quinta-feira, 2 de julho de 2020

UM ÁTIMO NO UNIVERSO


Quem dera soubéssemos do momento de um segundo
Que recria o vento em painéis quase solares
Quanto de discernir a plataforma do tempo mesmo
Ao que reja a vertente de nossa compreensão filosófica.

Na verve da literatura busquemos o verso
Que por vezes não traduz tudo o que temos
Na clausura inominável da reserva social
Posto vida que se defenda, posto posição…

Não há porque traduzir um ato em questão
Já que não temos o tempo curto da esfera
Que se traduz no planeta, a visão longa
Em sua estreiteza que aparenta a ação de outrem.

Vigora a força sem medida, a arma que não temos
Por escalas de provérbios, por através de metáforas
Quanto de se medir a medida do verso, assim
De se dizer que não possuamos a medida do tempo.

A ver, que consignemos o invisível destino
No causal reparador, no casuísmo correto
Daquilo que significa um átimo no ciclo
Onde vemos um universo expressar uma face.

No montante de mais letras que surjam
Parece-nos que entendemos mais um pouco
Daquilo que se encerra no fragmento de um só
Ao que aparenta ser mais do que urge mais um…

De dois em dois vamos a acelerar o turno
Que perfaz toda a industriosa veia do viés
Consagrador em toda a teórica parte de nós mesmos
Quanto de nos apercebermos da latitude sonante.

A moeda oscila qual tempestade nua e crua
No que nos ressentimos muito de não sermos
A parte da navegação surda dos desatinos
Em mares de tempestades onde uma fração canta!

De novo nos encontramos a sós conosco mesmos
Sabendo de um movimento quase litúrgico
Onde o verso perfaz quase mais um idioma
Qual não fosse o latim a alicerçar pilares.

No algo de nos ressentirmos de quase uma lupa
Sobre uma escritura arcaica, sobre um quase
Tudo de tessitura de significados vãos
Encontramos a abertura que se faz na ciência.

E na parte consubstanciada das alturas de então
Seremos mais claudicantes do que o mesmo verbo
Que deixamos a adormecer no riacho de nossa fé
A ver que de outras esperanças quase adormecemos.

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