terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

QUADRÁTICOS INTEGRADOS

 

          No si e de si mesmo, quem sabe se não rimos à socapa, em metros e metros quadrados… A vestimenta sistêmica insiste em dizer que nada é risível, que tudo é muito sério, e encontramos graça, na verve do bom humor, em toda a farsa, em toda a falsidade, na pantomima circense de ocasião, no que se torna obstáculo ao bom senso, em tudo, no rumor da fascista ordem, no tempo atual, não que não queiramos, mas, fatalmente, talvez não queiramos mesmo.
          Talvez não saibamos querer o sério, aquilo que merece resguardo mas, obviamente, um sentimento que ultrapasse o mesmo desejo da ordem queira por vezes um caos normal, uma diferenciação genérica, um meio que se faça mais correto dentro da bagunça, quem sabe, uma notícia verdadeira e imparcial em sua totalidade.
          Não deve haver queda de braço a esmo, não deve haver conflitos, posto a luta de classes não denota muita aparência nos dias de hoje: vá lá, a luta entre religiões parece ser mais adequada nos dias meio quadráticos de hoje… Denotemos algo do caráter histórico dos nossos pensamentos, posto sem esse caráter não evanescemos as nossas dúvidas e nem vencemos os nossos temores. Se dá o processo dentro de um contêiner blindado, como um grande cubo fechado, onde trilharemos a causa maior a partir dos nossos próprios problemas, onde a venda do seu conteúdo há de ser repensada, posto não podermos vender a nós mesmos o tempo todo.
O que temos nesse invólucro quase secreto somos nós: nossas casas, nossos alimentos, nossa educação e nossa saúde. E, bem ou mal, revela-se o fator cultural, que é um emaranhado de circunstâncias que justificam o nosso modo de ser, a nossa questão maior, e sua resposta aparentemente longa, mas quase imediata!
           Supondo que sejamos adultos, ou quase, hemos de saber lidar com a aparente medida que tomemos no sentido de tentar assentar o assunto, pois temos apenas um contêiner, e isto revela o recrudescer – infelizmente – de uma carestia quase congênita ao nosso povo. Essa peça de exportação há de ser desmembrada naquilo que podemos carregar e aquilo que podemos comercializar. O segredo de uma economia firme é sabermos preservar o que o Estado tem a dar bons dividendos e aquilo que é falimentar por ingerência de má administração. O país necessita de recursos, mas, antes, de recursos de base, como ferrovias estatais e outros modais de infraestrutura, tais como o saneamento em regra em todos os rincões de nossas populações e o pleno emprego como regra cabal de nossa sociedade. Sem isso não há possibilidade de Poder, não há execução nem executivo, não ha regras e não há um panorama de ordem social bem quisto em nossas estruturas governamentais. Não haverá saúde se não pensarmos a curto, a médio e a longo prazo para a consecução de nossas prerrogativas de desenvolvimento e progresso.
           A partir de tudo isso podemos falar de um país com a generosidade de transcrever para um livro de história confiável e belo o que fizemos para adicionar mais esperança em uma tomada de ciência e de progresso para um povo tão valoroso como o nosso… É através de um processo democrático não excludente que passaremos o bastão para os próximos que vierem depois de nós mesmos, posto não podemos passar pela nossa história como um modelo de dependência e de autoritarismo, haja vista a performance de tantas nações que, como os EUA, ainda ensinam um pouco a como se combater radicalismos inconformes e a truculência que por vezes urge por assaltar um país livre.
         A partir dessa premissa devemos obedecer aos criteriosos processos de paz na nossa nação e desvendar os segredos que passam por
nós como um atender-se a uma integração que nos leve a uma questão de ordem de repaginarmos uma história, que seria um fracasso, para um libelo que nos leve a construção livre e independente da instrumentalização de nossas sociedades, tribais ou não.

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