Nada
era tão suficiente para qualquer vivente, não fosse um tempo incerto, do que apenas
deixar-se viver... As gramáticas da ilusão posto quase evidentes, e suas
estruturas dúbias nos pregam peças, no que éramos antes, tanto ao sermos um pouco
distintos agora. Nesse sentido: as vertentes das palavras que por vezes não
dizíamos em outros tempos, daquilo a que não tecíamos críticas, qual não fossem
as mesmas em outras roupagens, mas que a dimensão do universo das palavras nos
permita outros horizontes. A ponto de deslocarmos nossa compreensão do estofo em
si, por tentarmos sermos menos rotos no significado, mas colocarmos certas
questões de modo mais evidente. Esse encontro tão surpreendente que nos faz
pensarmos mais sobre uma totalidade que não se fecha em nosso parecer mais
essencial, mas que na verdade por vezes se retrai nas vias em que tentamos
fazer sobreviver o nosso pensamento mais autêntico e livre de amarras. A
questão da liberdade será na verdade algo a nos lidarmos com a própria vida, e
um encontro que se faz necessário para que não tomemos o gosto pela farsa com
que nos colocam essa por vezes duvidosa palavra, que abraça um significado, tão
parecido com outra: a independência!
Ao
menos saibamos que certos viventes bem “inteligentes” trabalham em sinistras
entrelinhas, no que dista a classe trabalhadora formal, a que a informal algo
participa, e em que agências no mais das vezes externas atuam dentro do
território nacional. A forma dessa inteligência sem nome, ou assumidas, como as
agências dos países ricos, por exemplo, em se tratando de Brasil, é de uma
plêiade de gabaritados profissionais em diversas áreas, sendo que por aqui
chegam a derrubar presidentes. Como destrinchar seu modo de ação? Efetivamente
é meio complicado, mas pontua na sua vertente em fazer com que países que creem
serem os seus quintais não possuam a educação que merecem historicamente, posto
apenas um direito que deve ser fundamental. Essa questão fundamentada na
experiência de que o desenvolvimento das nações que se tornaram autônomas não
discerne do que seja o tipo de sistema envolvido nessa premissa única e salutar,
pois os países mais ricos completaram seus processos civilizatórios,
encontrando saídas melhores dentro de um pressuposto nacionalista, ou seja, que
protegesse a vida de seus cidadãos, no sentido de promover melhores condições a
toda a coletividade. Surge dessa conformação o fato de sermos quem somos,
enquanto Brasil, e nunca deixaremos de ser patriotas, naquele mesmo sentido em
que devamos pensar na velha questão de que quem ganha com um Governo que atenda
à sua população como um todo. Que erradica a miséria, que fomenta a
participação e a voz ativa daqueles mais vulneráveis, que respeita a vida de
cada qual, que pensa no progresso e nas empresas estatais como proteção
econômica. Este sim seria um bom Governo... As questões do óbvio do óbvio!
Não
se pode datar o realismo, mas que fosse um pouco necessário, convenhamos, para
elucidar algo da cultura, mostrar um sonho possível. A crítica de um real
imaginário não dispõe de consonância lógica, posto a imaginação está sendo a
palavra de ordem e, baseando-se na realidade para espelharmos o nosso próprio
mundo, esse estranho fazer a arte está na ausência atualmente em nossas artes.
O indigenista quase não aparece mais no cenário brasileiro, e homens como Darci
Ribeiro e Leonel de Moura Brizola fazem uma tremenda falta. Estamos emperrando
o processo de nossa própria aculturação, quando pensamos que agimos melhor na
colcha de retalhos das redes sociais, trabalhando na superficialidade linear,
sem a sinceridade de errarmos no conteúdo para acertarmos mais adiante, pois a
dialética do costume tece a mesma indústria cultural, quando não vemos a quem
servimos. Essa diluição se processa no fato daqueles que não estão inseridos na
rede não possam participar das ruas em consubstancial, quando sofrem a pressão
rebarbativa de outros rivais, quais não sejam os agentes externos que combatem
a inteligência nossa, brasileira, quando, convenhamos, temos mais os pés
fincados no que realmente ocorre no cenário nacional. Essa assertiva não chega
a ser de protesta, mas o fato em si, para aqueles que estão meio que perdidos,
quando não se sentem obrigados de participar sistemicamente desse falso
encantamento coletivizado, muito aquém de uma coletivização em progresso: a
partir disto, pensarmos apenas em um
país melhor, sem pobreza. Uma rede social pode ser um passeio em uma rua, uma
caminhada longa não necessariamente em trilha, uma conversa informal mano a
mano, a compreensão desassossegada de uma realidade que se nos apresente.
Apenas isso. A rede social é algo mais do que a NET. Dentro da semeadura do bom
livro de papel está a fase necessária, a aproximação com os caracteres de
impressão, a necessária compreensão que quando escrevemos estamos em um meio,
mas seria melhor que o fizéssemos vivenciando melhor o que nos querem fazer
crer que seja a hostilidade, as ruas, o entorno, saber ver a nossa arquitetura,
os nossos parques, a faculdade de uma vida pedestre, em suma, se achamos
hostil, que preferiremos um Governo que torne o povo satisfeito com suas
oportunidades e conquistas, com a diversidade de seu caráter, a fim de sempre
nos encontrarmos com a vida, uma que temos por aqui, amigos e amigas de
sacrifício, pois sim, não é sempre fácil encontrarmos justiça, quando sabemos
que na ética esta mesma está em dificuldades de se igualar com o bom senso da
balança. Será possível que aquela esteja conseguindo ver quais são os pesos e
as medidas? Apenas isso, não silenciem as esperanças...
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