terça-feira, 2 de junho de 2020

A VISÃO DO DESCARTE


Soletrar a vida não seja tarefa inglória, mas modal presente
No que se tenha de algum repertório, na ausência sobretudo
Do que não possuímos de exemplos cabais, de ferramentas
Que, convenhamos, não vão anunciar melhores tempos
Já que na ida de nossos ocasos não reverberam muitas coisas.

Se sabe de muito que não se queira, apesar dos alarmes,
De ditos casos da não fronteira, já que não se apercebam
Dos erros que não cansam de errar, dos pingos que não se põem
Em cima de um sol sarcástico, assim como na meritória lua…

Essas fases de elétrons neutros, chamam-se autoproclamadas
Enquanto o terreno inóspito das benditas clausuras não seguem
Na mesma mesa linear das axis, dos números e das guias!

Não que não se bendissesse os caminhos, da árdua luta a enfrentar
Perenemente, no quase ocaso de forças que se debatem gratuitamente
Na acepção crua em que alguns acreditam e outros simplesmente se calam.

Talvez não haja um canal perceptivo, um senão de quê de profecia
Quando se arremeda um canto, quanto de se perceber a si outrora,
Nos alíseos que alcançam um navegador solitário, na foice que trai
Seu mesmo corte em uma vassoura campineira, um lote de troncos.

Ah, cepa madura e benquerente de nossas ocasiões noturnas,
Caudal discrepante e correto conforme ditam as ocasiões,
No que se vê conforme, no que se sente qualquer dor do parto!

Nesta moldura algo freudiana, algo de metafórica fantasia
Não haverá ninguém sobre a Terra que não queira interpretar
Os meandros da poesia oculta que jamais será auscultada...


Nenhum comentário:

Postar um comentário