Sejamos
do afeto, que este aponte para algum norte, qual direção
A um
lugar onde uma camada transparente de reais intencionamentos
Dirija
a seu cunho próprio as mãos que tantas vezes cuidamos em limpar…
As
Páscoas sejam respeitadas por todo o mundo, e que uma luz emane
Do
simples exemplo de esquecermos o fato de ressentirmos nosso imo
Quando
constatamos egoísmos que podem valer mais vidas do que tudo.
Que
não irrompa exageradamente o afeto às coisas materiais, mas um
gesto
De
quem possua mais, exorbitantemente mais, apenas um quinhão de vulto
A se
conceder mais do que apenas o feijão, mas igualmente o fogo que
cozinha!
Precisamos
de sal, precisamos de açúcar, de frutas e legumes, e não é só do
pão
Que
viverá com dignidade um ser, sendo que aqueles que residem nas ruas
Sabem
mais do que muitos em seus palacetes, ornados com joias e todo o
luxo.
Pensemos
que as nossas bases são afetivas, e não comunguemos com o ódio,
Posto
nas fronteiras deste estão os confusionamentos mentais que tanto
vitimam
Quanto
fazem padecer mesmo o opressor, pois ninguém sobrevive no empuxo.
Ninguém
pode ser tensionado todo o tempo, mesmo quando se encontra
Com
prazeres pagos de antemão, posto uma relação sem afeto não dispõe
O
meritório campo das adversidades que retornam do ponto onde se
parou.
Pois
não, que sejamos obviamente do afeto incondicional, pois é nessa
vertente
Que
reside a sensatez de não ferirmos o semelhante com palavras duras,
Apesar
de, por vezes, o rancor ultrapassar um limite, quando a barbárie
toma forma.
À
vista de uma nau como a de Noé, tenhamos paciência com todos os
seres,
Posto
a terra se apresentará em um ramo de oliveira, assim como neste
Domingo
Os
ramos estiveram presentes ao menos no olhar de um devoto que anuncia
a paz.
Se o
fato é que nos digladiemos depois da crise, já se prepara um
terreno acidentado
Onde
os consortes do rancor esquecem que o afeto não é apenas uma
qualidade
De
um tempo qualquer, pois revela aos homens o espírito de Deus que
reside no peito!
Se
tentarmos nos tentar a agressões futuras, a obra divina perde seu
sacramento
E
parte para um ensaio pífio e hipócrita que não resolverá um
ensinamento de desprezo
Que
se antepõe a tudo que podemos – e devemos – aprender sobre as
questões humanas.
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