sexta-feira, 12 de junho de 2020

A EFEMÉRIDE DAS NUVENS


Tanto se nos desse a vida se não fossemos tão claudicantes em razões
Variadas que mostram a face de uma foto perdida em solo sírio,
Mostra o Congo em suas entranhas e, infelizmente, mostra o Rio
De um janeiro esquecido, suas patibulares veias e os condomínios
Blindados por uma anuência de se permitir no todo uma singela ordem…

Ao menos que não houvesse essa tentativa de ser arguto perante
Um tempo de uma construção irregular, um tempo maior,
As vezes de um refrescar consciências, pois a massa do povo
Que queiram submeter por força da carência alheia
Não verte no seu sinal a alfombra persa que não devemos desrespeitar.

Uma vida que prossiga, junto a outras, e mais e mais, não parece
Tão decisória no seu aspecto legal, mas a frente de uma questão como esta
Não depende apenas das autoridades constituídas, mas de um uníssono tom
Que reverbere a atenção necessária dedicada aos próximos e refletida na distância.

Posto que o verbo resida um pouco nas nuvens, tentacular como um provedor,
Do que provê e alicerça, de um mundo maior e mais contrito, de uma verdade
Que seja esta mesma, de um barco que caminha pelo oceano de misérias,
Quais não sejam, o povo trabalhador brasileiro é deveras tolerante e consciente!

Não nos enganemos que seja possível que sejamos enganados todos os instantes,
Posto que é do trabalho que vem a certidão de nascimento da nossa cidadania e,
Se limitam a participação das massas em relação ao que realmente querem e desejam,
Não será em todos os rincões a participação equivocada, pois o resto vem de monta.

Não será de um ocaso das frentes de trabalho que já possuem o ganho, não será de outro
O ganho merecido, mas o merecimento não será de fortunas imensas, mas de um pago
A que outro mereça sua inserção não propriamente no mercado de trabalho,
Mas em mutirões da reconstrução do país, meramente sabendo que o que vê-se merece!

Um homem pode trabalhar para o povo, mas de massas de grande alcance, já que,
Independente do esforço hercúleo do mesmo povo, e saibamos que é a partir
Da erradicação de um inimigo comum a todos os brasileiros é que podemos tentar
Ao menos dissipar a ignorância que alguns se sucedem de conceber, em retrato tíbio!

A voz da consciência nos permite afirmar através de todo um ser coletivo
A discreta participação em não querermos pontuar uma miríade do fracasso
Quando ainda temos por merecer melhores dias que venham: isso é da Lei...

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