Como num decalque, vemos muitos seres navegando
pela atmosfera de nosso olhar, esta algo turvo de não prestarmos
toda a atenção, em que muitos talvez estejam nos ajudando a
compreender melhor o mundo, este em que vivemos: o nosso planeta
Terra. Carecemos de ver melhor, assim como que, para um devoto, a
imagem de Krsna é o próprio Krsna… Relembrando a nós mesmos que,
assim como temos a Natureza Material possuímos um mundo outro –
mais profundo – que é o mundo ou a Natureza Espiritual. Desta a
coisa é mais sutil, não muito apercebida pelas circunstâncias
externas, haja vista a matéria ser coisa mais aparente, a não ser
quando temos um serviço mais atuante com os ditames do que pode ser
almejado em um estado de devoção, o que configura estarmos sitos em
serviço a Deus. Podemos arguir que estamos justamente situados
transcendentalmente mesmo quando compreendermos a matéria e todas as
suas qualidades… Certos livros nos ajudam a elucidar
filosoficamente certos fatos e realmente possuem suas faculdades,
como a filosofia, a antropologia, o treinamento de um idioma, o que
podemos argumentar baseados em conhecimento empírico, ou mesmo na
prática de uma doutrina.
Tudo pode ser conhecimento cabal,
podemos ser doutores, oficiais, juízes, operários, faxineiros, ou
seja, termos nossos afazeres dentro do pressuposto do trabalho.
Quando desejamos que os frutos de nossos trabalhos sejam endereçados a Krsna, começamos o processo de serviço devocional
a Ele, o Criador, nosso Deus. Mesmo que o diálogo que tecemos com a
matéria seja pungente e sua interpretação diversa e concludente a
respeito quiçá até do átomo, posto neste também se encontra a
centelha elementar do Paramatma. Não há problemas que tenhamos que
saem fora do ser pacífico, praticamente uma posição onde a guerra
não se explica. Posto quando estamos bem situados em nossa vereda,
nem que o seja da compreensão das coisas, pura e simplesmente, não
teremos dificuldades em boas argumentações, mesmo no universo
material. Podemos mais quando queremos e menos quando ignoramos a
própria matéria, esta que faz parte da espiritualidade como carne e
unha. Essa película que vai por adiante de nossa compreensão mais
tosca, até da qualidade em sublinharmos nossos melhores e mais
grandiosos significados.
O que vai por adiante em se conhecer o
corpo humano, por exemplo, também segue por nossos conhecimentos algo
de ritmo, quando queremos tocar as karatalas, e nos valemos do
metrômetro, da internet para receber as aulas e do ditafone quando
Prabhupada, no século passado, gravava as suas palestras e aulas. A
tecnologia faz parte da evolução do planeta e estarmos conectados
com ela nos adianta mesmo quando o assunto é a religião. Portanto
podemos fazer uso da ciência para nos aprofundarmos em qualquer
assunto, e quem pode mais é o próprio conhecimento, não apenas nas
veias materiais quanto na compreensão espiritual. O diálogo com a
matéria torna-se de importância cabal. Mesmo que trabalhemos como
administradores de uma fábrica, ou como chefes de uma equipe, temos
a responsabilidade de fazermos a coisa certa, de sermos honestos, bem
querentes, bondosos, e competentes, na medida do possível. Para isso
de fato fazer a diferença, estaremos em uma boa e consonante
plataforma quando dedicarmos nossos sacrifícios e nossos trabalhos a
um Ser Superior... Assim, demandaremos sintonia com todos os seres
vivos e planetários em nosso serviço em devoção, o que revela que
podemos transcender mesmo estando dentro de uma atmosfera
extremamente material. Esse pontuar-se na matéria nos ajuda a
resguardar todo um trabalho teórico e, se formos considerar uma
escala mais social de nossos propósitos, podemos vislumbrar que esse
modo de pensar socialmente no caminho da libertação pode estar de
acordo com uma vivência mística. Haja vista pertencermos a uma
Nação extremamente religiosa, desde seu nascituro, e disso não
abramos mão, posto ser meio impossível você criar um estado de
coisas em nosso país sem o paradigma algo evidente do
espiritualismo.
Essa noção evidente em nossos dias revela que
podemos trabalhar uma vida social utópica dentro de um parâmetro de
quase sonho, um Estado que pense melhor em sua população, e que
possa reivindicar sempre melhores dias para o nosso povo, pois não
será mantendo toda uma gente sem emprego que talharemos para os
nossos compatriotas melhores dias de trabalho. Não nos tornemos uma
Nação sem sentido algum, não vendamos nossas riquezas para o
estrangeiro, sejamos nacionalistas e fiéis ao pressuposto da
justiça, e não permitamos que comercializem o nosso bom senso. A
pátria reconstrói-se com seus paradigmas próprios, e não será
abdicando de nossa nação inteira e segura que iremos fundar uma
nova. Devemos resguardar o que temos, e é esse um panorama material
mais justo para que possamos nos dedicar mais atentamente nosso
arcabouço espiritual, que igualmente versa sobre o mesmo assunto!