segunda-feira, 23 de novembro de 2015

CIÊNCIA

            Existe um panorama vasto que se professa nesse nome, qual não seja sabermos que um que exista enquanto ser amigo das conquistas desse campo segue sabendo ou não utilizar essa gigantesca frente de conhecimento em seu próprio progresso enquanto utilidade afeita e razoável. Sob essa frente pauta-se a certeza e a incerteza, ambas de origem no próprio e salutar processo da investigação científica. Quando esse método se amplia no modo de vermos que nosso século possui ferramentas tão várias que a facilitação de monitoramento de grandes realizações nesse campo infelizmente vem associadas igualmente com aspectos que levam grande populações a uma alienação quase inevitável. No entanto, é natural que surjam períodos de adaptação a que se use uma conquista científica dentro de padrões mais antigos, em que o fluxo não apenas não interrompa o avanço do conhecimento, mas que os mesmos padrões de que possa se fazer uso sejam fatores inspiradores e agregadores para as novas gerações, em que e a infância por vezes é apenas com a aproximação tecnológica, com a parte lúdica da terra e do chão, rara... Resta sabermos lidar com o fato de que o artesanato é um imenso contraponto que harmoniza as linhas melódicas do fazer, do construir e do expressar, como cita Alfredo Bosi em relação à arte, em um livro em que não recordo o nome, mas que considero importante na minha formação nas artes visuais. Posto que um artista não possua fama de sobreviver da arte, mas que esta encerra em si a própria concepção particular do mundo em que vivemos, como um olhar, um sentimento em relação ao imo e ao entorno.
            Por incrível que pareça, a água tem sido um bem que as humanidades não têm sabido manter incólume, mesmo com tantas as nossas ciências, e a própria ciência particular e individual em que pensamos que consumimos o bem, este, coletivo e crucial para a sobrevivência das espécies na Terra. Cito a água para traçar um paralelo em que a maior expoente de nossos cientistas, que é a corrida espacial, só encontrará um planeta com vida, quando esta se apresenta assim como no nosso. Este parágrafo é um istmo na corrente de vosso pensamento, para que saibam de todas as nossas incertezas sobre a corrida em que nos inserimos, e que a ciência por vezes superlativa de modo a nublar as noções que possuímos sobre a paz e a tolerância, a meditação, a introspecção, em que fujamos um pouco desse determinismo em termos que estar “conectados” todo o tempo, pois a verdadeira conexão não deixa, na ótica de um ambientalista convicto, de ser a própria Natureza, não apenas em sua acepção corrente, como na selva do construído, no panorama global dos objetos, igualmente, pois essa fusão necessária é de extrema importância a que sustentemos a vida sempre, em qualquer circunstância. No que saibamos que um pensamento verdadeiramente científico surge com a manutenção de melhores dias a todos que vivem na cidade ou no campo, pois as vilas miseráveis só fazem depauperar os espaços urbanos como um todo, e pensar no incremento da qualidade de vida dessas populações é apenas uma obviedade com relação a um crescimento pautado pelo bom senso. Sempre pensemos assim, pois um país com mais populações educadas é um país que desenvolve sua ciência e a consciência existencial como um todo, no sentido lato, sem interpretações de cunho de atraso.
Como todos sabemos, a questão da ciência puramente e quase resolvida passa pela via da história, em que todas as mudanças tecnológicas de nosso mundo traçam ou derivam a história ela mesma nos seus aspectos da relação material entre os povos. Esse sucedâneo atravessa o espírito como um todo e influencia a versão religiosa e cultural sob o aspecto da produção e da relação dialogada em torno – ao menos – do polo positivo e do polo negativo, das forças que sabemos inevitáveis dos que querem destruir e daquelas mais próprias da preservação, construção boa e manutenção do que há por se descobrir de positivo. Esse afirmar da positividade é algo relativo, pois em todo o equilíbrio natural os dois polos se confundem e se completam, o que descarta qualquer possibilidade de pensamento único e fragmentação ideológica, pois quase no Tao passa a ser um pensamento algo de consciente – a mais – na compreensão mesma do processo em que os seres vivos como um todo convivem ou enfrentam-se, à parte a espécie humana, que tem se mostrado ser de uma predação equivocada enquanto justamente fragmentadora perene do planeta onde habitamos. Uma predação que sedimenta o seu fracasso em não pensar que os recursos são esgotados passo a passo e as conquistas bélicas apenas reforçam o fracasso em termos nos apresentado historicamente como exploradores incontestavelmente nocivos a tudo que pretendíamos da arte, da vida, do espírito, agora fadados a uma guerra sem fim, se não tomarmos uma consciência vital a favor de uma paz permanente que esteja presente e religiosamente coerente com o processo que se está passando, e que apenas o vento, apenas os pássaros e as feras sabem a resposta, já que tem sofrido a devastação perene por séculos e séculos...
No encontro que possuímos com a realidade algo de caleidoscópico se nos apresenta, de um modo em que não nos encontramos mais com aquilo que recebemos atavicamente como sendo o que realmente importa, independente da cultura de cada povo, a idiossincrasia particular e individual de cada qual, o que pretendemos enquanto cidadãos, e o que significa a distinção entre cidadania e direito indígena, para citar um exemplo clássico sobre os homens que estão sobre o solo da Terra. Isso é uma questão de ciência humana, de sabermos que estamos vivendo cada qual no mundo, e que a ciência desse fato corrobora nosso papel de seres que teremos a entrar em um acordo, pois não há ingerência de justiça na lei do mais forte sobre o mais fraco, pois essa ciência equivocada do poder coloca mesmo em xeque a importância deste, posto sua vontade de obter algo em seu viés solapa a dimensão do próprio querer, já que os chamados “mais fracos” muitas vezes são contingenciados por certas causalidades...

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