Quem dera
se o prêmio de ser artista fosse concedido àqueles
Que
gostam de escrever por necessidade, ou que não condenam
Um pensar
construtivo de querer que outros conheçam
As
maneiras inquietas do querer, que o sejamos sempre assim...
A arte
liberta, não é paga na lotérica, por vezes um pincel é caro
E a tinta
se mescla ao manancial de suas superfícies,
Como um
rio que singra monumental entre as florestas!
A arte é
um processo lento, por vezes uma pequena criança a encontra
Embalada
no solo fecundo do conhecimento, e que a arte se poupa
De
sacrifício, pois é expressar-se na veia inquieta de um pobre poeta.
Quem dera
fossemos ganhar um bilhete, que diria sempre
Que a
arte fora pontuada, em que lições de um desenhista
Fosse o
próprio projeto realizado de um grande muralista!
A arte é
Portinari, é Cavalcanti, Tarsila, Degas, propriamente dito,
Que são
tantos que não enumeramos cronologicamente
Uma
história que não existe, posto os ismos serem muito reticentes...
A arte
reveste de sonho os sonhos do planeta, consolida as gentes
Em algo –
aí sim – de história, de sabermos que um Giotto
Confirma
o revolucionário panorama dos planos e seus espaços.
A arte é
palavra, é som, é música, teatro, algo mais do que apenas
Um
escrever sincero, mas que este escrever sincero seja mais arte
Quando um
tenta dizer a mais do que se pretendia no grande painel!
Preservar
é arte, germinar a terra é igualmente um carinho
Sobre o
manto do húmus em que vemos a planta brotar
Sem a
prerrogativa de pensarmos que qualquer povo é nela superior.
Qualquer
que seja distinto, um homem, uma mulher, um menino
Versam
sobre a criação da paz, e que esta esteja sempre nos lares,
Pois
pensarmos na loucura da guerra é sempre a maior antítese dell'Art.
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