sábado, 28 de novembro de 2015

A POSIÇÃO ORIGINAL

            Quem sabe tenhamos dentro de nós algo que nos remeta a uma posição ou situação em que nos encontramos com um tipo de releitura de nós mesmos... Quem sabe se, no exercício das letras, saibamos ver com mais clareza os princípios de um diálogo, ou mesmo a semântica do reflexo que – por hora – pensamos como realidade. Talvez seja uma questão de tempo, mas que tenhamos profundas reflexões sobre o mesmo tempo e nossa experimentação histórica do que venha a ser a cronologia, os erros cometidos, os acertos, as dúvidas que ainda permanecem por falta de embasamentos e as ressalvas com relação aos atos que cometemos diuturnamente. Os aspectos teóricos das civilizações, as correntes filosóficas sempre foram salutares intelectualmente, e seria igualmente salutar para a sociedade como um todo se a leitura fosse uma questão gestora e receptiva de todos os canais, mesclando esses dois fatores com a crítica, com nosso posicionamento, com a dinâmica do conhecimento, e alicerces factuais em que os conheçamos dentro das fundações primeiras, desde as sapatas que estabeleçam nossas sustentações, enquanto indivíduos no contexto da coletividade. Não deixemos de lado a preocupação recorrente em que o uso de algumas palavras ou termos sejam interpretados sob a ótica de um tipo de rastreamento, como indução dedutiva de que estejamos errados nos tempos de hoje, onde errare humanum est. Justo, o que é de valia será sempre, e o que é de inteligência que se preserve como um grande patrimônio, algo que não se dissolva no mesmo tempo acima referido, pois o conceito deste pode ser linear, mas o pensamento abre-se por vezes em leques no individual, mas concatena-se em sínteses no plano sem artifícios na lógica que lhe dá sustentação: daí a importância de o conhecermos desde as suas origens, na sua história de pressuposto filosófico. O pensamento é seara intangível, silencioso, inexpressível quando por não registro ou forma, conexão enquanto luz, e veloz como o brilho de uma estrela viva. O pensamento não morre, pois sua posição é espiritual quando nesta depositemos, e eternamente fica a ação, posto em bhakti a yoga é Suprema... Quem dera a ciência conseguisse a vigília do milagre em seres pensadores no modo da bondade, mas o quinhão da ciência tem versado sobre ações que partem de resultados materialistas em excesso, e a ciência espiritual – essa condição sine qua non – é fadada a regredir, em uma sociedade materialista como a nossa. As condições de se estabelecer um panorama de paz e justiça equânime no mundo passa pelo conhecimento, nem que se estabeleça a história como disciplina de raiz, pois que abramos espaço cultural às manifestações próprias do povo que luta para manter sua arte e suas posições enquanto conhecedores – à sua maneira – do mundo.
            Tenhamos a simples consciência de que os homens e as mulheres não se ressintam por algo de perda provisória, já que as verdadeiras conquistas, assim como os melhores relacionamentos, vêm da aceitabilidade de seu eu para poder compreender as limitações do seu próximo, e adquirir a verdadeira posição frente a um mundo de contínuas mudanças, mas que paradoxalmente vê suas conquistas por vezes negativamente superexpostas, na versão sensacionalista de nossas audiências globais e internas, quando a intenção é fomentar a discórdia. Vê-se muitos se batendo, vê-se ciúmes sem conta, a maldade contra os animais, o descontrole, o álcool, por vezes a barbárie. Mas que a paz seja nossa posição eterna, mesmo que seja apenas em pensamentos, pois os mesmos pensamentos nos levarão a ações que diligentemente defendemos para atingir a plataforma gigante e indispensável de evitar, até que o diálogo nos baste, uma pessoa que só pensa em guerras e conflitos de qualquer ordem, ou pior, de qualquer caos...

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