segunda-feira, 2 de novembro de 2015

A AURA DO DESATINO

Se o tanto não dispõe do muito a que quisermos mais do que tudo,
Sejamos o outro que não pede mas obtém na palavra de seus atos,
Ao que pressupõe que estejamos em um nível que suporte a verdade...

No que dispomos do nada a que seja feita a vontade do mesmo tudo
Em que muitos ignoram que o mesmo nada é algo posto existência de fato
Em que encontramos muitas vezes o aparecimento do monstro da lagoa.

Saibamos que a poesia sempre se fará necessária, apesar de oculta
Sob as sombras daqueles que a temem por se encontrar com as letras
Estas mesmas que possuem a vida sem ditarmos que não sejam apenas
O que delas pensem a que saiamos de uma cornija para a Ágora
De um tempo em que na Grécia a própria origem era o pensamento...

Por um lado, que estejamos cônscios de um pensar ausente,
Quando na própria ausência do conhecimento não encontramos ninguém.

Esse encontrar-se que seja conosco o maior de se ver na vida inteira
Quando a parte respira um pouco mais do que supõem outros o necessário.

Pois que a escrita saiba mais da face em que muitos se ocultam de vozes
Em que saibamos que de antemão nem tudo o que se sabe são flores...

Que não se fragmente a esperança, pois aquilo que não sabemos nos dite
A um futuro em que não nos desconheçamos mais do que o simples merecer!

Queremos um mundo menos desatinado, a que seja, no teor de uma frase
Ou na mescla de pares em que não se resolva quase tudo o mais que há,
Mais que muito do que houve quando não há, mereça sim a compreensão
Que nos torna inequívocos idealistas de no mínimo um mundo melhor!

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