Tira-se
o impacto de Hiroshima e vê-se, projetada na parede
Ainda
as partículas de um ser, que seja, alguém pulverizado
Por
uma explosão que – pasmem – a humanidade soube criar!
Das
reportagens antigas, daqueles jornais monocromáticos,
Daqueles
sonhos de um país melhor, desde tempo imemorial
Seríamos
fantoches da mesma sombra que não desgrudar-se-ia?
Não,
não há o aspecto ventríloquo de uma mediunidade,
Não,
não há a vereda de uma luminosa academia em sua ignorância
Que
empata o amor, que verte a mesma sombra de uma guilhotina!
Resta
saber-se o antípoda da tristeza, que não seja sombra, quase
Uma
alegre face de falsas esperanças, quando o que se quer é cópula
Daqueles
que na verdade não veem nisso nenhuma vantagem capital.
Certezas
cruas, verdades falseadas, já fazem de nossa diagnose vertebral
Algo
sistêmico mesmo de quaisquer sistemas, a ver que em uma axis
De
panorama de um lado fica transtornada ao ver o cartesianismo…
A
lógica do espaço tridimensional, a ver que um vértice vira uma
aresta,
E
esta uma face, compondo talvez no futuro a diagonalidade de um ângulo
Que
reflita a geometria nascente e que muitos ignoram por nunca saberem.
Resta
saber se a poesia repete o homem, ou a mão repete igualmente um
Que
não possa ser dois, mas que reveste naquilo de tela a carne que
falta
No
banquete solitário em que o ser remete a uma beleza transgênera!
E
tudo que alguém compreenda, as milhares de faces hedonistas, a
conquista
Da
crudeza em se trair sua própria sombra, o evanescimento de algo
Que
a alguns pode parecer espiritual e a outros relembra apenas a
carestia…
Que
se remonte de critério quem já está montado em notícias, e que
algo
De
extrema destruição revele ao mundo que a realidade pesponta
A
mesma colcha de retalhos que distribuía aos seus: três remendos, e
voltava um.
Não
somos fantoches da materialidade, somos um só corpo em um só
espírito,
Somos
a sombra da Virgem Santa, somos o Cristo em sua cruz, somos o peão
Que
navega pelas sombras de seus sonhos, enfronhado com os seus tijolos…
O
que se merece por compartir daquilo que nos frustra a princípio, não
há de ter
Verdade
alguma que não seja falseada com o nosso orgulho que empata
Até
mesmo aquele copular-se tão trivial que se tem saudade de recomeçar
o carinho.
Que
sejamos maiores, do mundo que esperemos as faltas, seremos apenas a
questão
De
tempos outros onde um Poder dita que não vai haver piores dias, e a
nossa Era
De
Kali só relembra a poucos que teremos centenas de milhares de anos
de restrições.
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