sexta-feira, 17 de abril de 2020

DE TANTOS ACERTARES SE ERRA PLENAMENTE


Seria muito pedir que se faça a luz naqueles olhares duvidosos por certezas
Quando não se conheça o mínimo, de um lado ou de outro na planície
De ignorâncias monumentais, quando o que se percebe á a mesma coisa
Que bate em um poste de luz de sol, e quando se vira este, vira sombra!

Não há porque revelar sapiência aqueles que começaram já velhos
Pelas veredas do conhecimento dogmático e empedernido
De se receber cartilha pronta, ou de ignorar quantas concessões
São concedidas aos detentores do Poder, para que acabem por perder.

Perde-se o juízo talvez, ganha-se no mérito das vaidades, quais bonecos
Que ensaiam em convenientes figurinos as vestes algo de ocasião
Mais barata do que o que é realmente concedido a toda uma população.

Não temamos o Modo da Ignorância, pois é a partir deste que o mundo
Está trafegando por agora, se de um Canto não se cante, haver-se-á
De se cantar ao menos o mantra, que já é o suficiente como na aula
De inglês de uma amiga sabemos que poderemos ler ao menos a BBC.

Sim, porque o óbvio é não depositar na ignorância de uma pretensão
Algo quadrática o simples verso da antinomia, a relação que não houve,
A vertente guardada por inocentes, um quadro que se revela de bom pintar
No que se sobre entenda ser o que mais temos por ter, pois se é completo.

Quem crê na fé como trampolim pode escutar atrasado uma ventania
Que é o sopro que varre de nosso peito a existência consciente do sagrado,
Vertendo na superfície de um cristal, um proceder antigo que queimou
As páginas em que a ciência de se transcender mexia com toda a vivência.

Seguirmos filtrando um modal que já foi de antemão anexado no existir,
Conforme uma sinfonia regulada por adequações algo fraudulentas
É o que nos faz lamentar o erro de se cumprir roubo onde o país empobrece.

Posto será sempre no erro de quem pensa ser acertante, que se erra duplamente
Ao perecermos de lideranças, e insistirmos venalmente que o mundo inteiro
Se faz de ideologias ou coisas semelhantes, pois não disse o poeta ao mundo
Que os verdadeiros heróis já estão mortos há muito, e o que se faz da troça
Troça de todos quando a infâmia de se permitir alguma concessão paralela
Resultará sempre na construção sem colunas ou vigas, feita de fieiras perdidas
No horizonte onde um homem com um bastão no século XIX derruba uma vez só…

No entanto, sempre é tempo de amarrarmos as construções, pois a olaria
Jamais trabalha sem o barro, a água e o fogo, e de cada tijolo encaixado
Depende que não pertençamos a uma velha e rancorosa desunião
Que acaba por demitir um operário que não cede e continua assentando
Sem na realidade fazer construir a miríade de casas com acabamento correto
E recuos entre os prédios que possam finalmente mostrar ao mundo
Que o engenho é tão grande quanto a arte, quando da vivenda
Que segue na latitude alta de se saber que a casa é comum a todos os obreiros!

Nenhum comentário:

Postar um comentário