Mover
paus, canoas, ventos e esferas
Sem
codinomes que justifiquem os atos
Transborda
a água que já falta no mundo
Ao
interesse primeiro, de comer pelos lados!
O gelo,
a água gelada, o frio de um inverno
Que nos
canta a falta nos bolsos, um quinhão
Que
fosse de merecimento ou não,
O pobre
notívago que vive no buraco
Encharcado
por tempestade, a se manter ainda
Com
certo moral depois da contenda
Onde os
ventos silvam por melhores dias.
A
resiliência de um topete do acaso, barba
Que
seja feita nos trejeitos do infinito,
Qual
pelo emaranhado que reflita
No
mínimo uma multidão de árvores iridescentes...
Ah, que
um vate nos prometa um caminho
De
caminhantes outros nos portais do esforço
Quando
se requer uma têmpera de dureza imensa
No que
não ressintamos, pois a rua é longa.
Aquela
não possui donos, só acontece no mais
Alguma
aspereza de somenos existir
No platô
dessa gente que urge por mais sentir
Nem que
o seja no dobrado de uma cachaça
Sem
mais que não sinta o licoroso gosto
De um
amortecimento que os façam esquecer!
Seja
dada uma largada sustentada pelo verso
Que
outros leem como curiosa invectiva
Nesse
lúdico proceder, como uma iniciativa
De um
soslaio breve ou de um improviso ímpar.
Conta-se
cada verso em uma paráfrase editada
Por um
farnel de letras sobre o leito digital
Mas que
um linotipo pode exibir com mais clareza
Àqueles
que não detém a crueza de possuir uma laser.
Merecemos
quiçá mais alguns segundo de poesia
Que
verta rápida sobre o tonel dos dissabores
Nessa
sensaboria de um único espaço distante
Onde a
inquietação vem a repousar seus laços.
É de um
tipo de butim sacro da pilhagem de tempos
Onde as
regras eram de areia, e a humanidade
Respirava
um escorço que não dita nenhuma questão
E sai a
reafirmar propósitos inequívocos, casuais
Como a
prerrogativa de encontrar mais versos no canto...
De
conhecimento felizmente a democracia está plena
A
saber, de se poder realizar uma frase libertária
Nos
moldes de qualquer nação em sua história
No que
não nos ressintamos de claudicar a lavra.
Posto
que, ao jogarmos os dados de uma poesia,
Podemos
não empunhar a bandeira da razão plena,
Mas
mesmo assim o escrito torna-se concreto
Apenas
pelo fato de ter sido realizada a missão!
E disso
de termos realizado algo menor, posto seja,
Algo
que respire o consentimento da retórica,
Ou mais
do que se diga por se apenas dizer,
Atalhamos
no bosque as pegadas que deixamos a nu.
E, se
as vertentes inquietas do proceder desejarem
Teremos
no encalço apenas bom requisito no desdém
De uns
poucos muitos que não querem ver a verdade
Por
serem muitos em quantidade, mas na qualidade pecam.
É ver
que no final a desdita não procede tanto
Quanto
se esperaria de uma refeição lauta
Naquilo
que o ser humano necessita deveras
Quando
a latitude de seu caminho beira o improvável!
Nenhum comentário:
Postar um comentário