sexta-feira, 2 de junho de 2017

POESIA RENITENTE

 Do que paute o regresso, do que não pensamos o suficiente ao pensar
Saibamos que na vereda diamantina somos tantos ao que já não oculta
Uma vértebra silenciosa que move a todos nos planos sagitais…

Um toque, um olhar, um refrigerante solidário nos faz poetas da vida
Que não cessa em um cisco no oceano posto pequeno lago que nos dita
Que imensas embarcações passam renitentes pelas eclusas de nosso carinho.

Haverá um mundo, somos tantos e tantos, companheiros de dificuldades,
Que o mundo este mesmo se avizinha na nossa fronte compartilhada
Às vezes em que não pensamos que a temos, posto o espelho ser tão frágil!

E a poesia não fenece com as dificuldades, pois estas são seu motor e razão
Pelos quais o navegador qual Poe desfaz a dúvida da arte quanto de saber
Que outros Nerudas igualmente abraçaram seus versos em madrugadas altas…

Da noite que versa outro verso, mais uma linha de maravilhas a que sejamos
Ao menos o que pretendêramos em um tempo de arte e vida unidas
Qual uma União necessária das vertentes de um lugar que seria mais por renitência.

Outras vértebras do conhecimento surgem, surgem outras e infinitas estrelas
Posto na juventude de qualquer coisa o objeto em si passa a ser a mesma máquina
Em que talhamos o ser do não ser, o visto do não querermos, quando dista o nada.

Esses estranhos – quiçá por conveniência – paradoxos nos leva a refletir do outro
O que a nós mesmos pareça etéreo em permanência, qual pátina incrustada
Ao que nos pareça verdadeiramente ouro por razão da existência e que seja seixo…

A ver, que agora dizemos algo maior do que não silencia a pronúncia do silêncio
Posto este urgir a que digamos no olhar um bom sentimento àqueles que nada sabem
Ou que preferem entender o diálogo algo breve na superfície de se tornar display!

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