sábado, 11 de abril de 2020

QUE FOSSE UM RELATO, APENAS


           Um relatório diário, que seja, uma poesia da arte que obtemos gratuitamente, sem precisar comprar um livro, um sonante grito de esperança perdido na noite dos andarilhos, a se dar, a se propor, em que tantos estudem o mesmo assunto este, de um quase desespero, com causa própria: o realismo bruto que por vezes enfrentamos. Jamais que fosse desse modo, mas que um homem solitário, como era Srila Prabhupada, se travasse a si próprio não o esforço cruciante de um ancião, mas a certeza que sua missão, nos braços de Krsna, fosse levar a contento a existência sua e particular de ser um santo no século XX. Em sua missão no Ocidente fundou 108 templos, como no cantar de 108 contas da japa mala, uma incursão tão bela e gloriosa à frente de todas as revoluções que se propõem a mudar a face do mundo, mas que se equivocam na mesma tentativa do poder materialista, em sua dialética da farsa. A verdadeira revolução é espiritual, mesmo que no cerne individual, mesmo que na liderança desse aspecto saibamos que um justo, antes de fazer quaisquer proselitismos de ordem política, deveria trabalhar na cozinha e distribuindo refeições de modo incansável, como temos a glória de ver em vários rincões do mundo, liderados pelo movimento Vaishnavista. Essa questão de ordem é de suma importância, assim como na esfera católica optou-se pelo resguardo de seus fiéis em suas casas, na intenção peremptória de salvaguardar a saúde de seus devotos.
          Um relato que inicie talvez não seja propriamente dentro de um padrão discursivo que toque uma sentença que se espere, mas não por isso não há de ser importante dentro da perspectiva dos mesmos outros relatórios que nos chegam, de acordo com comportamentos erráticos ou criativas encenações que tornam o planeta quase divertido em seu aspecto trágico! Se há alguém que deva dar o exemplo, este tem de fazer parte da totalidade, pois a autenticidade de um homem ou de uma mulher não reside no modal inconsequente, mas justamente em uma padronagem comportamental que não gere a inquietação de fazer parte do que não é o criteriosamente correto. A bem dizer, em relatos que retratem o que se vê de anormal reza que na lesa pátria há vários e vários candidatos, em condições de dar o exemplo de suas atitudes, sem o beija mãos fora das regras… Templos são fechados em torno do mundo, lideranças políticas acreditam sempre – com aquelas certezas cegas – que se portam bem, e no final divagamos: seremos realmente corretos no isolamento, ou ainda tenhamos a dúvida científica e matemática de que 2 + 2 = 4 ou dois elevado em uma potência x será exponencialmente maior do que um mero cálculo aritmético.
          Deve-se rechaçar os líderes que não compreendem o mínimo de uma engenharia, posto é no engenho de tantos que se somam os conselhos, e medicina faz parte das biológicas ciências, e saber da química de um remédio no mínimo é estar de acordo com a engenharia química molecular, e estabelecer curas depende do sacrifício mínimo de que uma autoridade qualquer dê seu exemplo, sem imiscuir-se em um tipo de falso dolo em permitir que se faça a determinação inconsequente de qualquer liderança localizada em maior posto da hierarquia. Mesmo porque, em uma tensão procedente de uma hierarquia contestável, reside o bom senso que retome e descarte uma ordem ou exemplo errático, de breu, de trevas, pois não é esse caminho que devemos aceitar para uma nação, um continente, ou uma ordem mundial, solapados pela virulência que não é humana, posto não se caracterizar ser um inimigo frontal, mas uma ameaça paradoxalmente tão inteligente quanto a capacidade de nos organizarmos para fazer frente nesta guerra em que certos oficiais não estão cumprindo com a sua função de reger uma orquestra de frente com maestria.
          Restemos a ver que não somos e nem seremos a sobra do que não existe, posto a existência de um relato algo valioso só tem a acrescentar que a sensatez retorne a um patamar sólido, e que, se for realmente um problema hierárquico em nossa nação brasileira, que os modais de inteligência abram mão de serem perspicazes no jogo do poder e passem a jogar sem o blefe, sem a mentira de não atenuar elementos de má conduta no cenário que estamos a construir de maneira vertical, infelizmente.

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