Nos
perdoemos todos quando se sabe que o perdão vem de cada um, e que a
cada cidadão se perdoe a si mesmo na retórica de que muitos fazem o
errado. A correção é a disciplina e um templo vaishnava se
avizinha do que há de melhor na categoria dos erráticos ou dos que
consertam. Cantar o mantra: hare krisna, hare krsna, krsna krsna,
hare hare, hare rama, hare rama, rama rama, hare hare é A
solução bem certeira, na era que enfrentamos atualmente. Quando um
vivente se angustia, bem de acordo com tantos problemas neste
planeta, há que se cantar quando algum devoto já lhe deu os meios
para tal. Com tais meios se haverá de encontrar a saída, bem como
valorizar-se o tempo, que é eterno, para se conectar com o sagrado
que deve existir em cada um de nós.
Essa
temática pode estar em consonância ou harmonia para alguns, e em
outros ser um mundo distante onde não se encontra paralelos que
alternem com a consciência divina. Esse toma lá e dá cá não
veste o significado mesmo dessa aparente régia demanda. A fé é que
ensina, e se temos condições de fazer Krsna, o Supremo Deus de
nossas existências, dançar na nossa língua com o soletrar do
mantra, isso é um fato que não recrudesce desesperos, não fixa
necessariamente espaços físicos, torna-nos independentes de se
valorizar apenas arcabouços familiares, e que sentimos o néctar não
de uma esperança, mas de um mundo todo já consagrado, posto real em
suas circunstâncias do que é e procede hoje e sempre. Esse sempre é
o hoje e sempre, desde a Criação, a Manutenção e a Dissolução
dos Universos Materiais. Rejamo-nos com a letra A, o princípio, o
criador dessa manifestação cósmica, o fato de um canarinho da
terra em extinção estará salvo no Brasil em um lugar chamado Nova
Gokula, um reino, uma transição, a transcrição extrema entre um
não e o sim declarado, em que a religião toma forma em meio à
intolerância e a depreciação de nossas existências perante o
ostracismo do prazer como única saída da vida, no hedonismo que não
encontrará mais os significantes nem da palavra: PERDOAR.
Cabe
a cada um de nós esclarecer os mistérios sonantes da FÉ, seus
caminhos gloriosos, suas tortuosidades, suas dificuldades, em que
sejamos cristãos ou maometanos, anglicanos ou luteranos, católicos
ou espíritas, umbandistas ou vaishnavas, posto só isso deva nos
importar. Se somos ateus, se somos agnósticos, se somos filósofos,
artistas ou atores de um globo, tudo isso não importa. Importa é
entender que cada qual busca algo, que alguns buscam apenas sustentar
seus familiares, que outros buscam uma ajuda providencial dos
Governos, e que outros mendigam suas esmolas a fim de manter sua
pretensa ilusão da realidade, ou a consciência de viver como todos,
as suas próprias vidas. Todos têm seus processos de vida, e muitos
alcançam a glória, enquanto outros sofrem por uma razão que
ignoram, nascimento após nascimento.
Esse
enredamento material, de nascimento, envelhecimento, doença e morte,
esse encapsulamento em uma existência de misérias e sofrimento, tem
seu término quando assumimos finalmente que não somos este corpo
que possuímos, mas atma, alma espiritual. É nessa
prerrogativa que encerramos a senda por buscar algo, e se estivermos
profundamente vinculados ao Supremo Senhor, em devoção pura,
seremos libertados para sempre desse enredamento supracitado. Não
gastemos nossas sementes em terreno calcinado pela barbárie,
semeemos o que puder de boas semeaduras, não pertençamos a uma
guerra sem limites, a uma luta sem causa e sem favor de ser, pois a
caminhada frente a um mundo de paz reza, assim como quem vos escreve
que sempre sofreu, a uma vida austera como uma lua no deserto, e
profícua como o sol em uma vertente de luz!
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