quarta-feira, 15 de abril de 2020

PERDOEM AS PALAVRAS E SEM RANCOR


Não que sejam notívagas esperanças fora de um caminho
Onde um oficial saiba que estar do lado de fora
Ausente de todos, não seja o comprometimento de seus filhos
Alguma área de atuação onde se vislumbra a articulação
Com toda uma inteligência que não vence a tal virose…

Precisa-se de mais e mais expertise, mais vozes sonantes
Do que apenas um discurso quiçá aparentemente igual
Ao que havia antes, e que agora surta felizmente em modais
Que não parecem corretos, e que esta palavra surja para
Ao menos saber-se em fazer uma releitura – repetida – que seja!

O encaixar de outras vozes, o recrudescer de uma ciência,
O despertar de um futuro, em que nem um movimento espiritual
Com a pertinência de uma responsabilidade nada residual
Revele a fortaleza de sabermos do tempo de vinte segundos
Aos quais nos oferecemos no próprio tempo da higiene responsável.

A que a poesia cansa, realmente cansa perante um espectro
Incansável de uma ignorância que sucede, que caminha
Em passos largos a uma dimensão que parece não se abalar
Perante o circunstancial modo de uma política pública
De não se saber se o vento reside por entre as entranhas da palma!

Devesse o poeta dever algo, a alguma consorte de esperança,
Devesse o latir morno de uma madrugada, o semblante raso
De um olhar que não se revela presente, mas com ditantes
Ditos de não haver mais consonância onde não jogamos os dados
Nas vitrines que não encampa a solidão dos jogos de âmbito nacional.

Seremos as tríades como frases dispostas na música que não vemos
Quando nos apercebemos quase díspares na qualidade do que vimos
A saber, no dia de hoje hum mil e setecentos óbitos
Que encerram com a candura de uma apoteose da grande mídia
Uma realidade em que não encontraríamos no país um lote similar.

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