terça-feira, 14 de abril de 2020

ESTRANHOS PERCURSOS


Passo a passo, que caminhantes tantos outros
Não refletem propriamente um quase adoecer
Posto serem resistentes como a pólvora
Que antes de obedecer subentende seu rastilho…

Na vida do óleo bruto que não se ressinta um carro
Posto vestimenta rupestre de um piloto
Que navegue a se buscar víveres em cidade chamuscada
Com o pertencer que lhe foi dado mesmo na dificuldade!

Assim prezamos uma escalada, quase de ordem vertical
Em vertentes que não haviam sido anunciadas
E que, no entanto, repousam sobre o trigal moreno em solo.

Grades se nos distam das ruas, gentes passam apressadas
Ou mornas na quietude de um silêncio preocupante
Quando manifestam nenhuma preocupação convergente!

Assim, de que dessem a pressuposição segura
Nas vistas de um sem nome de criatura sonante
Como as moedas tão trocadas em nome do nada.

Triangulem seus espaços, companheiros de outrora,
Não teçam diásporas, pois a maioria não tem de ir
A qualquer lugar que não seja por aqui, de seu quinhão
Em uma velocidade serena de ser feliz em nossa Pátria!

Realoca-se a periferia, sente-se dramas gigantes
E o país revela sua condição onipresente
Do oprimido que reside em caminhos
Onde um pífio quinhão é o possível em se distribuir.

Falemos de outros percursos, de se saber o quanto é
A veracidade de uma crise, e quantos padecerão ainda
Na realidade que se ensombra onipresente na beira
De um chão que verte a mesma e outra sombra de outrora!

De uma Lei maior que surpreenda-se um itinerário
Sem um poste maior que nos surpreenda a luz da noite
Esta, amarela como a pressuposição de toda uma frente!

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