por terra a Igreja Papal, de Pedro,
Da primeira pedra consagrada por irmãos e irmãs valorosos por sua fé
Revelam a sua tirania, mesmo quando disfarçadas pelo contra golpe da pretensão
Em dizerem-se de Cristo e em Deus, cometendo o pecado da pronúncia em vão.

Há que se separar o que é joio, o que é do trigo, o que é libertação daquilo
Que se dita ao dizimista a questão opaca da fé ultrajante dos mercadores da mesma
Quando sabemos que as estranhas missões pretensamente evangélicas no sagrado
Território, a mais não se diz, que tombe a pretensão de que cada qual tem seu Cristo.

Que se coloque que o Cristianismo é veia de libertação pela fé, pois rege a Lei
De que o Antigo Testamento é a versão mais correta a que seus Profetas
Pregaram a chegada de Emanuel, o Salvador, que foi negado, antes pelos Hebreus
E depois, em sua essência, não compreendido pelas igrejas da Teologia da Prosperidade.

Reza o simples fato de que ao dízimo seja dado o conhecer que favorece a comunidade,
E não aquele que se presta a receber o que é dado para proveito pessoal, extensivo,
A que esse erro, não apenas religioso mas político, ao menos nos ensine corretamente
A viver mais em harmonia com a libertação da teologia de cerne internacional.

EM UMA VERDADE

           Que seja uma apenas a verdade que emana de um homem que se chamaria a própria verdade? O que disso se compreenderia? Se temos tanto a conhecer por que não chamamos a verdade como algo de tocarmos, qual um mapa de concreto inacessível? Seria muito dizermos que não possuímos o suficiente, mas que tal se acharmos o suficiente algo maior do que o mínimo de que nem temos sua noção exata? Esses mínimos que não encontramos no tempo que não nos reserve outras escalas… Assim como se buscássemos de repente um inusitado calor, algo que transcendesse o parecer simples dessas mesmas escalas, qual uma bússola em contraparte com outros utensílios. Quando uma humanidade se tornar mais sólida veremos quiçá um pressuposto em caudais de outras famas, talvez alegóricas, talvez em categorias dos mesmos objetos que jamais pensamos em ser. Seremos apenas um apanhado de gerações inconsonantes entre nós mesmos, no quilate em que as verdades se resumem em uma tal que abarque razões de propriedade inexprimível. Do que talvez queiramos expressar, mas que tenhamos a noção imediata de estancar, já que estancam a arte como uma veia mais do que seca. Se secam-na, que façamos como arte de arte, no pincel com apenas nanquim, algo áspero, em nossa luta de fazer com que a arte sobreviva. Esse é o panorama crucial para que compreendamos a importância do fazer e construir na arte.
          Vivemos na verdade de algo imaginativo ao excesso, outro panorama assombroso que nos resguarda em nossa própria negação cultural que nos diga respeito, a que a este se baste como premissa fundamental e histórica. Por tantas razões que nos ensaios que construímos como assertivas mais longas em seu predominar quase lógico veremos algo de substanciar a matéria, como de se plasmar a argila em nossos ventres de comum acordo com o que temos de história, de memória, de construção das estruturas que não queremos e felizmente não veremos ruir em nossos tempos. Em uma verdade, que não fosse tão encoberta, talvez descobríssemos as veredas em que não nos reconhecemos como unidades de vida, tão consortes como o que nos dissessem que fôramos. As questões que se passam por caminhos que desconhecemos sabem mais de nosso mundo do que tenhamos quase tudo a explicar… O mesmo que buscamos em nossas vidas é uma explicação que por vezes se torna incoerente quando justificamos uma desordem latente em nossos próprios caminhos. A pressupor a indiferença de um mundo que se torna hostil, temos à nossa frente outros que se revelam veredas em que não ultrapassamos sequer o significado. Há um lugar aparentemente renitente em vermos o caos fundamentar-se nos modais que nos unem para outros em que a intolerância vira peça chave da existência humana, seja individual ou nos cernes coletivizados. Essas premissas servem para entendermos o que nos atinge por encima de propostas de um pensamento que nos resguarda para o alívio de quem – pudera – pudesse estar livre de significados maiores. Pudessem as horas serem mais extensas para que avaliássemos que o quinhão que nos reserva o apanágio das gentes é o mesmo que resguarde o humanismo e suas leis que se aplicam de modo universal, pois perdem o sentido quando colocadas por debaixo de um tapete urdido com a miséria. Nada do que há pode reiterar o contrário de pensarmos uma volta de um tempo onde a vida de um ser mereça ser alçada a uma categoria de verdade e respeito, no que sejam ambas em sua mutualidade. Nada que o lugar comum da simplificação atenue a compreensão, pois a literatura mais aprofundada resguarda a frente de nossos entendimentos para uma conexão com a realidade mais experta e duradoura, já que seja esta a questão que não implique na sensaboria e nas desavenças. No término de qualquer extensão de um parecer, que saibamos as letras a nos ensinar que no vale algo da existência valerá mais aquele que possui consciência imparcial de seus atos. Ao colocarmos mais luz por dentro de nossos átrios, seria conveniente assumirmos que, quando erramos, não será ao sabor das paixões que resolveremos as contendas internas em que qualquer equívoco de nosso portar incide sobre a cunha reversa de nossas pretensas e quiméricas personas. Tanto de se saber que o voto de um ser a querer ser algo maior do que um homem possa residir ao menos em sua fé, pois esta moverá a montanha de pedra que lhe impede a passagem, no que venha a residir finalmente em uma Verdade própria de seu tempo, algo que lhe valha a quebra de todos os estigmas em que porventura possam residir dentro ou fora de seu escopo existencial.
          Na quebra de nossos estigmatizados dias, sejam quais forem os cidadãos, saibamos que a parte que se assombra com os sinais do tempo, de um sem tempo, de uma atemporalidade que verte fora das comunicações outros vértices de compreensão e entendimento, as causas nunca foram tão seguramente colocadas nos painéis dos segredos… Sejam quais forem os tempos a serem referidos, não elucidamos com peças pretensamente históricas a remontagem que se faz necessária de cenas que temos algo a cumprir na ciência da mesma construção, pois em sua negativação do processo seremos obrigados a não sermos, a não existirmos perante as pontes que nos levam para uma alienação em que a fantasia e a ilusão passam a extinguir os processos criativos do indivíduo. Esse pensamento de se coletivizar é o mesmo que tange o mundo das classes e objetos na reflexa e integradora maneira de pensar os sistemas com as ordens da informática, por selva onde perde-se quem for menos ciente ou utilizar frequências ou inteligências externas. Possuímos nosso próprio modal operativo, e é através dessa incontestável – mesmo que ainda semente – forma que podemos resolver os fluxos econômicos de uma nação efetivamente brasileira.

domingo, 16 de julho de 2017

FIAT LUX

            Torna-se quase encontrar um diamante, mesmo bruto, em uma calçada, de mais de um quilo que seja, a raridade de encontrarmos hoje a manifestação verdadeiramente popular na mídia brasileira. Há um fato que corrobora esses vácuos em nossa cultura: a industrialização da tecnocracia como modal de negócios em que se amplia a falta de oportunidade aos pequenos produtores em face de gigantescos grupos estarem à frente da produção cultural – midcult – do mundo, em que alguns pequenos copiadores ainda acreditam que irão ascender social e economicamente para configurar empresas de quaisquer portes, mesmo não sendo pioneiros na grande empreitada de encontrar os cascalhos de lata que sobram de rebarbatários, como nas ruas os que catam para diferenciar, alguns de caminhão e outros quase inexistentes garimpando os resíduos deixados no panorama social, espelho de nossa economia em falsetes.
            A ficção ponteia como uma grande nave sem sombras no mar da ilusão, pois raro é o realismo crítico, raro é o existencialismo, como raro é um bom e estruturado filme de ficção científica, como houve em Kafka, Huxley e Orwell. Muitos querem um fator real na sua produção, mas não se consegue o resultado que seja maior do que meros ensaios ornados com efeitos especiais, em que o texto perde cada vez mais para o caudal imaginativo do non sense proposital, e verte-se sobre os ombros de quem poderiam mais estar esclarecido a mesma ignorância de que “dizem” que impera nas massas trabalhadoras. É hora de um aprofundamento em questões realmente importantes para a existência da compreensão de que estamos girando em torno de um eixo que tem um pouco a ver com a predominância de estarmos abrindo espaço para a prática fascista do ser. Esse ser que não é e que pretende militarizar a vida como se esta fosse uma novela policial incessante, um jargão de não sabermos mais nos portar sem pensar que estaremos tropeçando nas próximas máfias em que passamos a acreditar como modos de ação na vida.
            A não expressão nos revela a carestia em que os equipamentos grande ou pequenos – em alcance – nos tolhem e suprimem de nossas vidas a arte com antigos suportes e instrumentos de linguagens, tornando-nos meras interpretações digitalizadas nas coleções de um futuro sem passado. Na verdade, tomar ciência aos grupos mais desfavorecidos de como se processa um filme na atualidade, como exemplo do uso da computação, revelaria a multiplicação do conhecimento dos jovens brasileiros, ampliando o debate cultural entre as classes e oportunizando saídas mais humanitárias do que esta militarização forçada e irreal à qual muitos inocentes estão se submetendo, seja buscando a saída política, seja se alienando em substância, seja em dolos e mais dolos, ou na supremacia que pensam alcançar, acreditando em heróis ou em fantoches, como o superman. Restaria a nós cidadãos o fato de que devemos segurar a vanguarda da arte como um quartel de resistência, se formos falar do mesmo modo, se assim desejam que sigamos. No entanto não estaremos mais aptos, enquanto artistas, a desferir palavras chaves, ou ignorar solidariedade àqueles que precisem conhecer o que já sabemos. A construção do aprendizado vem de uma solidariedade maior do que a expectativa em receber... Não há um modo de ser, não há um método de conquistarmos um objetivo, apenas devemos saber que ao menos um aluno que tenha um pouco ou bastante tenacidade aprenderá mais para si mesmo. Como na arte, pois o rabisco nunca será apenas relativo àquele que põe termos por comparações. A literatura de ensaios igualmente, buscarmos as referências é importante, mesmo que dentro de um passado, de nossa própria história, e não é tão importante por vezes uma formação, pois essa quase obrigação tolhe do povo com menos formação a possibilidade de expressão e veiculação de sua voz. Aprendamos com tudo, gente que deseja muito da vida, aprendamos com a própria vida... Não vale que a percamos sem termo dito o suficiente, que nada mais é do que o infinito enquanto estivermos vivos e com nosso ritmo, pobres ou ricos, operários ou empresários, comerciantes ou sacerdotes. Apenas sejamos mais patriotas. Apenas isso, pois a vida não se apresenta apenas nos festivais, sejam da crise ou da bonança! Se a arte chamar-nos que nos apresentemos, pois é através dos instrumentos de expressão da cultura popular que ao menos reaprendemos os processos de manufatura fundamentais para a sobrevivência de nossa memória patrimonial, antiga e presente em tempos obscuros como os nossos. Fiat Lux!

quarta-feira, 12 de julho de 2017

RESTART

            No mais das vezes quase não compreendemos mais nada... Logicamente o previsível é compreendido e tem que ser, não por suposição aleatória, mas por pesos factuais. Mesmo que o peso de uma medida venha de modo praticamente compulsório, resta mantermo-nos com a retidão moral de quem age com a virtude aproximada da Verdade. Quando todo um sistema informacional de um equipamento de computação, por exemplo, sai do ar, é mister reiniciá-lo. Temos a bandeira verde para consignarmos o início, o sinal, a amarela, que é a preservação do que deve ser preservado, dentro do tesouro em cada qual, e a vermelha que nos é dada como uma advertência, a cor magister, sem sombra, a mais forte. Para um redcard um greencard, como se não bastasse falarmos a língua de outros, mas que a sombra não evanesce em nossos jardins, assim como o pressuposto de que – se religarmos o sistema – alguns problemas cessam. A sistematização de uma sociedade é o pressuposto que ela exista enquanto ente com seus prós e contras, enquanto, a bem dizer, algo funcione. Mas há vezes que praticamente, em uma intenção favorável à Nação, temos que recomeçar, e não teremos a velocidade das máquinas neste caso, pois a restrição da história nos alinha para mais e mais tempo... O que foi utilizado pelas máquinas para entregar algo a alguém é algo muito mais rápido do que sabermos o destino da encomenda, a quantos interessam, quem lucra, quais são os interesses da indústria e quais as suas vinculações externas. Como em um passe de mágica, é como milhares de encomendas sendo entregues em um período de meses, tal o cartesianismo anacrônico e no entanto totalmente factível nos processos usuais e integrados das entregas. Uma usina é um pacote simples, de entrega rápida, e seus contratos permitem a funcionalidade operacional em questão de simples toques biométricos.
            A administração popular recente de nossa República montou uma grande estrutura que permitiu ao Brasil a importante inserção no Brics e uma visibilidade que viabilizou o país frente aos mais poderosos, ampliando o leque da libertação econômica da América Latina perante o seu papel em sair do mapa da fome e alçar um desenvolvimento para o seu povo, em que milhões saíram da linha da miséria. A conjuntura olha para a situação, espelhada por um reflexo de estatísticas econômicas que vão de encontro à tecnocracia atual nas origens aterradoras do surgimento de um regime plutocrático, dentro de um sistema capitalista neoliberal ou, como queiram chamar os vilões, de empreendedorismo do mercado. A visão estrutural é a mais importante, e chegamos ao ponto de muitos estarem “recrutando” mendigos para trabalhos de servidão com a velha e antiga retórica do: “quanto você pretende ganhar?”. Algum problema está mais dissonante, e percebamos: estamos vivendo as últimas cartadas em nosso planeta, mas no entanto as pessoas reais estão mais fortes e mais conscientes. Não falemos exatamente de pessoas reais ou irreais, pois isso seria fetichista, estamos falando daqueles que não tiveram nem espaço nem tempo para conseguirem as oportunidades que muitos atestam serem típicas do mercado, aquelas nos exércitos industriais de reserva, nas longas filas das universidades, das escolas públicas, dos serviços de saúde, das vivendas, dos simples empregos, ou dos usuários de drogas ilícitas, sem contar com os enfermos de natureza mental que têm crescido em incidência e graus.
            Temos que reiniciar, recomeçar do que já possuímos, lutar para que não sejamos subtraídos e resistir tenazmente para que outros possam caminhar pelas veredas que abramos. Cada peixe pescado, cada carne, um fruto, um trabalho, que compartamos da ideia de que somos de luta, e que a luta agora é cada vez mais necessária, a que tenhamos condições de reivindicar não apenas para nós e nossos filhos ou netos, mas igualmente para os progenitores, amigos, classes desfavorecidas, com a tenacidade do exemplo, e que não percamos a calma nesses momentos, pois quando há cães ferozes temos que esperar que se tranquem e fiquem mais calmos, já que na percepção daqueles que lesam a pátria a agressividade e as ofensas veladas - ou não - estão na pauta de suas agendas previsíveis. A contarmos que recebem auxílios e receitas estratégicas de grupos internacionais, resta sabermos que receitas são, em que sistemas trabalham, quais as dimensões de seus ataques para entregar aos estrangeiros as riquezas e o poder de um país como o nosso. Obviamente qualquer estrutura organizacional de inteligência de cunho patriota no nosso território tem que buscar diferenciar o que é um Governo ruim e entreguista daquele que vale pela boa intenção e vontade popular. Quem não gostaria que houvesse uma harmonia entre o povo de um país e seus representantes? Quem não acreditaria ou saberia ser esta uma questão relevante ao andamento de nossos cidadãos? É meio irrisório pensarmos que aqueles que acreditam ser os EUA a grande nação mundial estarem decepcionados com a falência algo cíclica e inevitável pela qual está passando a instituição governamental e econômica dessa gente. Não há raciocínios... Realmente não são mais precisos. O mundo está às claras: dizem o que querem, por quem vieram e manietam, dentro e fora: nas américas para as américas dentro da própria que se diz américa. Dos sonhos hollywoodianos. Para os games de war, or the sexual games. Basta, pois de podridão já serve o nosso lixo, em que seus trabalhadores ainda têm que fazer greve de vez em quando.
            O restart, ou o reinício tem sua importância capital, pois é de se reconstruir que se pede a bondade – pelo menos – de algum poder, que seja, e que tenham clemência em suas atitudes, pois a selva é para todos, e os leões não são muito amigos de hienas ou chacais. Pois que nosso povo é senhor das selvas, estando vulnerável ou não, e continuará sempre sabendo quais as lideranças que falam mais a Verdade, quais os interesses dos que dominam os meios de comunicação e outros, pois se há um povo na Terra que mereça um grande aplauso, ainda é e sempre será o povo dos oprimidos. Essa carestia não durará muito, pois façamos de nossos esforços a tarefa gigante de primar pelos destinos de todo o nosso país, sem distinção de etnia, credo ou crença...

terça-feira, 11 de julho de 2017

OITO REIS E UM PEÃO

Dos reis que não se fale, que se fale mais abertamente dos peões
Que se fazem reis em igual movimento, nas abstrações do tempo
Em que um longo xadrez nos mostra que todos querem ser reis
E só há um espaço para um, ao que se faça aos outros oito peões
Tornados outros que sejam reis reais nas próprias dimensões
Onde um peão encontra a dama em seus sacrifícios do descarte
Enquanto se fora rei ao peão seria mais fácil e conveniente o desfrute.

Mas não que não se passa a intenção do peão desguarnecido,
E que vejam que na cela de um rei entre torres há peões no tabuleiro
Com os mesmos movimentos limítrofes entre uma casa e outra
Da branca à negra, e que seja a troca a justiça em se encontrar a rainha.

Esta vem como sempre, forte, como mulher administradora no movimento
Universal de seus planos, linda, negra ou branca, do peão no final encontrada,
E que se diga que neste tipo de jogo há oito rainhas para cada peão, ou
Uma rainha para cada oito reis, que realeza não seja tão convicta quanto
Os cavalos nos digam apenas que estão cansados e dinamizem as caronas!

Fontes, não entorpeçam o caudal da literatura grande, pois sua pequena fronte
De quererem registrar movimentos interpretativos revelam outras rainhas
Que em Médio Oriente possuem a relação inequívoca com a grande nação
Daquele do ouro que insufla a guerra onde alguns pensam ser pouca a ação.

A epígrafe de fotografar supostos juramento de um Horácio mal vê
Que na surdina a vã catalisadora de ocultas imagens orquestradas
Não vê ao peão um rei, mas um rei no peão, em que seu desejo é assolado
Pelo inconquistável do sincero que gesta o gesto sem saber das fotos...

O xadrez não é um jogo excessivamente lógico quando não o estudamos,
Torna-se uma poesia quando compreendida nos tempos em que não há o exato
Na transparente versão que têm alguns pela união de dois oponentes
Em que ambos os bispos são fundamentais no andamento superior da contenda!

De onde vêm as torres, por sinal guarnecidas, como esposas de Mariguelas
Que mal sabiam que sofrera o homem como poucos na terra sofreram
E a custo de grande homem talvez tenha sido aceito pela comunidade fechada
Por questões de convergência religiosa, a que muitos não aceitam o cidadão católico!

Sinistra questão, a religiosidade que em seu Velho Testamento não profetiza
Que tenha vindo o Filho do Homem como messias na circunspecção histórica,
Pois justamente os Profetas anunciam a vida do Salvador na Terra, a que veio,
E escolheram aquele que criam que lutava pelo seu povo, à liberdade: Barrabás.

Esses serão reis ou peões, não seriam reis o rei de todos os que não o escolheram,
Em que agora permitem e insuflam as interpretações pré apocalípticas do non sense,
Quando negam o Messias e o negarão sempre, a não ser que seja estadunidense
Ou nenhum, que talvez queiram afogar os arrependimentos contra a Palestina no muro!...

Nada contra a religião que prega uma supremacia, que não permite que se casem outros,
No entanto essa parafernália de fotos e registros gestuais, esse ensaio pirotécnico e teatral,
Essas montagens falsamente de vanguarda, apenas mostrarão a autoria do que se diz agora
Para que depois caia a grande carapuça que engendra um povo que se diz superior.

Na medida em que queiram denunciar forças que zelam pela nossa segurança,
Estarão estabelecendo travas operativas em um processo que desconhecem mesmo juntos
Aquilo em que desprezam juntar, mas que em seletos quartos podem tentar desfazer
Um sonho em que toda a comunidade brasileira ao menos possa tentar construir.

domingo, 9 de julho de 2017

O DIVISIONISMO

Grata seria a alma não ser dividida entre o que nos fazem pensar
Àquilo de que não somos quando bebemos de algo que o sucesso nos manda
A crermos ser uma página que não viramos, um leme que não desperta,
Um farol que soçobra e sua túrgida escuridão de não ter mais energia…

E as lamparinas de nossas condições nos põem à prova quase convictos
Na outra invicta fama que se nos nubla o tempo e, quando chove,
Deixam molhar aqueles que não suportariam o cárcere dentro do cárcere
Como outros não compreendem o que é revolucionar dentro da revolução.

Talvez a quebra de um estigma negro seja o teor da palavra tão sentida
Quanto de sabermos que dizemos muito quando por fazer nada falamos
Ao ocultar de um líder verdadeiro por posição a posição ausente das rochas…

A um dizer-se a uma pessoa qualquer, que o fundo da palavra é a espera
De termos esperança, e que nos mova a uma altura, na mesma que seja
Em que não caiamos além do chão, posto a embalagem de uma garrafa
Encerra em si a água que não tecemos enquanto os dotes de cidadão.

Que seja plena a cidadania, e aqueles que não olham para um cristal
De falsete tímido, aqueles que urgem por temer que não mais temam
Pois o que se diz na ausência de nossas separações não regem tanto
Aquilo que se encontra com o falsete das claves das músicas encontradas…

E quando encontramos uma flecha em um olhar, um colo de gestante,
Um som inenarrável de um povo mais solidário entre as gentes,
Que saibamos que dizemos por vezes algumas palavras algo pisadas
Na dor de um dormente solitário que segura parte dos trilhos a um vagão.

E no cordame de tantos e tantos somos tantos os contêineres de boa fé
Que mal saibamos de onde está um lote de ferro gusa, uma peça de lona,
Um tecido de Madagascar, um panejamento ancestral, uma outra espera
De sabermos que algo de pujança também reside na logística do cristal!

Aí pensamos, quem somos e para que viemos ao mundo, como pousamos
Depois do útero em terra, no leito, quais os calçados que não possuímos,
Quais as mães que não viram seus filhos, o porquê de nascermos em fronteira
Que nos diz que somos de algum lugar, nos atesta, e não vemos mais um país.

Se o mundo é duro como a pedra tão necessária de se endurecer, a ternura
Se desencontra com o medo imposto que nos reserva apenas o pensamento
De que porventura estaremos e estamos nos conflitos criados pelo invisível
Sistema em que agora a moda é ser duro apenas, sem canduras imediatas.

Segue-se a impressão algo latente que nos signifique um pouco mais
Do que aquilo que parece que não merecemos de tal cansaço e loucura
A que submetem os mais fracos por estes serem muito mais fortes e justos
Em seu código de honra, humanismo e conduta, perante esse jogo irreal.

Esta poesia tem um endereço, tem um registro, está no leito digital
Escutando-se em todas as linhas, e que estas sejam um grande cruzar-se
Em que pensemos que na verdade não separe nunca o significado princípio
E algo do verbo último, quem sabe, que caiba ainda na linha primeira…

E eis que o poeta sofre um sofrimento quase moribundo de sua costela
Que não vem a ser um influxo de todos os sofrimentos desabalados
A um retorno do que não se retorna, pois assim é: não há supremacia
Nem jamais seremos superiores a quem quer que seja, seja lá o que for!

Na mesma vértebra de crucifixões lembremos de que os atalhos inexistem
Pois são outras linhas estas, desencontradas, e teremos que urgir
Para que fechem os caminhos pela retaguarda de nossas impressões
Antes que os lobos devorem a inconsciência que querem recriar.

Seguem-se as pedras em alguns cais de não uso, na profética e angular
Pedra em que pousamos um pensamento algo, de não sabermos quase
A que ponto poderíamos soletrar a palavra louco sem vertermos
Uma lava quente sobre os costados já curvados de todos os enfermos.

Pois bem que sejamos, e que nos baste que nos avaliem sintaticamente,
Pois das palavras que sejamos o verbo outro que muitos não compreendem
Quando nosso verdadeiro desejo será apenas versejar versos de um tempo
Ao qual devemos lutar para nos resguardar de nossa memória a cultura popular!

sábado, 8 de julho de 2017

CONTINUÍSMO NÃO É A PAZ

            Seria similar ao “quase” buscarmos os fatos que nos encerram nas redomas de nossas verdades, quando encobrimos as ordens estabelecidas por eixos não sabidos porém existentes, por adentro de estruturas arcaicas, porém aplicadas nos modais das novas tecnologias. Por uma experiência analógica, temos a informação como eixo predominante: todos querem navegar por ela, mas reserva-se esta por camadas ou classes que nos tornam objetos enquanto intencionais de praticar a sua acepção, o seu recolher, a pesca, a garimpagem. Talvez a metáfora do garimpo seja a melhor, porquanto se fosse de fonte a recolhermos desde o diamante até o carvão, parecidos, similares, passando pelo ferro, recriando o aço, as usinas de transformação, os impedimentos legais de nossos biomas, a apropriação mecanicista da Natureza em que, saibam, nossos índios tem mais conhecimento do que marxistas do alto padrão de doutoramento, algo senil enquanto empedernido. Não queiramos ter a pretensão de que achamos a morte de Deus em Nietsche, que pensamos que Mao seja a última palavra, pois quem fez a China crescer foi o capitalismo misto de Deng Xiaoping. Acabemos com as ilusões de que a esquerda é mais correlata com os destinos do mundo, pois não há nem haverá a questão da ditadura do proletariado mais em nossos tempos, mesmo que a esquerda nos recolha a seu colo... Engendrarmos padrões de conduta na conduta profissional do que vem aos movimentos sociais é partir para que a impotência da falta de organização em reivindicar o melhor seja blindada pelos mais inteligentes do sistema. Portanto, a divisão das esquerdas só nos revela um atestado de burrice, quando persegue cada vez mais o movimento diastólico da oxigenação que impede ações realmente conscientes, mesmo sabendo que o que assusta mais seus órgãos é a possibilidade de surgirem reais lideranças em suas independências.
            Não há mais caminho, camaradas de antanho, que não seja o da devoção. Quando se fala de comunismo espiritual significa que todos os seres que habitam a Terra devem ser respeitados, assim como as palavras não matarás significa respeitarmos até mesmo os insetos e, se porventura formos sensíveis, deles apreendermos um pouco da vida! Não há guerra que signifique algo, no entanto há aquela em que, quando um devoto é ofendido, não se pode permitir, via de regra, a Lei de Deus, Krsna. Devemos saber de como é a vida em que não respeitamos um cão, que seja, de não respeitarmos uma vaca, de sacrificarmos um cavalo, em nome do que cremos que a espécie humana está evoluída, mas que no entanto está profundamente enredada no materialismo, na Energia Material e em seus modos, particularmente no Modo da Ignorância, mesmo que muitos especulem sobre diversos temas que afundam a humanidade mais e mais na matéria, no que a nação Índia ainda é a pátria espiritual do planeta no seu portar-se pacífico em relação ao mesmo. A espiritualidade no mundo clama por uma grande vertente, pois se isso não ocorre virão regimes e sistemas cada vez mais desastrosos, nas pátinas ferruginosas de suas teorias enferrujadas. Será que a vida sexual irrestrita nos reconforta, será que caminhamos para fornicar como cães e gatos? Obviamente não, pois os cães têm o cio para tal, e os homens e mulheres apenas tornam-se cada vez mais objetos para tal.
            No dia em que se compreender que Vishnu é o pai primordial que reside em nosso coração, estaremos cada vez mais aptos para seguir adiante no oceano material, e toda a nossa concepção do mundo se tornará melhor quando Nele nos abrigarmos. A literatura transcendental é vasta, temos o Gita, temos o Bhagavatam, temos o Livro de Krsna, além de tantos outros que nos trouxe para o Ocidente um Mahatma, chamado Srila Prabhupada! Cessem os discursos, cessem as violências, parem de quererem ser vitimados de sua própria repressão a si mesmos. A grande revolução no planeta é inquestionavelmente a espiritual, em um espelhamento sereno do que não queremos as guerras religiosas, por falta de tolerância aos diversos credos. Estes mesmos têm que apaziguar os ânimos, pois é a partir de nossa verdadeira identidade com o Senhor da Criação, Brahma, que podemos revitalizar nossas existências, lembrando que a cada gota de orvalho em uma folha de alimento devemos oferecer a Krsna, como prashada indissolúvel, sagrada e, se possível, distribuir a outros que necessitem... O lugar não importa, pois façamos do sagrado os lugares de nosso credos, e partamos para repartir o amor que tão bem as verdadeiras religiões que almejam o bem e não as riquezas deem lugar para seus devotos. A renúncia é o melhor a fazer na questão do desapego de nossos bens, de uma sanha que parece por vezes descontrolada de nos fazermos partícipes de algo que não é tão substancioso como o verdadeiro comunismo, o comunismo espiritual, onde os pobres são reis. Que os mestres e sacerdotes de todo o mundo perdoem os nossos pecados, que encontremos os meios para não sucumbirmos às tentações, pois deve ser através dessa integridade férrea que podemos almejar uma Era de luz, apesar de desavenças acentuadas e hipocrisias sem par.

AS PEQUENAS IMPRESSÕES

            Estamos acompanhados, e no entanto vemos não mais ao entorno, e esse encontro não necessariamente produtivo entre um smartphone e o que habitamos, ainda que – importa muito – estejamos nas ruas, é nas mesmas ruas que encontramos os olhares. O celular moderno nos capacita muito em produzirmos nosso lazer, nossos amigos, nossos afazeres e negócios. Funciona mais como um contato humano mas, para economizar créditos, muitos se restringem ao wifi, estando como navegando entre um estabelecimento e outro para encontrar contatos só verdadeiramente possíveis através do celular. Nossas vidas mudaram com esses novos celulares, e em muitos países eles são como que um outro membro de nossos corpos e inteligência. Podemos pedir um prato na França que o aparelho traduz o pedido, podemos rabiscar um desenho para outros apreciarem em questão de minutos. A foto é instantânea, a mensagem não é paga com o whatsapp, e tantas vantagens, que não enumeraremos todas. Vantagens relativas na relação entre o poder do conhecimento e o trabalho em si, as vertentes do uso e a capacitação mais efêmera do sistema que se chama pioneirismo, ou a luta em se fazer algo novo, “lançar” o navio ao mar: launched... Isso se torna importante àqueles que não possuem muito capital de lançamento de uma empresa, e tem que contar com o assenhorear-se de seus clientes de modo ferrenho, com todas as atualizações necessárias até mesmo para o convencimento, e os modais de “criatividade” que impulsionem seus negócios. Empresas como o Sebrae fornecem as diretrizes, prestam um grande serviço àqueles que querem começar uma micro empresa, por exemplo. No entanto, a cada dois anos a grande parte dos empreendedores micro e pequenos soçobra. A luta no mercado é desigual. Como na computação e seu surgimento: hoje é necessário muito mais conhecimento e atualização e ser mais especialista do que, há um tempo atrás, o próprio diagramador de um jornal, por exemplo, recebia enquanto era pioneiro na tecnologia de desktop Publisher, uma terminologia da década de 90 para traduzir o trabalho do computador na diagramação, confecções de peças gráficas e tudo que a isso se relacionava. Hoje muitos se aventuram, como por exemplo um dono de estabelecimento comercial o faz pela facilidade de encontrar em bibliotecas piratas uma miríade de desenhos prontos a serem copiados ou utilizados ipsis litteris. Em resumo, hoje vivemos uma sociedade onde o conhecimento passa a ser a única possibilidade àqueles que ainda possuem um capital, ainda que mais irrisório, de crescer enquanto ainda for novidade, pois outros tentarão copiar a receita e ganharão a concorrência com qualidade ou preço. É um clichê, pois fazer um aplicativo, por exemplo, já se tornou a moeda corrente neste início de século e a robótica já se torna a separação do manufaturador, com o operador, na mesma transcrição onde o antigo desktop Publisher já entrou no ostracismo enquanto mercados virgens de demanda – o que se torna automática a confecção de uma peça gráfica de uma pequena loja, por exemplo – e o operador da robótica vira como um indivíduo que seja virtuoso na programação para operar, através da matemática e do conhecimento lógico, um software ou aplicativo usual.
            O mercado acaba por virar em camadas, em que muitos não precisam de qualidades sociáveis ao extremo, porquanto manufaturadores de algo a ser utilizado por departamentos comerciais e logística, enquanto trabalhos indispensáveis de trato pessoal, como o comércio, reiteram a qualidade do humanismo enquanto fator agregador de competência, o que demanda dois tipos de inteligência, a intelectual e a emocional. Sem falar na afetividade que, se não estiver de acordo, coloca em xeque a possibilidade de qualquer trabalhador conseguir se colocar e se manter – na luta de foice em que o vulnerável perde – dentro de suas funcionalidades.
            As camadas citadas agora são – diferentemente de conceitos mais antigos – intercomunicáveis através dos displays, do que são abertamente um caminho para a fusão numérica de letras, sons e imagens, em que em alguns casos funcionam para o diálogo entre esses níveis, ou que na maioria aproxima aqueles que estão sintonizados em algum canal cultural já predeterminado, no mais das vezes, no caso do nosso país, no midcult, ou nas novelas abertas das noites, do descanso, do paradoxal encontro das massas com o que está, mas não com o que é... Isso pode alienar a população, mas infelizmente é dentro desse sistêmico paradoxo que devemos nos aprofundar para compreender o que é uma tecnologia da informação e, igualmente, o que acontece nos terrenos da linguística e as suas possibilidades quase inquisitoriais em tempos que um byte equivale a uma letra, e um gigabyte, ou um pequeno pendrive de oito gigas pode acumular oito bilhões de letras. Um terabyte coloca um trilhão de letras dentro de uma caixa de sapato de uma polegada de altura, portátil, com um processador que encontra cada frase que encontra na rede por vezes na velocidade de busca de trinta milhões de termos pesquisados em questão de menos do que três décimos de segundo. E ainda traduz, e ainda soletra, em um maravilhoso algoritmo que encanta e seduz, e que poderia ser muito útil na profundidade de pesquisas nas escolas brasileiras. Isso é valor, antecede o montante que foi investido naquilo que principia, dando os costados na frente da realidade que não podemos ignorar, posto que um gráfico de uma fala transcende os dados estatísticos e exaustivos das crises cíclicas do capital, porquanto saibamos que o rotor que move a engrenagem das novas tecnologias rege o pressuposto de termos o conhecimento mais aprofundado de sua dimensão. Ou ficaremos perdidos enquanto aqueles que se prepararam mais e melhor para recolher o que estamos recolhendo como conhecimento daquilo que nos importa mais, que é a compreensão de nossas sociedades e a limpeza da poeira acumulada de nossos olhos, quando verificamos que estar revestido ou imantado de uma cultura às avessas nas Américas será melhor quando compreendamos a fonte dos dominadores da tecnologia mundial para apreendermos como termos um país mais livre, ao menos com alguma ciência em progresso nos caminhos que aos poucos possamos trilhar com nossas próprias pernas, com os nossos sistemas e apps. E o entorno, que a rua é tão e tão importante quanto um olhar de que emana luz. Estudemos muito, o estudo é a roda que nos gira e, nos intervalos, que seja, que haja os intervalos, pois não, que ninguém é uma pedra estática, a não ser um bom guarda quando guarnece seu posto.

quinta-feira, 6 de julho de 2017

UMA SOCIEDADE LIVRE SE FAZ DE A E B

            Qual será o pensamento que nos leve para uma soma, melhor, um somatório de acertos? Será que esses acertos merecem o caudal da relatividade? Também pertencem aos mistérios da física, onde o tempo não existirá sem modificar o espaço de Einstein? A questão é que involuímos, quando soubermos que aplicar isso na economia, o Darwinismo e a luta das espécies, em que somos todos seres humanos, começa a surtir sinistros efeitos. Certamente há um monstro gigantesco esperando a todos os inocentes com uma grande e sedenta goela, veraz como o atraso que se faz paulatinamente, dia a dia nas novelas políticas, dia a dia em uma imprensa morta, conquanto imersa na sua própria e estéril inércia. Não se cria nada novo, e talvez seja o caminho para termos mais sorte na quebra da convicção popular de que o que está por aí é uma embalagem a que alguns tem acesso, ou ao menos sonham quando creem que é indispensável: as novas tecnologias. Digamos, em fechar o kit, ter a ferramenta para se comunicar. A princípio, a escola começa a faltar no cerne ideal, e a contento o celular vira instrumento mal aplicado. Essa reversão pode ser funesta ao andamento de uma educação, mas igualmente pode viralizar conhecimento. A e B, consoantes, seriam melhores, estes na escola, o celular como multiplicador e os maiores fatores que compreendem as incógnitas ulteriores como família, sociedade, natureza viva, natureza material, o diálogo e fundamentalmente uma leitura mais continuada: a literatura. Filosófica ou não, A LITERATURA. Profundamente gigante é aquele que conhece livros, que sabe realmente navegar pelas letras, e gigante igualmente é aquele que procura aprender, e é onde está uma porção de letras que signifiquem que essas pessoas podem ampliar seu entendimento da natureza humana. No entanto, tornar o meio digital com uma releitura de seu uso, improvisando dentro de sua engrenagem, buscando utilizar melhor a ferramenta, compreendendo seus sistemas operacionais, é tarefa do cidadão que deseja melhorar seus conhecimentos de informática e ampliar o leque de comunicação com os temas tão relevantes dentro de uma nação que começa a verticalizar demasiadamente seu poder de atuação.
            Estamos falando de educação, abram-se as alas que queremos passar, pois essa é uma questão de vida e formação de nossos jovens. Ás classes dos professores passamos a ter um respeito que deve ser igualmente multiplicado pela orientação que deles se origine no sentido de ampliar a conexão dos alunos com o Universo. A ligação com o infinito, compreendendo-se que não somos o único planeta existente, mas é este o único em que viveremos para contar aos nossos netos como é a história em que por ele passamos. A era contemporânea, em termos de informação, está com um fluxo de intensidade que muitos não podem acompanhar, ou ao menos compreender. O que precisamos é de um tempo, ao menos meia hora no começo, para debruçarmo-nos em um bom livro e confraternizarmos com a – repito – literatura. Se a natureza de um aluno é pela tecnicidade, um livro técnico. Há quem goste de matemática, há quem goste da poesia, e há – ainda – quem deseja um encontro com a arte do desenho, ainda com o lápis, com as tintas e com os pincéis. A era contemporânea tende a presumir que as maquininhas de computação suprem a necessidade da arte, da expressão, de toda uma cultura que, se não cuidarmos bem, nos está sendo subtraída pouco a pouco. A libertação de uma sociedade não significa uma imprensa vendida, parcial e desonesta. A libertação não significa que só alguns poucos possam usufruir do que falta a muitos mais. A liberdade de uma nação significa que todos tenham direito à saúde, a uma boa alimentação, a boas roupas pois, se houver um que use uma roupa um pouco melhor, que ao menos possua a consciência que outros por vezes estão na rua morando ao relento. Todos têm direito à moradia e, se não é, esperemos que nos invadam os carros, que porventura tenhamos, na primeira esquina?
            O caminho da humanidade passa pelo comunismo espiritual. Significa que ao mesmo tempo em que se luta para o justo para todos, que desenvolvamos de modo luminar uma consciência que nos capacite a que tenhamos condições espirituais para o desapego. Obviamente, nesse sentido, os maiores governantes usariam a roupa padrão, simples, desapegados, para dar o exemplo, como Brahmanes. O que acontece com o nosso país não demanda que tenhamos conflitos de ordem transformadora, pois o conflito de qualquer ordem gerará mais e mais conflitos. O que necessitamos é que reunamos forças por vezes díspares em sua essência para agregar um espelhamento mais sereno de coisas que podem sofrer mudanças, e mudanças para melhor. Para isso, temos que ter a nossa força, a classe guerreira, como os Kshatrias, na Índia antiga. A partir do momento em que soubermos que o passado recente nos revelou que LULA foi um bom presidente da nossa República, saibamos que esse é o líder pelo qual temos que ter a convicção de que é o único mais forte que pode legitimar o nosso Poder no Executivo Federal. Se as Forças Armadas do Brasil, que zelem pelo andamento da manutenção de nossa democracia representativa, derem total apoio a que se volte o nosso Presidente pelo voto popular, teremos um Governo para todos, inclusive para uma segurança majorada em nosso país. Essa é a grande questão da legitimação da segurança institucional, moral e física de nossos habitantes. Agora, se acreditarmos que temos que vender os direitos conquistados do povo brasileiro às duras custas em todo um processo histórico a qualquer preço, negaremos a nossa retidão moral perante a Pátria e a seu povo. Não negamos a classe burguesa, apenas devemos contestar aqueles que sangram nosso país para os bancos internacionais, ou megacorporações em nossos setores estratégicos. Negaremos sim, a afronta de qualquer ordem em nosso território, e sinteticamente seria exemplar darmos apoio por uma democracia legítima e representativa para recomeçarmos a reconstruir os danos em que esse estranho e paradoxal intervalo dissonante nos parece descontruir a cada dia. 

terça-feira, 4 de julho de 2017

FUSIONS AND ACQUISITIONS

            Que termos empregaríamos se fôssemos uma grande empresa? Que espécie de fusão nos reuniria dentro de salas climatizadas como hall do paraíso? Os negócios seriam feitos onde, se a mais não dispor tudo o que pensamos quem sabe funcionasse partilhar consciências a preço de ouro? Uma se fundiria, uma empresa chamada Brazil, nesse jargão algo estrangeiro de sermos isso dentro de nossa nação... Quem sabe o nosso fastfood se transforme em uma franquia, seria essa a corrida para não sermos pequenos na aldeia do comércio por enquanto em nossos permitidos territórios mercadológicos. A economia não parece tão numérica quanto creiamos ser, a não ser pelos termos e contratos firmados a partir do que sequer conhecemos, no que somos do povo, a saber, funcionários do que esperamos um dia uma vida mais digna, em que não se funda a educação com a contracultura do avesso, do retrocesso, da elitização. Já temos a opção de coxinharias, quem sabe salsicharias, mas isso na França ou Alemanha talvez já seja comum demais. Apenas de se ver, mas que um feijão com arroz tem seu sentido lato em um país brasileiro como o Brazil, que por vezes não reconhece mais o Brasil. Quem sabe portemos algo de vergonha sem nome ao incorporar o brazil ao Brasil, este que não é sem nome, pois se chama nação, sempre de nação negra branca e indígena, mesclada,  algo de gênero livre, de mulheres libertárias, de homens solidários e humanos.
            Acquisitions a nossa consciência... Não precisam adquirir, por favor. Não please... Pode ser por favor mesmo, ainda temos um idioma, mesmo sabendo que outros nos facilitem a saudável comunicação! A autonomia de nossa pretensão é pretender um país livre: começa por aqui a premissa inviolável. Primeiro, o petróleo é nosso, e sempre será, apesar de certas fusions e outras acquis.. pois bem, palavras longas e não temos muito tempo para conversas. O trigo nosso é farto, é fato, temos pão, habemos panis. Não para todos, evidentemente, mas um andarilho por vezes consegue comprar um, depois que perde seu emprego em uma construção interrompida na falência de uma fusion mal resolvida. Por aqui por enquanto não falamos ainda de socialismo, aliás, retórica nada tardia, mas talvez resolvesse se mudasse o seu conceito igualmente exploratório em relação à Natureza. O tempo passa e em países que são socialistas as fusões e aquisições participam dos velórios de alguns sistemas. Não é comprar briga, mas parece que temos uma leve impressão que algo de problemas está vagando pelos mares internacionais. Pensemos no teor positivo, há rotas já mais alternativas e, se o mercado é livre com se apresenta aquele que toma do microfone para falar sobre, em discursos um pouco chauvinistas, deixemos que o mercado se assente, que veremos quem é mais forte. Uma coisa que não podemos permitir é que alguma máfia participe, pois isso não está escrito nas leis do mercado de Smith – da exploração do homem sobre o homem, da concentração altamente estudada do capital, o que não deixa de ser paradoxal em sua “bondade” que permite qualquer modal dentro da “livre iniciativa”. Alguns milhões ressurgiram de cinzas, aplicaram as guerras contra o ópio, erradicaram esse câncer, e merecem a atenção redobrada, e não são de cartelizar vícios, como acontece tanto pelo mundo Ocidental, sem exceção de quaisquer país, incluso todos os que fazem parte das Nações bem Unidas.
            Comprar a briga contra as drogas é tarefa urgente, pois a decadência não pede passagem e invade nossos filhos, nossos lares e nossas escolas. A partir do momento em que pensar em mercado livre abre um espaço tremendo para que essa gente se fortaleça, veremos que se tivéssemos um aparelho de Estado realmente forte estaremos evitando o pior. Um Estado que pense em melhorar para todos, que reprima as máfias, mas que participe da construção mais solidária de seu povo. Este povo tem profundas raízes em nossa cultura, é dele a cultura brasileira, de seus cantos, de suas crenças, de suas matas, e não será fundindo Amazônia com pecuária que encontraremos a solução para uma agricultura familiar. A urgência mundial deve ser contra não apenas os tóxicos que vitimam grande parte da população e sua decorrente violência, mas os agrotóxicos que colocam na fila de um sistema de saúde boicotado os vitimados do câncer, ou outras doenças decorrentes desses pesticidas. Não temos a obrigação de participar de uma engenharia social que mantém não apenas o status quo da deficiência sanitária, como de um “alimentar-se” de armas que assola as populações vulneráveis, alcançando com criminalidade igualmente cruenta toda a sociedade. No futuro não podemos mais confiar, se seguirmos os passos daqueles que igualmente são mafiosos e lesam o país com crimes de corrupção, ou o que é pior, aqueles cidadãos que buscam amparo em alguns corruptos e renegam outros por convicção política ou ideológica. Mas devemos pensar mais de uma vez quando derrubam aqueles que não se envolveram na corrupção, quando não há provas judiciais, mas um peso desigual na balança da Justiça. Se deixarmos de reler o futuro que não planejarmos, essa releitura vai ser por encima de gráficos contundentemente catastróficos em qualquer dos países latino-americanos. Não há pátria do Norte, pois saibamos de uma vez por todas que a indústria de armamentos trama sempre eternas fusions e acquisitions com a vulnerabilidade de nossa espécie ao redor do planeta. Não se compra a paz, pois esta é uma atitude, e com ela partimos a pensar como dever que a brutalidade se traduz em qualquer gesto que seja seu oposto. É dessa paz que devemos estar cientes e atentos, mantendo nossas vidas incólumes, dando o exemplo aos nossos filhos e alunos, pacientes ou réus, políticos ou agentes de segurança, em uma União que nos faça ultrapassar fronteiras, pois participar de um mercado de forma honesta já é um princípio cidadão da participação em uma sociedade tornada tão complexa em que passamos a viver neste início de século. Para que seja um século das luzes, deve sempre haver uma esperança, pois esta é a primeira rosa a brotar no coração da humanidade e, como o brilho de nossa alma, desta faz parte, não se extinguindo jamais!