Cada
festejo tem suas aptidões e qualidades, como uma grande procissão,
uma festa como o Carnaval, uma leva de passantes do dia a dia, a
frequência imediatamente não linear de uma grande cidade. Há uma
parecença sem muito nexo, mesmo que consagremos certas reuniões de
gentes com um teor ilusório, no que passamos despercebidos, e mesmo,
qual uma anonimato corajoso, de se enfrentar com gáudio a
sobremaneira não espaçada vertente do espaço que nos cerca… Essa
questão do encontro nosso com nossa bolha espacial bem observada em
teorias da arquitetura, na planificação de uma obra pictórica e
sua perspectiva aérea, em uma foto que registra instantaneamente a
fugacidade da paisagem, ou de um detalhe mais rico e formal na
expressão mesma do talento e do estudo. Talento era uma moeda romana
e segue sendo um valor intrínseco, como o que se espera do caminhar
consciente, de como podemos evitar certos agrupamentos suspeitos,
naquela mesma suspeição de estarmos vendo potenciais agressões,
através da ciência comportamental, a que jamais se denote a
liberdade do agressor, posto fora de uma Lei internacional, que rege
os nossos direitos, os Direitos Humanos Internacionais. Esse passa a
ser o universo da questão, esta que reja claramente um perfil que
não seja despótico, que não ensaie relações falsas, que não
permita as ciladas, e que não persiga de alguma forma o ir e vir da
cidadania.
Seremos
mais unos se temos nossas privacidades envolvidas em controles
informacionais, se o que buscamos seja maior do que qualquer
plataforma da existência, ou da arguição de um fato, convexo ou
não: isso busca uma resposta, que pode ser efetivada como assertiva
justa, premissa básica de entendimentos maiores, ou a simples
questão do que intenta, ou da intencionalidade mesma, coerente, mais
perene. Muito antes das câmeras de reconhecimento facial já existia
a datiloscopia, o registro numérico em documento, nas corridas
tecnológicas para recolher evidências, ou de crimes ainda não
resolvidos ou, infelizmente, no controle despótico de ditaduras em
suas faces da desintegração do humanismo, em redes dos algozes que
acreditavam que algo estaria errado no proceder das gentes… Se não
deixarmos de relevar coisas que são corriqueiras em nossos dias, se
pensarmos que uma multidão possa ser controlada por ordens de
qualquer motivo, evidenciaremos uma transição de um regime
democrático pelo autoritarismo onde a curiosidade e a predisposição
da mesma fantasia do controle torna o Estado totalitário. Se dá
sempre um embate de forças onde quem possui o controle alcança
maiores dimensões de Poder, posto por vezes, na simplificação
deste em três partes, já enfrenta resistência de amaciar a questão
no principal, ou seja, no Poder Executivo, em detrimento dos outros,
que na verdade merecem a mesma atenção, quando a Democracia se
apresenta sólida e estável. Urge que a turba se legisle a si
própria, através de seus representantes, e urge igualmente que
estes sejam mais plurais. Urge igualmente que o Estado de Competência
Humanística torne-se um fato e, ao invés de se tornar algo que
dependa de se pesar em uma balança desigual, seja a razão primeira
dos governantes, sejam quem forem.
Um
estado de coisas que são controladoras como tentaculares atos, não
se coaduna com outro que seja tentacular na boa intenção, pois que
isto revele aos nossos antepassados, ou seja, na memória de nossa
cultura, que aquelas peças indestrutíveis e basilares da mesma
cultura vão se refletir em uma tomada de consciência, onde as gentes
possam dividir as preocupações e conquistas existenciais igualmente
com todos os que compartem a esperança de uma Nação se tornar
melhor.