sexta-feira, 10 de abril de 2020

UM JOGO SEM SOMBRAS


Óh jogo que não possuís fronteiras, que escrevem dentro de teus antepassados,
Óh crença imutável de teus simplórios bens, vale a escrita que transcenda
Quando te recomendem que não há vencedores nem heróis, posto sem valores
Que se mensurem dentro de teu escopo alterno, dentro do parvo que não sabe dizer!

Por que não dizer de tuas regras, meu ábaco sagrado em tuas contas manuais,
Por que não dizer de tuas veredas, de caminhos de sacrifícios cármicos ou místicos,
Das outras regras que não se encaixam em teus caminhos de quartzos, ou da medicina
Que aflora na capitania das esperanças, justo a dizer, que apenas se fala disso: o mesmo!

Serão instanciados tantos jogos, que aquele que possui quaisquer certezas acadêmicas
Subtrai de seus conhecimentos aquilo que paira de dúvidas algo concretas, o significado
Primeiro do que impulsiona a roda da ciência, dentro da engenhosa medicina anunciada
Por gentes que trabalham movidos por algum pesar, incluso aqueles que não saem do mundo…

Nessa esfera de não nos tornarmos alienados, reza um Canto que não saiamos de nós mesmos
Quando passamos a perceber que toda a notícia avassaladora e repetida até aos instantes
Mostra que é de uma praxe de estar minimamente correta, e que a interpretação dista disso.

Se uma musa inspire o poeta, que seja com uma máscara de pano indizível, um molho
Apimentado da incerteza, uma malagueta que nos tire lágrimas, uma refeição adornada
Com a poesia que surge, em sua vigilante moeda, no parecer de que saibamos mais
Do que toda a parafernália que se nos monta no recrudescer de derrubar a Verdade.

A mesma verdade enfática, que não necessite tanto de uma capitular, posto ensombrecimento
A que se nos reserve outros capítulos sem letras de monta, apenas um versículo ou outro
Para ver se João se encaixe nos versos que hoje assistimos e que o ridículo não vença!

Que hoje se não vença esse apocalíptico modo de ver a vida, pois por agora vemos
Que não é a maldade que permanece, justo a oposição daquele, a ver que por ora
O que se sabe é que em nossos reinos, mineral, vegetal e animal, a vida presta-se
A um todo que não percebe necessariamente que os homens se debatem com um vírus!

No recrudescer de sentimentos que se possam cristalizar no confinamento, trata-se
De talhar-se uma pedra com um totêmico sentimento que não seja de perdas, mas do ganho
De que algo que apareça de bom para conosco, venha de uma Pátria outra, mais limpa
E sem o ressentimento que outrora nos lembraremos quando revisitarmos a História…

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