quinta-feira, 29 de junho de 2017

LAYERS DE PREDOMINAÇÃO

          Falemos de uma verdadeira tese sobre o que aflige um estudante, já no cumprir do eterno estudo, mesmo enquanto velho – ou quase… Uma tese que não deve se extinguir, já que trata dos níveis ou camadas de predominação. Há uma catástrofe aparente, há esperanças no oculto, há os mistérios do Altíssimo, entre tantos outros mistérios que não se revelam nas limitações da ciência. Há veredas do espetacular que transcenda nossa realidade cotidiana não apenas de cunho religioso, mas agora com novas inserções tecnológicas, todas com o industrialismo do imagético, dos truques, da maquiagem que profetiza aparentemente sensações mais acuradas. Medievos períodos em que podemos – se soubermos – olhar de modo mais distante, mesmo estando no olho da tormenta, nesta em que verdadeiros navios de aço fundem-se no ocaso de nossos sistemas, assim, algo integrados. Posto que a roda da história retrocede por meios em que o fator humano é colocado de modo subjacente, pois o que refletimos nos embates é apenas a inquietação hipócrita de não estarmos praticando, dentro de nosso próprio imo, as atitudes necessárias a que recoloquemos o giro do pião no centro. Nesta ida e volta, nas conquistas de cada lado, seja na frente, atrás e nos flancos, há um lance que não nos importaria muito, mas diz da dificuldade em se amar nos tempos hedonistas de hoje. A luxúria em sua forma mais nua e crua subsiste, por vezes, com o extremado grau de promiscuidade, no que faz entender apenas como um escape, um uso, um fim determinante, uma causa sem pensar no consequente sentimento de rancor quando nos acomete a ilusão e quando a frustração nesse campo gera temperamentos iracundos. Em uma equação temos que discernir quando algo do excesso nos nubla a mente, mesmo quando esta está em uma consonância, pois certas relações querem o predomínio sobre o próximo, em sinônimos arraigados de propriedade, extensivos a um afeto, ou mesmo no que o poder consente a aberrativas formações de seus pares, no sentido lato de apropriação de objetos de prazer, na coisificação do amor, quando investido em um jogo cruento com o sentimento daqueles que urgem por justos sentimentos de amor, de doação, de uma vida de companheirismo mútuo, não importando jamais as questões de gênero e sua diversidade.
          As camadas de extratos sociais passam intensivamente pela experiência dos núcleos familiares essenciais, e a vivência cotidiana ocorre a partir do exemplo que recebemos dos progenitores… Os laços que nos atam a uma vida de carestia e da não flexibilização dos sentimentos por vezes nos fazem de uma relação que supostamente teríamos em uma natural hierarquia entre mestres e alunos uma inversão que sucede a conflitos em que sejam apenas um reflexo cabal de uma profunda situação histórica de uma nação e suas péssimas administrações. Tudo está integrado nas questões das primeiras células da cidadania: a família e a escola.
          Obviamente, a saúde é a condição inequívoca que alcança desde o parto até nossa morte. Portanto, serviço igualmente essencial, como a educação. Na verdade, os maiores orçamentos de qualquer administração deveriam ser investidos em ambos os setores, principalmente pensando em dar acesso público a uma educação de qualidade, e um serviço de saúde primoroso às populações que não possuem valores para serem atendidas em instituições de saúde privadas. Essa é uma questão sine qua nom para se compreender o que é certo e o que é um erro em qualquer sociedade civilizada que prime pela sua população trabalhadora e honesta. Há que se acreditar nas empresas estatais com gestões modernizadas, em que a população de um país possa usufruir de seus lucros, igualmente quando sabemos que aquelas que são estratégicas para a nossa soberania nunca devem passar para investidores estrangeiros, em um processo de entrega daquilo que se pretende: ao menos o que se passa com países de primeiro mundo. É absurdo que assumamos o papel de país de terceiro mundo para agigantar a riqueza de falsos governantes, que entregam as nossas riquezas a troco de seus interesses escusos. Assim não se cogita uma governança. Esta deve funcionar com um Estado libertário, de preferência sem dívidas com grupos que têm na sua razão de existir expropriar as riquezas de um país. Assim, sem camadas de predominação, seria mais fácil administrar verdadeiras riquezas em uma distribuição ao menos mais paritária, ao menos se a justiça social não fosse um caso de polícia, quase sempre. Justo, se tivéssemos uma sociedade paritária teríamos muito menos violência. Essa e outras são verdades para leigos em assuntos básicos sobre cada situação em cada nação, pois se não prezarmos pelas instituições que possuímos que exercem um serviço ao nosso povo estaremos a ver um desmonte catastrófico aos interesses nacionais. Veremos um achatamento de camadas efetivamente patriotas, quando sabemos dos bons homens e mulheres de nossa República Federativa, camadas estas marcadas por padrões de empoderamento necessários a que se possa ao menos realizar ou efetivar a visualização de pautas reivindicatórias no país, seus estados membros e municípios.
           A se chamar de layer como uma figura geométrica planar, onde desde a base de uma pirâmide vemos outros pontos referentes mais altos, tornando o plano mais dinâmico, estabelecendo o diálogo nas injunções entre bases e cúpulas “de base”, tornando mais dialética a operacionalização na horizontalidade de natureza simples, dentro de verticalizações necessárias para a conversa que projete para uma estrutura que não seja estanque. Como proceder? Procurando os pontos mais altos de acesso a pautas reivindicatórias na sustentação e apoio à sua posição e erguendo aqueles que estão em processo de latência com alguma falta de cuidado e zelo, dentro tudo isso na lógica de mercado, onde cada trabalhador passa a ser partícipe em um trânsito equilibrado e firme. Por lei e pela lei, a manutenção e valorização urgente de nossa Constituição de 88, sem tirar nem por. Representatividade é uma questão estratégica, e o limbo em que muitos estão metidos não dura muito, pois acaba não sendo veraz e contundente, ao invés daqueles que lutam para sermos um país onde o povo participe das questões de suas comunidades e suas demandas inerentes…
           O importante é triangularmos vértices, fazer com que cada ponto seja maleável, flexível, mesmo sabendo que sem o movimento nas coordenadas fixas perde-se – quando não se tem experiência da geometria espacial – a posição frente ao cenário que se apresenta, o world: no jargão gráfico. Se dois vértices no mesmo plano possuem, em cada, três outros, abaixo ou acima, teremos a espacialidade criada corretamente a um processo de reconhecimento estrutural de uma hierarquia que, no âmbito desses oito pontos pode ser igualmente flexibilizada. Duas pirâmides ligadas por uma linha paralela porém única: uma o inverso da outra, ambas podendo crescer na dimensão da profundidade ou no volume de suas arestas dinâmicas. Assim fica mais difícil a outros de achatarem os layers que não emanem apenas de um fator causal, ou seja, uma única visão do pensamento que não defina mais nada além de estruturas arcaicas de tempos já analisados fielmente, com todas as contra propostas já elaboradas por acadêmicos assaz monitorados por inteligências majoradas e, no entanto, hoje, sem a flexibilização que não seja na grande ilusão de uma colcha de retalhos ao redor do planeta.

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