terça-feira, 7 de abril de 2020

ASSIM DE SER O SER QUE SEJA


         Antes do início o ser é, se assumido na ponta do que existe ou que venha a existir depois de um beijo. Planejado ser, o que seria qual não fosse um condom de borracha, que o ser se esgota e se despede de não ter sido assim, por lá. No que de ser supra, o ser pode vir dentro de uma caixa de sapatos, na forma reptílica de uma lagartixa, no ovo não chocado mas galado naquilo que não se tente assumir de outro modo, pois aquilo que não se sabe não contém tudo o resto, qual não seja hoje o ser que existe em todas as partes, salvo por dentro das máscaras ou longe do álcool. No que no vintém acumulado por uma troca de alumínio catado, seria meritório ver um homem das ruas comprar um livro que não seja para ajudar no leito, mas para se ler e se ser meritoriamente, em um milagre que é de tanto e tanto que por hora não sabemos que sabe ler, se um mendicante ou um homem que pretensamente ache que a cultura é a folhetinesca novela que até um gambá sabe ver.
         Não comecemos com a empáfia de desqualificar o ser, de sermos preconceituosos até com um escorpião, um gambá e uma galinha. São todos seres e temamos a falta de tolerância quando se preconceitua um humano, haja vista termos superioridade relativa e os nossos donos são os cães, por vezes, nas vezes em que cuidam de nossa segurança, quando dispõem de sua vida para nos defender, mesmo quando diminutos, mas silenciosamente argutos e vigilantes.
         Por vezes não é o ser que é ser, por não existir de fato quando fala o que seria assunto trivial, mas, em certas circunstâncias, de fundamental importância para se gerir um projeto consonante, o caminho deriva para algum paradoxo, este quanto de não se tocar na letra, desta não ser concreta, consoante, de não conter o ser do significante! O fato é que algo ou alguém trate de corrigir todos os nossos erros, quando de um clã, quando de um grupo, em uma ampla consideração a um debate continuado, com a hierarquia correta não apenas à equipe em questão, mais aos adendos que pretendam, bem fundamentados, cooperar com a retirada ou simplificação dos extraordinários obstáculos que aparecem no meio de nossas missões.
          Estamos em uma Era de provações, mas não mitifiquemos o signo do herói, pois cada qual é portador de uma potência que pode derivar na criatividade, no trabalho do voluntariado, na generosidade perante os inimigos, no esforço em dedicarmos nosso tempo a uma labuta incansável e permanente, no que versa a descansarmos quando for a hora, qual um grande exército independente e civil, que não sirva a outra coisa, diferentemente quando sabemos onde está o inimigo, a não ser derrotar essa estranha criatura que nos invade os olhos, as narinas e a boca, quando resulta em uma baixa que contaminará alguém, ou mesmo derrotando a vida deste ser inumerável que depende igualmente do tempo que iguala prognósticos dos ditos inimigos do nosso corpo, aí tratando-se da ciência, pois o corpo material é o templo onde resguardamos o espírito, esse corpo que é fruto da ciência, dos órgãos, das células e das moléculas! Perdoe-se a quem vos escreve esse parágrafo tão longo, mas a lógica da matéria demanda compreendermos bem o seu cerne, o seu conteúdo.
         Pois bem, temos um inimigo muito perspicaz, veloz e poderoso. Poderoso porque veio em um momento histórico onde algumas nações não se prepararam corretamente na erradicação da pobreza, na diminuição contumaz de suas situações de miserabilidade, não se pensou em saneamento, na quebra e realocação decente das moradas irregulares, na desinformação que corre solta, no controle do Estado sobre a economia, ou seja, do Ser que seria bem maior se fôssemos um ser de vulto realmente e humanamente preocupados com as gentes...

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