sexta-feira, 20 de novembro de 2015

NO PÉ DO UMERAL

O número silencioso nos dita que somos mais que um
Quando somos também seja substantivo em um apêndice
A que nos apresente um úmero mais reticente em curas
Do que pudesse uma transição da tomografia ao xerox...

O número do úmero são muitos, mas que o fôlego de um
Depende do voo em que se espelha desde um planador
A um mosquito silencioso que se despe e banha-se de amor.

A predizer algo não seria tanto, mas que a conta de uma soma
Por vezes é complicada, pois subtraem mais para subtrair de monta
Tudo aquilo que se luta para que somassem algo ao menos de igual.

Se é de fé, seremos ninguém por vezes, mas nesses intervalos
Somos solitários enquanto não vemos que a crisálida apronta
Seu voo ruminando seus tempos na geração de outro ser igual de igual.

Somos os mesmos, de fé e espírito, somos algo de matéria, somos de areia,
De aço e bronze, mas que de alguns não somos quase nada que seríamos
Se de outro tanto não fôssemos o que somos e renitentemente o sejamos.

A aritmética do poeta veio para ficar, pois se os números são infinitos
Tal é a seara que vivifica a sua utilidade enquanto homem que encontra
O que sempre quer ver, que seja, talvez certos desencontros na urbe
Que por vezes só encontra a agressão dos que vivem na defensiva do ataque.

Se é de alguma estratégia, pensemos que temos um peão e um rei,
E o que faríamos se fossemos derrotados ante as forças de todos os tabuleiros,
A mais que não fosse, aceitar a derrota quando cavalheiros, e nunca dispor
De crermos que o além deseja que nos derrotemos a todos como em um estupor.

Segue a poesia de um úmero apenas que nada em um mar em que não pensem
Que seja um mar pior, pois já fizeram o estrago de devasta-lo poluindo
E agora estranham quando encontram uma vida nele se banhando,
Quiçá a vida que se mescla e que gostariam de ver a si boiando...

Não creiam que para um homem que não possui valia alguma,
Que já carrega seus anômalos genéticos, que estampa estigmas e recebe
De poucos o devido respeito em ser ativo perante a sociedade,
Se já carrega a esperança, que somos tantos!, já o sabemos de fato...

Esses fatos corroboram, e é no infinito querer de números,
Que o idioma falado passa a ser telado de teclas, para que não nos vejam
Onde quer que estejamos, a não ser que desejemos aberta e sinceramente
Que sejam felizes os que desejam os frutos de seu acordar temporário
E seus desligares nos deletes da vida quase permanentemente em oks!

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