Segue o ônibus qual barco atônito em uma
ilha de gentes
Em que tanto do que seria o mar, se
transuda em cidade
Na cidade alta, na baixa, o comércio, as
veias, o suor...
Qual não fosse um encontro programado em
uma rede
De se confiar apenas, e que os impulsos
da eletrônica
Mostrassem os dias sobrepostos na grande
linha do tempo!
De se encontrar a um, a que se some a
outro apenas a posição
No arredio transporte de uma leva de
gente que desembarca
De outro navio, quem sabe mais o que,
apenas mais uma escuna.
As cidades que não veem o mar estão
distante dos horizontes
Mas que estes circunscrevem o mistério
das latitudes quanto
De sabermos que não é apenas o abraço
frágil que nos torna chão.
Pisar as passadas longas seria o mesmo
que atravessar um oceano
Por vezes sem dispor de bússolas e
estrelas, mas que o motor
Prossegue frente a outras vagas que nos
estreitam um pouco a fé.
Os dados acabam por virar em um jogo
inexistente ao balanço
Que refaz o próprio tempo de querermos
que este seja mais curto
Quando de curtir não sucede à frente
irrisória do se capitanear.
Na sétima estrofe a poesia sente o navio
em marés mais mansas
Chegando a uma cidade no mesmo ônibus
que passa em um bairro
Em que hereditários reflexos nos vestem por vezes que estamos em terra.
A moeda não se encontra no sorriso largo
de um pescador sem mar
Quanto de seu novo trabalho, de mesmo
sorriso sem sorrir
Ao que se representa que um trabalhador
do comércio esteja feliz.
E a embriaguez noturna nos traz o recado
que há guerreiros dormindo
Ou quase, quando estão em demandas tais,
pelas tantas horas
Em que não soçobrem casas posto o leito
ser território sagrado...
Nada há de uma antiga lógica dentro de
um pensar diamantino
Posto a vida ser muito do mar e seus seres,
igualmente das cidades
Que são igualmente humanas quando
percebem a latitude dos pombos.
Quanto de forja cria o amálgama de um
existência pétrea em nossos braços
No mar que tempera o aço, no barco que
corta pela proa, ou mesmo
Na cidade em que encontramos a ternura
inequívoca de todo um povo...
Seria talvez uma resposta consonante
termos um olhar mais acurado
A que não nos distanciemos igualmente
das montanhas que seguem sós
Na profusão de suas companhias de selva
com sua monumental Natureza!
Bastaria que soubéssemos pontuar um
diálogo algo mais sincero em voz
Altiva a que disséssemos muito da
verdade que encobrimos nos jogos
Em que a ciência não possua a memória
ainda para contar as areias.
O retalho de uma imensidão é olhar de
modo roto, de modo motor
Ao que não se verse que não seja, mas
apenas preservar a autenticidade
Daqueles que olham como querem, assim,
de uma profundidade serena...
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