terça-feira, 9 de junho de 2020

OCASOS DO DESTINO


          O destino de um ser vivente pode ser marcado por algo que não seja tão consagrador, nada independentemente de suas escolhas, a partir da sua posição no xadrez da vida ou no GO estratégico de antemão. Face que faça, o que puder, face de lados, faças as sombras, fazem colóquios, faz-se ao menos uma estratégica que não falseie… O lado de mais adiante, e portanto mais difícil, é de opor àquilo que é facilitador, de um termo, que nunca saberemos, pois esta frase está blindada pelo panorama lógico do surrealismo, a que não pretendamos nem ao menos significar… E que não precisa de explicações maiores, pois leia quem leia, e que se parta de significados outros, pois a criação vem de Esparta e não de Atenas. Esparta que seja, para mostrar a guerreiros aptos o que pensariam a respeito da dureza de um Império como o Romano e no claudicante império obeso em que estamos inseridos. Os soldados romanos marchavam mais de 40 quilômetros com 50 quilos nas costas, e nada se compara à atitude heroica de seus muitos representados. Os impérios se revezam e, hoje, temos uma variedade de instrumentos e equipamentos que transformam a guerra em algo mais covarde, em termos de sobrexposição humana. Não propriamente da soberba da covardia, mas de algo que tecnologicamente refaz a lógica dos conflitos com novos aparatos como a sistematização das informações, em um exemplo cabal. Logicamente, se a China vem com aparatos efetivos e muito mais baratos usufruiremos da sua tecnologia, pois a globalização lida com o livre mercado, como as minas chinesas de material plástico, muito mais operacionais em tempos de guerra. Se você tem drones com leitores termográficos de longa distância, não importa se foram fabricados na Indonésia ou no Vietname, posto a tecnologia vem pela qualidade depois da quantidade, pois sempre se espera mais recursos com mais demandas. Obviamente, a indústria bélica é a mais fascinante, pois é onde se encontra o volume maior da ciência, incluso nas questões da medicina. Há que se ter médicos que saibam lidar com armas letais de destruição em massa, e essa questão não isenta da ciência a sua participação, mas humanamente é impossível termos aceitação de que se justifiquem os meios para ações bélicas dessa natureza. É triste assentirmos com o fato, mas da indústria bélica nasceram os mísseis de exploração no espaço. Devemos também termos a noção de que a partir de dois blocos antagônicos portadores de armas nucleares é que participamos de uma paz mundial, pois se não fosse isso, a destruição seria inevitável.
          O plástico, as matérias-primas do petróleo, essa questão indivisível, essa relação de poder, sabermos que o nosso recurso de águas profundas está fadado a desaparecer em meio a leilão, parece não obscurecer o fato de que estamos em uma curva descendente em relação ao combustível fóssil, e o pensamento cartesiano tem a dar espaço a novas modalidades holísticas planetárias. Não devemos mais depender só dessa matéria-prima, que deduz comburentes para as guerras, e óleos para transportar sêmens em suas carnes. Essa corrida notívaga para o prazer certamente está enfrentando seus óbices na mesma pandemia crônica que exibe a cronicidade antes não tão visível como o que encontramos com a natureza do grotesco, estranha natureza dos homens do mundo contemporâneo. Pudera fôssemos de um século mais gentil e civilizado, pudera não se cuspir em bandeiras pátrias, na ingenuidade falsa da astúcia mafiosa, quem dera pudéssemos participar de um andamento superior em termos de qualidades humanas para ricos e pobres, e quem dera que os que faturam bilhões investissem seu quinhão na parte desejada… O que passa pelo planeta pode ser aberrativo, mas devemos sempre ter em mente que a liberdade é a relativização comparativa.


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