quinta-feira, 2 de abril de 2020

DO PORVIR E DAS CIRCUNSTÂNCIAS


          Há que se dar o suficiente, principalmente quando o cidadão assume um tipo de Poder que pode se fazer anunciar com as boas novas da excelente iniciativa. Esta, de livre possa se chamar iniciativa coerente, quando por uma suposição de lógica progressiva alcance os objetivos que melhorem a vida de todos os cidadãos, por que não há motivação gloriosa em se tratar com diferenciação entre grupos, seja de elite um, ou de exclusão outro. Não há a ideia de se tratar com diferenças quaisquer pessoas no momento atual, haja vista o padrão contaminante não escolher quem vai atacar, posto a gravidade começara na China, depois Itália e Espanha como epicentros mais agudos, nos países de primeiro mundo… Obviamente, nosso imenso Brasil recorrerá a todos os artifícios disponíveis, e reunirá esforços na tentativa de fazermos do ciclo da doença uma espiral descendente, um platô na conformidade das estruturas do SUS, em uma campanha de guerra ao vírus com batalhas que devem ser vencidas, dia a dia, passo a passo. Devemos pensar em cada indivíduo, nas suas bolhas espaciais aumentadas, como na distância que certos animais intuitivamente colocam entre si quando estão posicionados, o que pode ser notado em algumas espécies de pássaros, como a gaivota. Certamente, mesmo para os criacionistas mais empedernidos, há que se convencer do darwinismo, pois este vírus muda, se adapta e se cria com velocidades estonteantes, na vertente de um ser primitivo, um proto ser, um bichinho onde a medicina tem seus recursos para enfrentá-lo. Se a medicina psiquiátrica pôde enfrentar a dopamina e controlá-la, se a química em sua engenharia pode resolver problemas moleculares, esse vírus, em uma notação científica clara e presente, haverá de ser derrotado, nos moldes de sua própria quadratura, ou seja, através da ciência, na sua metodologia e na sua inteligência dos pesquisadores e cientistas.
          O mundo já nasceu há muito e afirmarmos que haverá um renascimento de poucos felizardos é um tipo de falácia, posto que nas populações mais pobres certamente haverá maiores incidências dessa moléstia. A grande dicotomia em nosso país é termos a ciência de que, quando não colocamos termos na miséria acontece um panorama trágico por encima dessa população que não possui a infraestrutura que sequer cogitamos em cuidar, em consertar, em reformar. Pela bênção de Deus e a boa vontade dos governantes, haveremos de cuidar melhor de nossas populações vulneráveis, nossos problemas sistêmicos, nosso saneamento que não pode esperar porque, conforme a opinião de especialistas, outros vírus podem surgir, inclusive com maior intensidade. Nessas questões de ordem é que precisamos pensar em grandes mutirões, quando arrefecermos os ânimos desse ser infinitesimal. Quem dera tivéssemos ao menos um trilhão de reais para combater ou ajudar a combater o novo corona vírus.
          Para bem a se dizer de tudo o que se nos tem apresentado, ao menos que trabalhemos todos com o espírito de união: somando esforços, acreditando na ciência, com nossos cultos necessários e prementes que nos levem a uma fé que nos entusiasme, com a predisposição de sacrificarmo-nos por essa causa, no embate sem trégua de cada cidadão de nosso país. Agora, devemos medir nossas palavras, pois quando um grande administrador de uma empresa diz aos seus funcionários algo impróprio ou com falso conteúdo moral, os funcionários – quando o mesmo administrador exerce alguma liderança – tendem a segui-lo em virtude de circunstâncias onde o lado do sonho ou do ideal prevalece mesmo com uma realidade em oposição. Ou seja, devemos estar posicionados na realidade nesses momentos mais críticos. Assim é o porvir que remediamos todo o dia, sem trégua.

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