Posto
o sono que vem de plataformas da poesia
De
um poetar condigno, transparente, de ponta,
Qual
não seja do aquilo que não merecemos
Quando
o poeta vacila e cai na região da ignorância…
Estranha
metástase se ausculta em se reverberar o verbo
Quando
o que dizemos pode vir em profusão
Das
palavras perdidas, de uma intensa comunhão
Naquilo
que não dizemos, ou a se dizer, pretendamos!
Se
fora algo substancial da matéria, que seja mais
O
reconhecimento de uma plataforma que não diste
Muito
atualmente o reservatório dos prazeres
Quanto
de sabermos que o ósculo das virtudes está!
Sejam
às cinco da matina, sejam as horas da noite
E
que não se despenque a poesia jamais, a estas horas
Em
que houve um quase descanso do poeta
E
não renitentemente esclareçam perdidas as bases.
Vá
lá, que não se faça tanto, mas é do estudo diletante
Qual
seja, do idioma universal é mais que um brilho,
Mais
que tudo, no que verse que a dignidade de um pai
Mereça
que aprenda com os reveses do filho sua própria vida!
E
seguimos, corriqueiros, por vezes até mesmo no caminho
Que
possui uma longa ida, sem recessos, sem barreiras
Que
não sejam transpostas com os instrumentos de se dizer
A
outros que ouvem e igualmente dizem: o sim, o não!
Se a
proposição em se dizer caminha rumo a uma lógica fria
Teremos
por pressuposto a terminante caminhada das palavras
Quando
o que se quer é teimar que sejam os nossos ditos
Aquilo
que se espera tenha-se volume qualquer no dizer…
E se
o que falamos não se escuta, o simples verso aflora
Na
bem querência de se aceitar qualquer opinião alheia
Como
algo consuetudinário, qual uma lei do progresso
Em
sabermos que nem tudo são flores neste nosso hemisfério.
Que
tudo o que se houve por dizer, em nosso Brasil imenso
Reitera
o que queremos de uma pátria consorte do progresso
De
um tanto de Leis que já possuímos, haja vista
Um
livro ter sido editado depois de hercúleo esforço em 88.
Século
passado, isso a bem sabemos, e que não tanto que seja
Aquilo
que desejáramos tanto – quem sabe – uma Constituição
Que
fosse melhor ainda: mais justa, mais igualitária
Quando
vemos um vivente não a conhecer corretamente.
Que
saibamos o que dizer, mesmo nas entrelinhas do diálogo
Posto
a função primeira da comunicação, bem entendida seja,
É
estabelecer um contato com o diálogo, da liberdade em dizer
Quando
nos aproximamos da retórica onde o falso falseia.
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