Quem sabe tenhamos dentro de nós
algo que nos remeta a uma posição ou situação em que nos encontramos com um
tipo de releitura de nós mesmos... Quem sabe se, no exercício das letras,
saibamos ver com mais clareza os princípios de um diálogo, ou mesmo a semântica
do reflexo que – por hora – pensamos como realidade. Talvez seja uma questão de
tempo, mas que tenhamos profundas reflexões sobre o mesmo tempo e nossa
experimentação histórica do que venha a ser a cronologia, os erros cometidos,
os acertos, as dúvidas que ainda permanecem por falta de embasamentos e as
ressalvas com relação aos atos que cometemos diuturnamente. Os aspectos
teóricos das civilizações, as correntes filosóficas sempre foram salutares
intelectualmente, e seria igualmente salutar para a sociedade como um todo se a
leitura fosse uma questão gestora e receptiva de todos os canais, mesclando
esses dois fatores com a crítica, com nosso posicionamento, com a dinâmica do
conhecimento, e alicerces factuais em que os conheçamos dentro das fundações
primeiras, desde as sapatas que estabeleçam nossas sustentações, enquanto
indivíduos no contexto da coletividade. Não deixemos de lado a preocupação
recorrente em que o uso de algumas palavras ou termos sejam interpretados sob a
ótica de um tipo de rastreamento, como indução dedutiva de que estejamos
errados nos tempos de hoje, onde errare
humanum est. Justo, o que é de valia será sempre, e o que é de inteligência
que se preserve como um grande patrimônio, algo que não se dissolva no mesmo
tempo acima referido, pois o conceito deste pode ser linear, mas o pensamento
abre-se por vezes em leques no individual, mas concatena-se em sínteses no
plano sem artifícios na lógica que lhe dá sustentação: daí a importância de o
conhecermos desde as suas origens, na sua história de pressuposto filosófico. O
pensamento é seara intangível, silencioso, inexpressível quando por não
registro ou forma, conexão enquanto luz, e veloz como o brilho de uma estrela
viva. O pensamento não morre, pois sua posição é espiritual quando nesta
depositemos, e eternamente fica a ação, posto em bhakti a yoga é Suprema...
Quem dera a ciência conseguisse a vigília do milagre em seres pensadores no
modo da bondade, mas o quinhão da ciência tem versado sobre ações que partem de
resultados materialistas em excesso, e a ciência espiritual – essa condição sine qua non – é fadada a regredir, em
uma sociedade materialista como a nossa. As condições de se estabelecer um
panorama de paz e justiça equânime no mundo passa pelo conhecimento, nem que se
estabeleça a história como disciplina de raiz, pois que abramos espaço cultural
às manifestações próprias do povo que luta para manter sua arte e suas posições
enquanto conhecedores – à sua maneira – do mundo.
Tenhamos a simples consciência de
que os homens e as mulheres não se ressintam por algo de perda provisória, já
que as verdadeiras conquistas, assim como os melhores relacionamentos, vêm da
aceitabilidade de seu eu para poder compreender as limitações do seu próximo, e
adquirir a verdadeira posição frente a um mundo de contínuas mudanças, mas que
paradoxalmente vê suas conquistas por vezes negativamente superexpostas, na
versão sensacionalista de nossas audiências globais e internas, quando a
intenção é fomentar a discórdia. Vê-se muitos se batendo, vê-se ciúmes sem
conta, a maldade contra os animais, o descontrole, o álcool, por vezes a
barbárie. Mas que a paz seja nossa posição eterna, mesmo que seja apenas em
pensamentos, pois os mesmos pensamentos nos levarão a ações que diligentemente
defendemos para atingir a plataforma gigante e indispensável de evitar, até que
o diálogo nos baste, uma pessoa que só pensa em guerras e conflitos de qualquer
ordem, ou pior, de qualquer caos...
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