domingo, 21 de junho de 2020

A VENTURA PEDE PASSAGEM


Seríamos um emaranhado de nós, passageiros de outras vertentes
Que não calçam um sapato menor, mas que sobra espaço nas botas…

Seríamos olho, circunspecção, altura, diafragma, rede de boatos
Tanto de se perceber na alocução verbal mal empregada, de danos
Que podem ocorrer na lápide diamantina de um homem sem nome!

Um abacateiro espia por sobre o sofrimento humano, a diáspora
Que na Palestina traduz um não fugir, o surgimento do holocausto
Como efetivamente é o covid-19 na sem lei terra da Síria…

A lâmina corta a barba, emudece, chora e ri em seus pressupostos,
Aparando pelos históricos, que agora evanescem em corpos imberbes
Qual não seja puramente o inverso de uma moeda que não corre.

Ah, se internacionalizássemos o sentimento no plantel do que é fuga
A mais de se voltar à casa como em um refúgio, a se ter uma vivenda,
Uma morada em que teimamos em prosseguir vivendo, que assim seja…

As teses se aninham no colo de desditas, por vezes, mas por razão óbvia
São aceites nos círculos acadêmicos, pelo pressuposto que a mesma razão
Permaneça ativa naqueles que estudam diariamente, e que carregam cargas.

O esforço de tais viventes não sobrecarreguem de luzes a ignorância
Posto haver de se lembrarem que por vezes a luz incomoda a escuridão
Quando aqueles que nela pertençam gostam de fazer o errado sem serem vistos.

Do visto de passagem se enumera muito, do visto de se passar a fronteira
Mesmo sendo o que não era mais nada, mesmo no que foi dado depois
Configurando claramente o crime de evasão imprópria constitucional interno.

De crimes e crimes vamos construindo uma nação, de crimes adotados e consentidos
Pela parafernália criminosa das armas, que sustém uma ordem de fatores
Que não tem alterado nem a substância e muito menos a forma dos elementos!

Desses crimes algo persecutórios de modalidades tremendas, haja vista,
Seremos mesmo coadjuvantes desses processos, ou as instâncias federais
Haverão de dar sursis àqueles que os cometeram mesmo em falsetes,
Ou maquinarão execuções sumárias, afim de não espirrarem confetes
Naquilo que está longe de nós outros, infelizes que somos por viver da lógica?

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