Algo
que aglutine, como no cadinho que mistura o estanho do alquimista,
uma forma, um objeto qualquer com a cera medida, como o tempo em que
o cristal se reanime, como no vórtice de uma fera, talvez seja de
feliz suficiência. Pois que nos redima Dante, quando diz que largai
toda a vossa esperança oh vós que entrais, no portal silencioso de
sinistra floresta, pois é no mesmo mato que reside algo parecido com
a anuência de um napalm. Não, que não se dite isto, posto nas ruas
e nos quintais de outrem existe tanta a circunstância que a ilusão
dos erros passados não passam de teorizar o improvável, de
estabelecer uma dialética esgotada pela sua ida e volta por
motivações que sistemas de informática já dão os seus ares de
superioridade. A relação de uma programação em orientação a
objetos, a rigor, planifica teias e sistemas que fazem de uma aranha
em uma agência sumamente inteligente a controladora de todos os
sistemas que precederam nos modais de uma literatura… Esta não
relida, não religada, do motor que não funciona perfeitamente, haja
vista a inteligência não houver sido reinventada, posto resistir
como anátema furioso em quaisquer questões onde, se compreensão
maior houvesse, daria nos costados até mesmo da coerência.
Se
um vírus ganha a queda de braço com o Ocidente, se o General do
Vietname ganha a guerra contra toda uma força hercúlea, se a
história mostra que a China sempre foi pacífica, se o Japão não
guarda rancor contra Nagasaki e Hiroshima, podemos finalmente
perceber que deveríamos puxar os nossos olhinhos com a mão, mas com
cuidado, sem infectar a mucosa dos olhos, para podermos perceber que
o Oriente – nisso incluindo a Índia, por suposto – reza que
mereceríamos mais atenção de nossa avassaladora contradição
humana no encontro que falta para dialogarmos com o que achamos
diferente. A partir daí encontramos igualmente com os negros… Que
sigamos a pauta de decisões acertadas, pois em países do terceiro
mundo, ou em guetos do Harlem e do Bronx, encontraremos as maiores
contradições do mercado liberalizante. Se uma inteligência maior
surge de lideranças negras, como Mandela na África, ou na
inteligência exemplar de resistência de Zumbi, em nossos Palmares,
é que encontraremos a necessidade de olhar para todo um povo mundial
sem a empáfia quadrática de sermos melhores por sermos brancos e
ocidentais.
Talvez
Roma tenha feita a mea-culpa, talvez a França tenha se arrependido
de suas colonias no Império Napoleônico, talvez a Inglaterra tenha
se arrependido igualmente do império que nunca via o sol se por,
talvez a Alemanha tenha revisitado os horrores recentes, e tantos
outros, Portugal, Espanha e seus massacres, e tudo o que no leva
necessariamente a que, em um processo de Quarentena forçada, a
revisitarmos a história para termos a consciência de tudo o que
fizemos para afligir toda uma população mundial, todo um revés,
todo um passamento que encontra nos tempos de agora finalmente a
contradição derradeira… Não é de um renascimento espiritual que
precisamos, pois quem trabalha duro nem tem tempo para especular
sobre religião, mas de um renascimento intelectivo, de uma tomada de
posição virada para o norte da consciência, posto não será
através de um caráter hedonista ou de visão única que separaremos
como uma dura tarefa – onde a extrema vaidade camba para o lado –
o joio do trigo, a saber que o joio é tão importante quanto, pois
em seu fogo pode ajudar a preparar o pão que não há de faltar
naqueles que batalham duramente para dirimir as injustiças que
estejam percebendo. Nada a de ser como antes, pois os que são mais
inteligentes vencem quaisquer ameaças virulentas de Estado ou não,
e aqueles onde os Governos aquiesceram injustiças sólidas em seus
processos civilizatórios tendem a colher desse sal.
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