Pois bem, um assunto delicado para
se tratar, a ver com a história, com o homem, mas com a Natureza, dispostos os
papéis, cenários, interlocutores, atores, coadjuvantes, iniciantes e o
aprendizado tenro ou maduro. Ciência pode ter a ver com máquinas, processos,
equipamentos, sistemas... Resta sabermos o que obtemos realmente, a quem serve,
para o que está sendo usada, as relações de poder que recrudescem negativamente
entre os povos, a submissão tecnológica, o saber como – know how –, os segredos
de Estados, os espiões automáticos ou humanos, a farmacologia, a prospecção de
riquezas, genética, etc, as biológicas, enfim, também os aspectos escatológicos
como a indústria de armamentos explicadas e sedimentadas no mundo como lob de
ciência internacional, e justificada por suas máfias que, aliás, em todas as
frentes possuem muito conhecimento e experiências científicas...
Podemos ver a ciência em um
princípio mais íntimo, no ser consciente. Por vezes o excesso de insights
torna-nos soberanos em acharmos que somos inteligentes, mas acabamos
pespontando nossas vidas entre caminhos de especulação filosófica em que somos
reféns de teorias absurdas. Talvez a simplicidade religiosa como o tao seja uma
correspondência cabal com a realidade, mas a questão é que atravessamos hoje
por diversas realidades e um lado mais concreto, de cimento e areia, pois é
onde pisamos nossos pés inquietos quando vamos por uma calçada teclando em
nosso pequeno quadradinho digital. Vejo o mundo em um serviço, não como algo
militar, quem sou eu, mas que as máquinas, os utensílios sejam usados em sua função,
que não dialoguem mais do que o necessário, mas que possamos articular e
improvisar consertos onde estes se fazem necessários, como um arame a sustentar
uma pequena estrutura, ou uma cola que fecha ou ajuda a ajustar uma madeira.
Quando construímos uma embarcação de madeira, por exemplo, cada peça tem a ver
com o projeto, e os encaixes tem que ser planejados de antemão, pois se não
pensarmos antes temos que subtrair o processo da montagem, a lógica da
produção. Talvez por isso não tenhamos uma indústria de ponta, pois nos falta o
embasamento de como fazer: o know how, que não nos é concedido ainda, pois
somos um grande país produtor de commodities. Somos um país ainda atrasado em
termos de indústria, e os meios educacionais tem tentado correr atrás do
prejuízo para que nos alcemos a uma base industrial mais conhecedora e
produtiva. Obviamente, o capital estrangeiro não gosta dessa ideia, pois é mais
lucrativo para eles não termos sequer uma marca de automóveis, apenas um leque
de multinacionais e suas remessas exorbitantes de lucros para as matrizes, com
uso de mão de obra mais barata. No entanto, esse vira o viés da moeda, pois se
um Governo começa a ambientar seus jovens em meio a uma tecnologia de ponta,
talvez por um tipo de osmose saibamos finalmente o saber como, a princípio como
técnicos, depois como engenheiros de ponta. Para o fabrico de máquinas e
construção civil temos já uma boa autonomia, mas na informática somos dominados
amplamente pelos países ricos, que nos tornam dependentes de sistemas que
acabam controlando muito mais do que apenas um jogo fabril, mas a própria
tecnologia de informação de cúpula, em que nossos técnicos aqui repetem muitas
vezes as mesmas receitas para sistemas já altamente sob controle externo.
Teremos que pensar um país mais
independente, sempre, no que estaremos mais consonantes com a aquisição de
conhecimento justamente através de bolsas de estudos nos países mais avançados
em tecnologia, o que nos lega um salto nesse conhecer. No entanto, cabe ressaltar
o campo absolutamente necessário para um país como todos que são as ciências
humanas e o ensino de arte desde as primeiras séries da escola. Um país não
pode perder sua memória, tem igualmente de saber sobre filosofia, antropologia,
psicologia, sociologia, ciências sociais como um todo, a saber com a agregação
de termos contato e respeito às culturas e idiossincrasias de todos os povos
que nos habitam e impedir qualquer tipo de intolerância não justificada, como a
religiosa, étnica, de classes, política e comportamental, entre outros meios de
permitir a igualdade e respeito cultural da humanidade, já que somos um país
receptivo e não podemos permitir sistemas totalitários de coação da nossa
liberdade e democracia, respeitando a legalidade sempre e igualmente
investirmos muito na educação para evitar corruptelas em críticas necessárias
de todas as populações, em todas as classes, pontuadas por maiores
participações populares e relações mais horizontais de poder, este infelizmente
por vezes a maior corruptela de nossa história.
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