domingo, 21 de fevereiro de 2021

DA ARTE E DA CIÊNCIA

 

Reza uma letra que pensemos não o demasiado
Que a arte não respire o suficiente
De seu próprio respirar
Nas demandas inconsúteis do querer…

A ciência, por sinal, fomenta a arte, perfaz razões
Onde – pudera – não encontramos a veia algo azul
De uma nobreza nada pueril, mas formada de caráter!

Essa mesma semântica que não nos assoberbe muito
Naqueles Cantos a verberar um assento solene
Onde o justo procura a justiça, e onde o mesmo Cantar
Não perfaz a latitude onde pousamos um olhar mais grave.

Esse olhar sobre a penumbra de uma mulher ensombra
Os desejos na raiz maravilhosa com se fora o tronco
Que não se envilece na conversa com o presente e o passado…

Nos albores da ciência fizemos o osso alavanca, evoluímos
Por só sabermos da vida sobre a atmosfera de um mero dia
E que, no entanto, escrutina a versão mais saliente de uma rocha.

Perfazendo caminhos algo conflitantes, prescrevemos uma ideia
Em que por vezes se turva algo no pensamento e confundimos
As fronteiras que evanescem uma suposta via de acesso às cidades.

Essa fronteira não seja imaginativa em excesso, pois a Criação
Ordena uma mente conturbada com a ação mesma da Arte.

Estamos a navegar por outras veredas, que sejam de luz
À luz da ciência de nossos propósitos, e que certa palavra
Pousa em uma estrela e espalha constelações ao chão.

Leve como o flutuar de uma tartaruga, rápida no mar
E que não remonte a odisseia que vem para o respirar
Mais
de seus ovos germinados na areia, para uma corrida
Em que há bons homens e mulheres cobrindo seus filhotes.

Reside no panorama de um mar tardio, como se fôramos
Guardiões de uma ordem atávica baseada na sensatez
E germinando frutos do que a mesma Natureza oferece…

Dessa toda Natureza pescamos as ideias em seu funcionar
Onde a pedra filosofal pede ajuda a Trimegisto
Retendo uma notícia ou outra vertida no império de uma poesia!

A vemos com o olhar consonante e conforme, no dito pelo dito,
De um dizer em acrônimo por vezes e, em outras,
Um acróstico com significados contínuos.

Nossa vertente é maior do que uma lei que não exista
E não e menor do que um subentendimento
Enquanto saiamos da verve, onde a poesia é arte
De uma completude onde o ignorar se perde
Na compleição dos excluídos que perdem a questão
Por não possuírem um caminho correto adiante.



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