quinta-feira, 16 de abril de 2020

A CADA TEMA UMA SENTENÇA


            Nos perdoemos todos quando se sabe que o perdão vem de cada um, e que a cada cidadão se perdoe a si mesmo na retórica de que muitos fazem o errado. A correção é a disciplina e um templo vaishnava se avizinha do que há de melhor na categoria dos erráticos ou dos que consertam. Cantar o mantra: hare krisna, hare krsna, krsna krsna, hare hare, hare rama, hare rama, rama rama, hare hare é A solução bem certeira, na era que enfrentamos atualmente. Quando um vivente se angustia, bem de acordo com tantos problemas neste planeta, há que se cantar quando algum devoto já lhe deu os meios para tal. Com tais meios se haverá de encontrar a saída, bem como valorizar-se o tempo, que é eterno, para se conectar com o sagrado que deve existir em cada um de nós.
           Essa temática pode estar em consonância ou harmonia para alguns, e em outros ser um mundo distante onde não se encontra paralelos que alternem com a consciência divina. Esse toma lá e dá cá não veste o significado mesmo dessa aparente régia demanda. A fé é que ensina, e se temos condições de fazer Krsna, o Supremo Deus de nossas existências, dançar na nossa língua com o soletrar do mantra, isso é um fato que não recrudesce desesperos, não fixa necessariamente espaços físicos, torna-nos independentes de se valorizar apenas arcabouços familiares, e que sentimos o néctar não de uma esperança, mas de um mundo todo já consagrado, posto real em suas circunstâncias do que é e procede hoje e sempre. Esse sempre é o hoje e sempre, desde a Criação, a Manutenção e a Dissolução dos Universos Materiais. Rejamo-nos com a letra A, o princípio, o criador dessa manifestação cósmica, o fato de um canarinho da terra em extinção estará salvo no Brasil em um lugar chamado Nova Gokula, um reino, uma transição, a transcrição extrema entre um não e o sim declarado, em que a religião toma forma em meio à intolerância e a depreciação de nossas existências perante o ostracismo do prazer como única saída da vida, no hedonismo que não encontrará mais os significantes nem da palavra: PERDOAR.
           Cabe a cada um de nós esclarecer os mistérios sonantes da FÉ, seus caminhos gloriosos, suas tortuosidades, suas dificuldades, em que sejamos cristãos ou maometanos, anglicanos ou luteranos, católicos ou espíritas, umbandistas ou vaishnavas, posto só isso deva nos importar. Se somos ateus, se somos agnósticos, se somos filósofos, artistas ou atores de um globo, tudo isso não importa. Importa é entender que cada qual busca algo, que alguns buscam apenas sustentar seus familiares, que outros buscam uma ajuda providencial dos Governos, e que outros mendigam suas esmolas a fim de manter sua pretensa ilusão da realidade, ou a consciência de viver como todos, as suas próprias vidas. Todos têm seus processos de vida, e muitos alcançam a glória, enquanto outros sofrem por uma razão que ignoram, nascimento após nascimento.
           Esse enredamento material, de nascimento, envelhecimento, doença e morte, esse encapsulamento em uma existência de misérias e sofrimento, tem seu término quando assumimos finalmente que não somos este corpo que possuímos, mas atma, alma espiritual. É nessa prerrogativa que encerramos a senda por buscar algo, e se estivermos profundamente vinculados ao Supremo Senhor, em devoção pura, seremos libertados para sempre desse enredamento supracitado. Não gastemos nossas sementes em terreno calcinado pela barbárie, semeemos o que puder de boas semeaduras, não pertençamos a uma guerra sem limites, a uma luta sem causa e sem favor de ser, pois a caminhada frente a um mundo de paz reza, assim como quem vos escreve que sempre sofreu, a uma vida austera como uma lua no deserto, e profícua como o sol em uma vertente de luz!

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