quarta-feira, 8 de abril de 2020

POESIA DA SOBREVIDA


Falemos com uma audácia de sabermos o que sabemos tanto
Que não nos nuble o pensamento, as medições claramente
Alarmantes, posto talvez quisermos uma boa e sonante chave.

O que nos importa não afirma a poesia, pois vem de cada qual,
O indivíduo consciente, o início da lógica, um livro estudado,
Ou uma engenharia da Saúde que não seja apenas cosmética!

Não, que partem-se os agentes a nos indicar as vacinas de agora,
Os entes maravilhosos da saúde brasileira, em um patriotismo
De uma abnegação que não traga pressentimentos, mas sim a cura.

Que postem-se as notícias positivas, o quanto de vierem mais
E que o grande Ministério católico reverbere o tanto da crença
Que ajude um Governo, quando este dispõe de humildade para tal.

Não haverá um herói, pois estamos todos na linha de frente
A nos tornarmos partícipes, equidistantes das outras linhas de trás
Que se preocupam e agem a favor de nossos tão cruciais abasteceres…

Os combustíveis como a gasolina e o óleo são fundamentais, o gás
De cozinha que não suba muito de valor, as camisas se não nos rasguem,
Os dedos da mão e todos os ossos sejam os nossos trunfos em caminhar.

Que nos poupem os litigantes de outrora, que a violência dê-se um tempo
Na afinidade de estarmos conformes com uma normalidade principal,
A ver se tantos de nós participem do que é e do que seja no mundo real!

Saberíamos de suposições tíbias que nos encanecem os cabelos, tal
Um envelhecimento antes da hora, em que ser idoso é saber-se frágil
Na fortaleza mesma dos envelhecidos, com as dores naturais da idade!

É justamente para guarnecermos essa memória cultural de nossas gerações
Que preservemos, que cuidemos, que envidemos os maiores esforços
Para que um ou outro evite afirmar egoisticamente que não teme gripes.

Na vertente da ignorância de não se preocuparem com essas síndromes,
Haverá aqueles que se importarão mais, alicerçados na ciência comprobatória
Que dite o que deve ser feito, no espelhamento correto e sereno da experiência.

Assim de se ver uma outra nação que não a nossa, uma questão da Itália,
Uma questão oriental, a realidade espanhola, os grupos e suas atitudes,
Seremos realmente grandes ao constatar que o SUS é gigantesco!

Paremos de pensar que somos pobres, pois a maior dádiva alcançada
Pelo nosso povo é a capacidade de gerir a solidariedade com mãos limpas
Em que os trabalhadores revelem ao mundo que de organização sabemos!

Não se queira dizer o oposto, posto na libertação dessas Naturezas
O vírus como um milagre se volta a respeitar, como um paradoxo,
As nações que intentem e insistem em uma inteligência maior: de Brasis.  

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