Haveriam
palavras ditas sem um rancor que assombre um desaviso,
Haveriam
chistes que não ensombreceram o quinhão visível das desditas
Mesmo
quando não se perscruta a própria sombra do que não desejamos
No
algo a mais de um sentimento de refluxo, de uma maré vazante!
Nos
barcos que partem gigantes por solo repleto dos oceanos
Nos
ares em que voam cegonhas de aço na disparidade de tenazes
Há
um reflexo que soa como uma parte que não se reflete no entanto
E
outro que não é sombra, mas algo em que se dispõe a fazer do nada
o mesmo!
Diz-se
de uma hipérbole a curva acentuada de talvez a referência histórica
Do
que talvez não seja a musa de um poeta, posto quiçá este não
possua
Mas
que subentende sermos mais do que somos, quando engrandecemos
Por
vezes o exílio provisório de nosso orgulho, aspecto sonante da
neutralidade…
Dos
tempos do que não é sem tempo, a se dizer que quando é melhor do
que como
Nas
vertentes impróprias de negarmos a contento a própria questão
veloz do ocaso
No
que se peça mais do que se pode, e se aufere a outra questão de um
non sense
Quando
se aufere justamente o proceder inquieto daquilo que não fere
significados.
Ah,
sim, e por que não a vida austera de um celibato, encerrado nas
propostas mesmas
De
se prosseguir qual um pássaro que não dita a norma e nem se precave
tanto
Mas
resulta na própria significância dos significados outros, na carne
por vezes ausente
E
que porventura seja uma vida quase vegetariana, sob os abcessos da
felicidade!
Quem
diria outras vidas fossem tão repletas da vida ela mesma que brota e
que lembramos
Ser
esta mesma a que vivemos, e talvez não tão distantes do que se
urgiria contemplar
Nas
esquinas de nossos afazeres, respeitando normas atuais, regras
societárias
Que
igualmente contemplam a tenacidade de uma razão que engrandeça
nossa existência.
Que
o Poder que nos investe Deus não seja apenas uma aurora de um
pensamento inquieto,
Mas
a vida em si que nos pede refreamos nossos sentimentos de uma oculta
certeza
De
que tudo seria melhor se não fosse o agora, e que a serpente do
significado da floresta
Repita
os movimentos mesmos da terra, agindo próxima e distante, na verdade
de sua tez!
Todos
os seres sem exceção participam do estranho enigma desse jogo
insondável
Que
remete a escrutinarmos versos e mais versos, do mais estrombólico ao
mais sonante
Em
realidades turvas nos cordéis que deixamos em varais do
ressentimento, da recusa
De
uma carência distante, posto nos parecermos mais humanos quando
sabemos que perdemos...
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