segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

O TROVÃO E AS ATUALIDADES

 

Verte-se uma norma da normalidade cabal,
As singelas formas do querer mais do que
Assim como se fosse uma ideia qualquer
Uma ponte aérea, um desavisado anúncio
Onde a ordem dos fatores altera e muito
O elementar das gentes no pressuposto
Do lógico a alcançar razões futuras
Que compreendem a incompreensão
De um teatro do absurdo a conectar veias.

Não que seja um ponto final admoestar
Questões ausentes de uma quase tempestade
Onde apenas um trovão ribomba no planeta!

Apadrinhar-se velhos conchavos é razão
Que perde-se na semântica do fracasso
E, a se dizer de tudo isso, perde-se também
A noção algo desconforme que caracteriza
Toda a velha, a atual e a futura política…

Seríamos melhores ao ignorar Maquiavel
Posto há das gentes que se fiam na cartilha
Ensombrecendo a vértebra dos enjeitados.

A chuva, a maravilhosa chuva dos verões
Por vezes não é muito bem-vinda
Nos contextos das atitudes verazes de crises
Quando se denota que tal esgotamento
Não é apenas dos recursos excludentes,
Mas de toda uma parafernália sanitária.

Que se criem as vértebras lombares
Acima do sacro espinhal, ladeado
Por pélvis serena a conter órgãos
Não de remanejamentos insalubres
Mas que apoie no topo o crânio
Sob a cutânea axis como osso
Do princípio ao fim, na ida e na volta
Ao que seja, retornarmos sempre
Mas sabendo que o coração e a mente surjam fortes!

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