O
silencioso nos surpreende a cada instante,
Qual
Maya inquieta, qual o incandescente prosseguir
No
adiante que não se conceba, no tanto de saber-se
O
que está na verdade, ou o que é falsidade ideológica
A
ponto de descrevermos um crime alardeado na intenção!
Qual
jogo inóspito, o Poder tece as suas vertentes
E
vira moda a palavra empoderar, como se as vitrines
Não
revelassem apenas quem teima em ser popular
Nas
figuras públicas que se alternam e altercam
Com
as vicissitudes, naquilo de ordem que não houve
Além
do merecimento do que não é e jamais será…
Nas
ruas a população dá seus gritos de protestos
Quando
não veste a máscara que pode levar à morte
Uma
multidão de não usuários, como quem profana
Uma
tumba de um sem nome qualquer, um que fora
Em
uma estação de trem da demência coletiva
Que
ainda pensa em transformações de sistemas
Mesmo
sabendo que para cada atitude existiria um sonho.
Não,
que se nos bastem as trágicas comédias humanas
Quando
a poesia se torna nua como uma vitória de pedra
Dentro
de um mar egeu, transtornado como uma relíquia
Que
Eça de Queiroz trouxe da terra sagrada
Em
uma epifania que remonte o grau da mentira
Nas
teias de um agravo que só se vê no portar desumano.
Resta
um no tabuleiro desse estranho e crítico jogo
Onde
o homo ludens repete suas entranhas de fogo,
Onde
o pôquer se torna a razão de todos os processos
Onde
blefa aquele mais influente, e onde as filas
Remontam
algo de se dizer do próprio direito
Em
permanecer vivo e em conflito em um mundo sem amor.
Dialoga-se
com as matérias, nessas estranhas e grudentas
Páginas
tecidas com um descalabro otimamente colocado
Em
posição ereta, como um grande mastro ao vento
E de
velas algo abandonadas e rotas, mas que mesmo assim
Um
barco veleja pelas artimanhas de um planeta nada sutil!
E
sempre serão os dias como outros, nunca haverá nada
A
não ser uma remota possibilidade de vermos o mundo
Na
sua plêiade de diamantes de sangue a pipocar no vento
Como
uma guerra genocida, como estabelecer lógica no caos
A
ver que de pretendida honra uma companheira tece
A
onda de se prevalecer sobre a riqueza aniquilando o seu.
Não
há paráfrases mal construídas, há apenas o instinto
Quase
reptílico de sobrevivência, nem que para tanto
Possa
ser crença de que a Lei parta a proteger o crime
E o
tanto dos criminosos possam estar praticando-a
Ao
ponto quase crucial de não se ter ordem e progresso
Nem
em uma mente vigorosa que sempre aprendeu o correto!
Há
uma parecência quase de nexos tais, que um entubado ser
Possa
partir de uma grande alma, que parte do mundo
Quando
nem há de sua família pretender que seja devido
O
respeito ao seu funeral, e perde-se na memória a cultura
De
ao menos sabermos que quem parte não seja apenas
O
criterioso modo das notícias mapearem os óbitos numerais.
Fenômenos
no mínimo estranhos a questões mais diletas
Que
surpreendam a falta de entendimento quando o fanático
Vira
religião, e a seita vira bom senso, naquilo em que por vezes
O
mesmo pão que rescende à preservação da vida não cria
Sequer
as condições de que seja distribuído àqueles que não vivem.
E
segue a carruagem dos enjeitados, dos sem partido, dos sem nada,
Daqueles
que apenas trabalham e não requerem modus vivendi
Para
urgir melhor significado do que apenas consentir a barbárie
Com
os olhos rotos de desesperança, com as mãos inchadas do fel,
Com
a virtude em frangalhos enquanto uma startup não sai do
papel!
Veste-se
um manto roto e negro a ignomínia, o proceder daqueles
Que
apenas brincam sobre o relvado de uma pátria em xeque
Quando
uma estação global promete mundos e fundos
Na
silenciosa vertente que empareda a verdade e substitui fontes,
Em
tentativas vãs de um fracasso onde a mesma Verdade fica oculta.
Reza
o comportar-se que comportemo-nos, na medida em que sejamos
Algo
que a liberdade acesse nossos meios mais internos do viés da
crítica.